Guardo esse sentimento há tanto tempo, o reprimo há anos, mas agora ele se libertou, tudo por causa de um bendito beijo.
Eu e Nathan sempre tivemos um amizade legal, porém agora está tudo diferente. Eu sinto algo a mais por meu amigo, sei que isso é...
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— Senhorita! — Simone é a primeira a me ver, em seguida meu pai se vira para me encarar. Ele expressa estar surpreso, mas um sorriso está posto nos seus lábios, o que indica que está feliz em me ver aqui.
— Olá Simone. Pai. — Me locomovo até meu pai. Encaro a morena que sorrir.
— Filha, essa é Vitória Albuquerque, a esposa do Evandro Albuquerque. — Esposa? — Ela é a dona da perfumaria Albuquerque na Itália. — Meu pai acrescenta, pegando um perfume da mão da tal Vitória e espirrando em meu pulso. — O que acha?
Aproximo meu nariz do seu pulso e sinto o cheiro de flores-do-campo.
— Bom.
— Acha que sua avó vai gostar?
— Esse também é muito bom. — Vitória estica um vidro azul em minha direção, o pego e borrifo no pulso.
— Jasmim? — Ela balança a cabeça confirmando que eu acertei o cheiro do perfume. — No quarto da vovó sempre tem jasmim, suponho que ela vai gostar desse. — Dou minha opinião, meu pai pega o vidro e entrega o para Vitória.
— Vou levar esse! — Meu pai diz. — Quer algo filha? Vitória trouxe bastante variedade de perfumes.
— Não, muito obrigada. Você sempre compra perfume com ela, pai? — Pergunto curiosa.
— Sim, compro perfume com Vitória bem antes de você nascer. — Ele fala não dando muita importância, observo a morena que pega uma caixa azul e coloca sobre a mesa de vidro do meu pai. — Está aqui! — Meu pai diz, entregando uma quantia de dinheiro para Vitória. — Simone, vá almoçar e obrigado por me ajudar na seleção dos perfumes. — Meu pai agradece, em seguida ele se senta em sua poltrona e começa a digitar algo no notebook.
— Não precisa agradecer, senhor. Senhora Albuquerque, foi muito bom te ver, até a daqui dois meses.
— Dois meses? — Questiono.
Victoria me olha, com um sorriso carismático, ela me responde:
— Sim, querida. Eu e seu pai nós encontramos a cada dois meses para ele comprar um perfume para presentear sua avó. Vou ser sincera, trabalhar com seu pai é muito difícil, ele é muito indeciso em questão de perfumes, se você não tivesse chegado eu e Simone ficaríamos horas aqui. — Ela fala como tivesse contando uma piada, ela ri e eu entro no embalo, dando uma risada bem falsa. — Tchau, querida. Tchau, André. — Ela diz, acenando.
Olho para trás e meu olhar se encontra com o de Lupita, ela apenas balança os ombros. Me sento na cadeira à frente do meu, ele sorrir para mim e volta a mexer no notebook.
— Por que nunca me contou sobre essa tal Vitória?
— Você nunca me perguntou, aliás você nunca mostrou interesse com as pessoas com quem faço negócios. — Reviro os olhos. — Então quando você chega em casa com um perfume diferente é por isso?