Capítulo 11

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Personagem novo:
João Duarte, avô do Nathan.

Estou a poucas quadras da minha casa, enquanto caminho vagarosamente pela calçada sinto meu celular vibrar no bolso da minha calça.

- Alô? - Atendo A ligação.

- Nathan, cadê você? - Meu pai pergunta, a sua voz está um pouco triste, sinceramente essa não e a reação que eu esperava, muito pelo contrário pensei que ele me ligaria berrando por eu não ter aparecido na festa.

- Estou quase chegando em casa, por quê? - Indago.

- Eu e sua mãe fomos buscar o seu avô na casa dele, ele estava bem quando chegamos, mas ele passou mal e desmaiou. - Por instantes fiquei em choque, o meu pai continuou a falar, contudo, não conseguia entender direito.

- Cadê ele? Onde em qual hospital ele está?

- Ele está no mesmo hospital de sempre, aquele que sempre o levamos.

Desligo a ligação, guardo o celular no bolso e olho ao redor a procura de um táxi o qualquer coisa que me leve até o centro da cidade. Não consigo achar nenhum táxi, contudo, avisto um ônibus que tem destino ao centro, não hesitei e apenas entro no ônibus. Chegando no centro da cidade desço do ônibus e corro desesperadamente pelas ruas seguindo para o hospital.

Ao chegar no hospital me apresento a recepcionista, e ela me diz para ir para a sala de espera no segundo andar e assim faço. Ao entrar na sala de espera vejo uma garota semelhante à Rebeca, ou é ela? Na verdade, não sei, a menina está de costas para mim o que dificulta identifica-la.

- Rebeca? - Chamo, e ela se vira.

Sim é a Rebeca. Ah como eu estou com saudade dessa garota com cara de boneca!

Eu me aproximo, ela também deu alguns passos se aproximando. Algumas lágrimas escorriam por meu rosto, mas as lágrimas não são de tristeza, vê-la ali e tudo o que eu mais desejei. Abrir a boca para falar o quanto eu fui um idiota, um perfeito pateta, no entanto, nenhum som sai, é como se a minha voz se recusasse a sair. Envolvo a minha mão na sua cintura a aproximando de mim, como não consigo falar faço o que o meu corpo pede, o meu corpo clama pelo calor do corpo de Rebeca que pelo incrível que pareça não se afasta de mim. Acho que ela também percebe que eu necessito dela.

- Fui um idiota! - Sussurro no seu ouvido com as palavras que conseguir pensar no momento. Eu não quero dizer apenas isso, porém, não sei como me expressar nesse momento.

- Todos cometem erros! - Rebeca diz, como na maioria das vezes usando aquele doce tom de voz que me fez respirar aliviado e agradecer por ela estar ali.

- Me desculpe! - Eu falo, ela se solta dos meus braços e me olha por alguns segundos.

- Está desculpado. - Ela diz abrindo um meio sorriso. - Mas se você me tratar daquele jeito novamente nem adianta me pedir perdão de novo. - Ela diz como um ultimado.

- Hoje aprendi uma lição, eu nunca mais vou trocar você por garota nenhuma. - Estou sendo sincero, Rebeca sempre esteve ao meu lado nos momentos bons e também nos difíceis, e eu fui um idiota ao ponto de me encantar pelo corpo e rosto bonitinho de Charlotte. - Como está meu avô? - Pergunto mudando de assunto.

- Não sei. - Ela responde com um tom de voz triste.

Nos sentamos na cadeira e ali esperamos.

Fecho os olhos e respiro fundo tentando analisar tudo o que aconteceu nesse dia.

Entre o Amor e a AmizadeOnde histórias criam vida. Descubra agora