Guardo esse sentimento há tanto tempo, o reprimo há anos, mas agora ele se libertou, tudo por causa de um bendito beijo.
Eu e Nathan sempre tivemos um amizade legal, porém agora está tudo diferente. Eu sinto algo a mais por meu amigo, sei que isso é...
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— Você não tinha treino hoje? — Pergunto, mudando de assunto.
— Sim, mas a quadra molhou e não dava para jogar. E você, como ocorreu a reunião que você não foi convidada?
— Boa. Eu acho que meu pai não está traindo minha mãe. — Comunico dando de ombros.
— Eu te avisei. — Ele se gaba. — Por que esse tom de voz?
— Que tom?
— Você disse num tom triste, por quê? Não era para você estar feliz?
— Era, eu acho. Nathan, minha mãe me largou de lado, pois pensou que meu pai tinha uma amante, fico feliz por ele não ter, porém, eu passei anos da minha vida sendo privada do carinho materno da minha mãe por nada. — Confesso.— Quando minha mãe contou que havia se distanciado de mim por causa do meu pai, eu me senti insignificante, claro que eu não deixei transparecer, aliás, agora ela esta sendo uma boa mãe, contudo, machuca saber que se algum dia minha mãe precisasse escolher entre meu pai e eu, ela escolheria meu pai.
Nathan não diz nada, ele apenas me puxa para seus braços, pouso minha cabeça no peito do dele, me permito soltar algumas lágrimas. É tanta coisa que acontecer ao meu redor que às vezes é necessário chorar e tentar controlar para não sai por aí expondo minha opinião para todos.
Nathan não fala nada, ele apenas se calou e entendeu que eu necessitava de um tempo. Depois de um tempo, me permitir abrir a boca para falar algo.
— Você acha que a gente pode dar certo juntos? — Indago.
Não o encaro, contínuo deitada em seu peito, enquanto ele pensa no que vai me responder, desenho um coração com os dedos sobre a camisa dele.
— Se não tentarmos nunca saberemos se podemos ou não dar certo juntos. — Ele responde por fim.
— E se não dermos, se algo acontecer e ambos não olharem um para a cara do outro? — Levanto minha cabeça e o encaro, ele fita sua atenção num ponto fixo. Será que está pensando em algo ou apenas fazendo hora com a minha cara?
— Só saberemos se tentarmos. Acho impossível não olhamos um na cara do outro, eu amo esse rostinho de boneca! — Ele aproxima seu lábio dos meus, mas antes não os aproxima o suficiente para que pudessem se juntar, ele para na metade do caminho, por esse motivo avanço a distância que separa nossas bocas.
O beijo. Apoio meu cotovelo na cama e minha outra mão na face esquerda dele, as duas mãos de Nathan apenas repousam em minha cintura e ali ficam. O beijo é intenso, me fazendo suar um pouco, mas mesmo assim não paro. Nathan separa nossos lábios, enquanto eu recupero o fôlego, ele beija lentamente meu pescoço, um gemido de prazer escapar de minha boca, por constrangimento impulsiono meu corpo para trás, deste modo me distanciando um pouco dele, no entanto, minha perna se entrelaça na dele, o que me faz cair da cama e chocar minhas costas contra o chão.
