Capítulo 56

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Observo Rebeca caminhar em passos apressadas até mim, seu semblante não apresenta felicidade, mas sim uma irritação

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Observo Rebeca caminhar em passos apressadas até mim, seu semblante não apresenta felicidade, mas sim uma irritação.

— O que está fazendo aqui, ou melhor, como sabia que eu estava aqui? — Exige, apontando o dedo na direção do meu rosto.

Abaixo o dedo dela.

— Sua mãe me contou. — Esclareço. — O que aquele ruivo está  fazendo aqui? — Aponto o dedo na direção do homem-fósforo que nós olha de maneira despistada.

— Não é da sua conta. Estranho, por que não está comemorando sua gloriosa vitória com a galinha amarelinha? — Solto uma gargalhada, o fato de como Rebeca se dirige a Charlotte é hilário, mas o fato dela estar com ciúmes é o que mais me faz rir.

— Porque eu vou querer comemorar com ela, já que eu tenho você!? — Me aproximo dela e ela se afasta. Conheço Rebeca, sei que ela vai se comportar de modo rude comigo. Só Deus para me dar paciência hoje.

Ela cruza os braços e vira seu rosto ao lado oposto, evitando que eu encare.

— Por que abraçou ela? Ainda gosta dela? Nathan, eu quero que você brinque comigo, com meus sentimentos! Se você sente algo por ela, fale logo! — Ordena, batendo o pé.

— Eu te amo, Rebeca Hernandes! — Revelo em alta voz. — Eu não gosto dela, aquela garota nem existe para mim, a única pessoa que eu quero, está à minha frente! — Rebeca se cala, seus olhos estão um pouco arregalados e percebo que sua respiração está um pouco agitada. — Desculpe, Não queria gritar com você. Eu só quero que você entenda que você é a única garota por quem eu estou apaixonado! — Me aproximo dela, e ela não foge.

Um pingo cai em minha testa, logo em seguida a chuva se forma. Rebeca olha para trás e vê o homem ruivo pegar as meninas e correr para um estabelecimento do outro lado da praça. Sua atenção regressa a mim, ela abaixa a cabeça e encara as palmas das mãos.

— Eu não quero que você me ame! — Diz num tom baixo. — Isso não vai dar certo. Sou covarde demais para entregar meu coração novamente.

Passo minha mão pela cintura dela e a traga para perto de mim, levo minha mão até a lateral do seu pescoço.

— Eu não sou o Matias, Rebeca! Eu não vou te machucar, eu não vou usar você, eu vou cuidar, proteger você. Me dê uma chance!

Ela abre a boca para me responder, no entanto, selo nossos lábios. No princípio parece que eu estou beijando uma parede, mas depois ela se rende as minhas carícias. Sua mão desliza sobre minha nuca e seu corpo se choca contra o meu. Nossos corpos são ímãs que se atraem, o amor que sinto por ela não é em vão, sei que ela também sente algo, porém, tem medo de se entregar ao que sente, ao contrário dela, eu não nego que meu coração, meu amor e meus pensamentos são todos dela.

Nossas bocas se separam, a água da chuva molha nossos rostos e eu preciso passar as mãos pelos cabelos para conseguir ver melhor a face de Rebeca. Ela me olha um pouco assustada.

— Eu também tenho medo de perder você, Rebeca! Eu estou dividido entre me declarar a você ou te deixar ir, mas não estou pronto ver você com outro! Seja minha! — Seu semblante está vibrante, noto que suas mãos tremem um pouco, seus lábios estão vermelhos e sua pele mais branca que o normal, sintomas causados pela chuva e o tempo frio.

Ela abaixa a cabeça e não me olha nós olhos, tudo o que eu falei, nada a comoveu, ao menos é o que parece.

Me ajoelho no chão, sei que não tenho um anel, nem nada semelhante, mas eu sei o que eu sinto por ela! Seguro na mão de Rebeca e finalmente nossos olhares se cruzam.

— Rebeca Hernandes, não tenho um anel aqui, mas tenho coragem o suficiente para dizer que você é o amor minha vida! Rebeca, quer namorar comigo? — É nítida sua surpresa. Consigo identificar em seus olhos um pequeno brilho, ela balança a cabeça de forma negativa, por um segundo sinto um aperto no peito, porém, ao ver um sorriso brincalhão surgir nós lábios dela, uma pequena esperança toma meu ser.

— Você está brincando? — Demanda, não crendo em minhas palavras.

Ainda de joelho, sorrio e balanço a cabeça negativamente, afirmando não estar brincando.

— Eu amo você! Quer ser a minha namorada? — Volto a perguntar.

Ela leva a mão até a boca, depois pelo rosto, acho que ela deixa escapar algumas lágrimas, ela me encara.

— Só posso estar ficando louca! — Comenta com sigo mesma. — Sim, eu quero!

Sinto meu coração saltar de meu peito, me levanto e a tomo em meus braços, a beijo, não é um simples beijo! Agora, eu beijo a mulher que chamo de namorada. Afasto ela um pouco de mim, passo minha mão por seu angelical rosto e beijo sua testa.

— Eu prometo não te fazer sofrer, amor! — Tiro alguns fios que cobrem seu rosto, ela num tímido sorriso, se agarra ao meu corpo.

— Eu confio em você! — Ela corresponde.

Meu coração se aquece com essas palavras. Solto um suspiro aliviado e a aperto contra o peito, depois de tanto tempo eu finalmente conseguir, agora tê-la em meus braços não é um sonho, mas sim uma realidade. Uma boa realidade.

— Se você abraçar aquela galinha de novo, eu juro que te bato! — Ameaça. Ela se separa de mim e aponta o dedo em direção ao meu rosto.

Sorrio e deposito um curto beijo em seus lábios.

— Olha que gracinha, não estamos namorando nem dois minutos, e você já está dando o seu primeiro ataque de ciúmes! — Brinco. Ela fecha a cara, mas por fim solta um belo sorriso.

— Bobo.

O telefone dela toca, ela encara a tela do aparelho e olha para trás.

— Preciso ir. Tenho que voltar para casa.

— Não quer que eu te leve, assim podemos ficar juntos mais algum tempo.

— Seria bom... mas eu estou cansada, não dormir nada na noite passada, além do mais, está tarde e você encontra-se totalmente molhado. Vai para casa, não quero que fique doente! — Ela me beija. Não há como dizer não a ela. Concordo com ela, e em seguida ela segue pela praça.

 Concordo com ela, e em seguida ela segue pela praça

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Vocês estão bem, ou só fui eu que surtei aqui?

Felizes?

Me digam qual foi sua reação sobre esse cap.

Entre o Amor e a AmizadeWhere stories live. Discover now