Capítulo 91

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Na primeira semana meu pai não conseguia olhar na minha cara, ele estava com tanta vergonha de mim que nem conseguia me cumprimentar

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Na primeira semana meu pai não conseguia olhar na minha cara, ele estava com tanta vergonha de mim que nem conseguia me cumprimentar.

Na segunda semana avaliei meu estado e tomei novas atitudes, uma delas foi me reconciliar com meu pai e segui-lo em suas reuniões, observando como ele agia com seus clientes e ele até me deixou ajudar num caso o que foi legal

Na terceira semana continuei a trabalhar com meu pai e por não poder beber para esquecer meus erros, então tive que arranjar outra droga para me fazer esquecer e nisso encontrei o sexo.

Meu avô me discrimina a cada segundo, mas ele não entende. Estraguei tudo com Rebeca, estraguei minhas chances com ela e hoje, esta semana ela não é mais uma garota solteira.

Duas, três, quatro semanas se passaram.

Quatro semanas.

Quatro semanas que não ouço a voz dela, nem ao menos sei como é o sorriso dela, as únicas formas que vejo em seu rosto é uma linha em seus lábios, mas nas fotos do Instagram o sorriso dela é de orelha a orelha. Na semana passada foi um belo feriado, as fotos que ela tirou com Ulysses em  Paris poderia ter sido minhas, mas eu larguei. Fui eu quem embrulhei todos os meus esforços, todos os meus sentimentos e os taquei no lixo. Ela está com outro e não posso fazer nada, porque seria egoísmo demais da minha parte em proibi-la de começar, de ser feliz.

Apenas espero que ele a trate melhor do que eu a tratei, ele a valorize e não a deixe escapar do mesmo modo que deixei.

Depois do nosso término, minha mãe e meu avô ficarão extremamente magoados comigo, no começo, eu também fiquei triste, mas comecei a reviver minha vida de um modo que meu avô abomina. Ele não gosta da ideia que eu fique com Helena, mas para ser sincero, é um pouco mais divertido, não preciso ser romântico, ficar lutando para me manter preso a uma pessoa é bem mais gostoso, desse modo, sobra mais tempo para explorar outras áreas e me focar nos ensinamentos do meu pai.

Thomas: Festa na boate do irmão do Matheus às oito horas.

Eu: Ok.

Largo meu celular no criado-mudo e presto atenção na garota que desenha círculos em minha pele com as pontas dos dedos, Helena beija meu peito e sobe sua boca até a minha, seu corpo nu afundando no meu e sua respiração acelerada à medida que pressiono minhas mãos em seu quadril.

─ Preciso ir. ─ Aviso. Helena faça uma cara de decepção.

─ Para onde você vai? Posso ir com você? ─ Afasto uma mecha de seus cabelos do meu rosto antes de tira-la de cima de mim.

─ Não, você não pode ir comigo. ─ A boca dela se abre e sei que irá sair belo de um “por que”, e exatamente por isso me apresso a catar minhas roupas pelo chão.

─ Por quê? ─ Como imaginado. ─ Não vai me dizer que não gosta da minha companhia?

─ Helena, quero deixar um assunto bem claro, não somos namorados, entende? Ficamos e é só isso, ok? Sei que é chato falar desse jeito, mas continuo amar a Rebeca e estou apenas me afundando em festas sem sentindo e em garotas que só querem desfilar ao meu lado para me exibir como um troféu... bom, não ligo com isso e está tudo bem, mas na medida que você se comporta como uma namorada grudenta, me irrita. ─ Helena não diz nada. Não me manda ir embora, ou me xinga, ela simplesmente me lança um simples olhar, porque até ela sabe que só fica comigo para falar que é melhor do que a Rebeca ou que a Charlotte.

Entre o Amor e a AmizadeWhere stories live. Discover now