Capítulo 86

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Pela milésima vez minha mãe passa a mão por minha roupa e meu cabelo, estou me sentindo uma criança sendo vestido pela mãe

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Pela milésima vez minha mãe passa a mão por minha roupa e meu cabelo, estou me sentindo uma criança sendo vestido pela mãe.

— Meu bebê está tão lindo!

— Não exagera, mãe. — Digo, me sentindo envergonhado com todo esse cuidado e sentimentalismo. — Estou indo para a casa da Rebeca, amo vocês! — Beijo a bochecha dela e antes que me atrase mais corro para fora de casa.

Estalo os dedos e aperto a campainha. Coloco a mão sobre o bolso, sentindo o volume da caixa com as alianças.

— Boa noite, Nathan! — Cecília me recebe com um grande sorriso.

— Boa noite, Ceci… — Não consigo terminar. Perco as palavras ao chocar meus olhos na garota mais linda do mundo.

Rebeca solta um sorriso tímido, desce as escadas com cuidado por causa do salto alto, mas mesmo assim parece dominar perfeitamente a situação não deixando transparecer desconforto pelo sapato. Seus olhos estão mais brilhantes, seus cabelos estão presos num penteado que destaca o formato do seu rosto, antes que ela possa falar qualquer coisa a beijo. Saboreando o seu gosto e desgustando o calor de seus lábios contra o meu.

— Sou o homem mais contente do mundo por chamar você de meu amor. — Ela sorrir e passa a mão pela lateral do meu rosto. — Sempre digo que está linda, mas devo ressaltar que sua beleza consegue ser maior que a lua.

— Você com suas palavras encantadoras me enche de vergonha. — Diz, parecendo estar envergonhada.

Amo quando ela fica assim.
Penso em entregar as alianças nesse momento, mas meu adorável sogro faz o favor de apressar a todos para irmos embora. O cara estragou o clima todo e não deu para dizer todo aquele texto que demorei horas decorando para entregar as alianças.

Durante o trajeto, Rebeca esteve completamente dispersa. Não olhou para mim, era como se ela nem estivesse ali. Estava longe, longe ao ponto de ignorar o meu toque e meus olhares em busca de qualquer sinal que ela estava prestando atenção.

Somente quando o carro parou ela voltou a realidade. Saio do carro e a ajudo a sair também. Me lança um sorriso enquanto entrelaça nossas mãos.

— Está bem? Me parece distante essa noite.

— Eu estou bem. — Confirma. Firmando seu olhar no grande salão iluminado a nossa frente.

Em passos curtos adentramos no local. Boa parte são homem e mulheres mais velhos, no entanto, encontramos adolescentes da nossa idade. Para todo lado um garçom com uma bandejas, uma música lenta ao som de violino se dispersa no meio do falatório, mas com tantas coisas para me distrair, minha atenção é focada totalmente na garota que apresenta olhares curiosos no meio da multidão. Rebeca procura por alguém, mas quem? Talvez Lupita, uma amiga? Porém, toda vez que seus olhos se encontram com os meus, finge estar normal, evitando que eu note suas atitudes.

Entre o Amor e a AmizadeWhere stories live. Discover now