Guardo esse sentimento há tanto tempo, o reprimo há anos, mas agora ele se libertou, tudo por causa de um bendito beijo.
Eu e Nathan sempre tivemos um amizade legal, porém agora está tudo diferente. Eu sinto algo a mais por meu amigo, sei que isso é...
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Ao contrário de ontem, a manhã de hoje foi bem mais calma. Ao me levantar da cama me direciono até o meu closet, escolho como vestimenta uma calça branca, uma camiseta azul-marinho e um tênis branco, pego minha roupa e sigo para o banheiro.
Tomo um banho quente para me ajudar a despertar, logo em seguida me visto e saio do banheiro. Penteio os meus cabelos, passo um pouco de perfume, faço um delineado e passo um batom, cor-de-morango.
Não sei bem o motivo, mas essa manhã está tudo tão colorido, eu realmente estou feliz por ir à escola.
"Você está feliz por ir à escola, ou por poder se encontrar com Nathan na escola?" meu subconsciente pergunta.
"Para dizer a verdade, eu não sei. Vou confessar que Nathan está modificando meus dias de maneiras surpreendentes, mas mesmo assim não posso confirmar que ele seja o real motivo da minha felicidade."
Passo pela sala e deixo minha mochila no sofá. Entrando na sala de jantar vejo a mesa posta, pela mesa já estar posta significa que meu pai nos acompanhará no café da manhã.
Me sento a mesa e me sirvo, em poucos segundos é possível ouvir os passos do meu pai adentrando na sala de jantar.
— Bom dia. — Falo de bom humor.
— Bom dia. — Ele retribui, dando um sorriso.
Meu pai se senta e se serve com uma xícara de café, ele me olha mais uma vez e sorrir.
Por que ele me olha tanto? Tenho certeza que ele vai me pedir algo.
Pego uma torrada e passo um pouco de geleia de uva, quando aproximo o alimento da minha boca, meu pai resolve se pronunciar.
— Daqui há duas semanas ocorrerá uma festa, onde todos os meus sócios e homens de grandes empresas estarão presentes e...
O interrompo.
— Eu estarei nessa festa. Irei colocar o melhor sorriso nos lábios, comprarei um vestido para impressionar e se algum dos seus sócios vierem conversar comigo, apenas falarei como o banco da família está crescendo a cada dia mais, e para comprovar falarei do banco que o senhor abrirá no Rio de Janeiro e a sede que será transferida para lá. — Mostro a ele que já sei onde ele quer chegar. Meu pai me olha contente, ele toma um gole do seu café e sorrir.
— Boa menina. Para sua noite não ser tão entediante leve o Nathan para lhe fazer companhia.
— Para me fazer companhia ou para afastar os seus sócios pervertidos? — Retruco.
— Para ambas as situações.
Desde os meus 15 anos, papai sempre pede que alguém me acompanhe nos eventos, ele não gosta da ideia de me ver cercada por homens mais velhos e com dinheiro, e não é para menos. Os homens atualmente por terem muito dinheiro julgam que podem comprar tudo o que quiserem. Esse tipo de homem me enoja.
