Guardo esse sentimento há tanto tempo, o reprimo há anos, mas agora ele se libertou, tudo por causa de um bendito beijo.
Eu e Nathan sempre tivemos um amizade legal, porém agora está tudo diferente. Eu sinto algo a mais por meu amigo, sei que isso é...
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Não tive uma noite muito boa. Desde que cheguei em casa fiquei ao lado do meu avô o tempo inteiro, não sei o que ele tem, mas está mais fraco e tosse muito. Minha mãe insistiu para levá-lo ao médico, porém, a teimosia do meu velho foi mais alto que o nosso desejo. Passei à noite inteira sentado na poltrona ao lado da cama dele, devido à luz do abajur ao lado da cama dele conseguir contemplar face à adormecida daquele que tenho orgulho de chamar de avô.
— Você sabe que eu não morri, não é? — Meu avô virá o rosto para mim. — Não tem necessidade de você ficar aí me velando, vai dormir. — Me ergo e abro as cortinas.
Quando a claridade bate em meus olhos sinto uma leve dor, mesmo assim tento mantê-los abertos.
— Eu dormir. — Como se isso fosse verdade! A maior parte da noite foi eu e lutando contra os pensamentos negativos. Ver meu avô dormindo daquele jeito e às vezes gemendo de dor me batia uma angústia forte me fazendo pensar em coisas que eu não quero que aconteçam. — Como o senhor está? — Me sento na beirada da cama.
— Melhor. — Ele sorrir. Como sempre sorrindo isso é o que mais me admira nele. — Vai aguentar ir para aula hoje? — Balanço a cabeça confirmando. — Não precisava ter dormido aqui.
— Eu quis! — A porta do quarto se abre, minha mãe entra com uma bandeja de café da manhã. Aproveito a companhia dela para sair e começar a me arrumar.
Como no primeiro horário é educação física passei o tempo todo dormindo sobre a coxas de Rebeca. Nos outros horários custei para me manter acordado, passei a maior parte das aulas bebendo café que havia trago numa garrafa. Rebeca por ver meu estado de cansaço decidiu que iríamos ao shopping à tarde, o que foi uma maravilha, pois, assim ao chegar em casa desmontei ao sentir meu corpo repousar no meu colchão.
Trimmmmmm, Trimmmmmm
Tateio pela cama a procura da praga do celular que não para de tocar, atendo a ligação e aproximo o aparelho do meu ouvido.
— Alô! — Digo, bocejando.
— Nathan Duarte?
— Eu.
— Olá, Duarte, sou Cristina, vendedora da joalheria folhas de ouro. Estou te telefonando para avisar que seu par de alianças estão prontos, você pode busca-los hoje?
— Sim, vou busca-los hoje. Agradeço pela atenção de me ligar, um pouco mais à tarde estarei buscando meu produto.
A vendedora desliga a ligação. Largo celular de lado e tento acordar, ainda luto contra o sono.
— Um banho vai me ajudar! — Falo para mim mesmo, criando coragem para me levantar.
Tomo um banho gelado para despertar de pressa. Me troco e pego celular. Há duas mensagens da Rebeca.
Amor: Meu lindo, estou indo para sua casa, tá bom? Nathan , você está acordado?
Esqueci completamente que marcamos dela vir para cá e depois irmos ao shopping. Saio do quarto e disco o número de telefone da Rebeca. Me surpreendo ao ouvir o barulho do celular dela vir do quarto do meu avô. Abro a porta e vejo Rebeca e meu avô, deitados na cama, comendo pipoca e vendo uma novela antiga.