Capítulo 4

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Entro na quadra e não vejo Rebeca

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Entro na quadra e não vejo Rebeca. Estranho, ela sempre me espera para irmos embora juntos, no lugar de Rebeca, Charlotte e várias das suas amigas gritam o meu nome, uma atitude desnecessária da parte delas. O treino passou rápido e quando acabou me aproximei de Charlotte.

— Oi, meninas! — Digo, me aproximando das garotas.

— Você foi ótimo, meu amor. — Amor? Será que Charlotte está mesmo gostando de mim ou é cena?

— Obrigado. — Me sento ao  lado de Charlotte e faço  biquinho para beija-la.

—Nathan, você está repugnante, eu não vou beijar você! — Eu estou apenas soado e nem com mau cheiro estou, na moral, estou  começando achar que Rebeca está certa ao chamar Charlotte de Chata.

" Cara, que garota chata! Já que ela disse que você está repugnante joga na cara dela que esse perfume francês que ela usa é horrível. Que perfume ruim!" , o meu subconsciente diz.

" Realmente o perfume dela é horrível, mas não vou dizer isso a ela, se não é capaz dela nunca mais olhar na minha cara."

" E daí?"

" E daí, que a Charlotte me atrai mané, e de certa forma estou tentando esquecer os meus sentimentos por Rebeca. Quem sabe eu aprendendo   amar Charlotte,  esse amor que sinto pela minha melhor amiga  vá embora"

" Cara, você é meio tapado, né? Tipo, tudo bem você querer esquecer a Rebeca, mas por que você não escolheu outra garota? A Charlotte é muito mimada, além de ser bem enjoada.

" sei lá, acho ela legal. Além dela ser bem gata."

" Essa beleza dela vai-lhe trazer problema!", ignoro o aviso do meu subconsciente e volto para a minha realidade.

Charlotte me olha  com nojo, o que é bem chato da parte dela, mas não ligo. Já que ela não vai falar nada e vai ficar me olhando com essa cara feia, é melhor  ir embora.

— Estou indo para casa. — Aviso, pego   a minha mochila e me levanto para ir embora.

Ao chegar em casa a primeira coisa que faço  e ir  tomar um banho, depois almoço e o resto do dia passo tentando ligar para Rabeca, que não atende nenhuma ligação se quer. Um pouco mais à tarde vou até à casa dela, já que ela não atende o celular a única coisa que posso fazer e ir até ela, para ver se está tudo bem.

Ao chegar na residência dos Hernandes fui recebido pela pequenina Agnes, a irmã mais nova de Rebeca. A pequenina é linda assim como a irmã, a sua pele branca destaca os olhos grandes cor de folha seca, ao contrário da irmã, Agnes expressa melhor os seus sentimentos, já Rebeca geralmente guarda os seus sentimentos para si e raramente os compartilha comigo.

— Nathan! — Agnes grita, ela vem correndo me dar um abraço apertado ao me ver entrando pela porta da sala.—  Como eu estava com saudade de você, Nathanzinho!

— Olá, princesa! Ah! eu também estava como muitas saudades da minha princesa preferida. —  Pego a pequena no colo que sorrir  sem parar. — Sua irmã está em casa?— Pergunto, enquanto coloco Agnes no chão.

— Sim, ela está no quarto. Depois que um amigo dela saiu ela foi para o quarto e até agora não saiu. — Amigo? Que amigo é esse?

— Como é esse amigo? — Preciso descobrir quem é o ordinário que fez Rebeca não querer sair do quarto.

— Ele  é alto, cabelos loiros, pele branca igual papel e os olhos são  azuis, lindos olhos! — Só pode ser Leonel. Como odeio aquele garoto!

Subo as escadarias o mais rápido que consigo, avistei o quarto de Rebeca no final do corredor, giro a maçaneta e apenas coloco a cabeça para dentro do quarto, Rebeca está deitada, provavelmente dormindo. Entro e volto a fechar a porta atrás de mim, tanto tempo que não entro no quarto de Rebeca que até havia me esquecido de como é. As paredes pintadas com uma cor semelhante a vinho e no teto do quarto tem uma rosa-vermelha pintada, se eu não me engano a avó de Rebeca foi responsável por essa pintura.

— Nathan, o que está fazendo aqui? — Rebeca pergunta, se sentando na beirada da cama, os seus olhos são semelhantes à cor de uma folha seca, porém, eles estão bem mais claro que o normal, algo que a deixa mais bela.

— Você não atendeu nenhuma das minhas ligações, fiquei preocupado com você. —Explico, me sento ao seu lado.

Ela dá um meio sorriso antes de responder:

— Eu estou bem. — Ela diz, ajeitando os cabelos castanhos  que estão embaraçados nas pontas. — Como foi beijar Charlotte Campos? — Rebeca faz uma careta ao pronunciar o nome de Charlotte, algo que automaticamente faz que um sorriso brote nos meus lábios.

— Foi bom, mas rápido demais. Senti  a sua falta no treino! — Rebeca revira os olhos mostrando não acreditar em minhas palavras.

— Você sabe que eu não gosto da Charlotte e, alguma coisa me disse que ela estaria no treino, então eu simplesmente quis evitar, mas acredito que a presença dela tenha sido bem melhor que a minha. — Rebeca está completamente enganada, Charlotte é linda, porém, muito fresca, ao contrário de Rebeca.

— Prefiro que você esteja no meu treino, ao menos não tem nojo de me abraçar. Você acredita que Charlotte me chamou de repugnante?

— Acredito, Charlotte tem cara das aquelas meninas enjoadas!—
Ambos rimos, pois, sabemos que é verdade.

— Uma princesa me contou que o Leonel veio aqui, o que ele queria? — Os olhos de Rebeca se arregalaram, e eu pude ter certeza que ela não queria que eu soubesse da visita do idiota, mas por quê?

— Ele veio me entregar algo que eu havia esquecida na casa dele. — Ela explica, enquanto  apoia  seu rosto no meu ombro.

— Foi apenas isso?— Pergunto desconfiado.

— Sim.

— Por que depois que ele foi embora, você veio para o seu quarto? Ele te fez algo?

— Apenas me fez lembrar do passado. —  Sua voz fica um pouco mais fina, isso só acontece quando está prestes a chorar, eu a puxo para perto do meu peito, o que a faz esconder o seu rosto no meu pescoço. Eu não a vi chorar, porém sentir a minha blusa ser molhada por suas lágrimas, algo que fez o meu ódio só aumentar por Leonel.

— Não importa o que aconteça sempre conte comigo!— Beijo o alto da cabeça dela, Rebeca levanta o rosto e me olha por alguns segundos, não consigo imaginar o que ela deve estar pensando sobre o que eu falei, mas espero que ela tenha se sentido acolhida, pois a única coisa que eu desejo é que ela fique bem.

Entre o Amor e a AmizadeWhere stories live. Discover now