Ele está vestido de terno, o que me diz que estava trabalhando no escritório do pai. Ao recuperar os movimentos das penas caminho na direção da porta, mas antes de alcança-la o garoto me puxa pelo braço.
— Não vai me responder?
— Me larga! — Ordeno, puxando meu braço, no entanto, suas mãos ainda estão presas ao meu corpo.
— Está bem nervosinha, será que Nathan não está lhe dando o que você gosta? — Ele morde os lábios, olha para mim como um lobo selvagem olha para sua pressa.
Com a mão esquerda lhe dou uma bofetada, de imediato é possível notar a vermelhidão tomar conta de sua face, ele me olha surpreso ao mesmo tempo, com raiva. Solto meu braço e dou um passo para trás.
— Eu não sou um objeto, muito menos um pedaço de carne, ouviu bem!? Eu não sou uma boneca que pode ser tocada, o corpo é meu e eu lhe proíbo de tocar em mim! — Grito.
— Quem você pensa que é garota? — Ele fala agressivamente.
— Eu sou uma mulher que está cansada de você! Eu estou falando sério, Leonel, se você se atrever a me tocar novamente, vou acabar com a sua vida! — Ele revira os olhos, é evidente que ele não acredita na minha ameaça. — Se você tocar em mim de novo, eu vou falar com os meus pais, pode ter certeza que eles vão envolver a polícia nisso, além disso, a polícia não vai lhe prejudicar tanto, contudo, eu tenho certeza que o seu pai não vai deixar você pisa o pé no escritório dele. Você vai perder muita coisa, Leonel.
— Você não teria coragem! — Ele desafia, me encarando com um péssimo semblante.
Sorriu sarcasticamente e respondo:
— Eu sou a vítima disso tudo, todos me olhariam com pena, ao contrário de mim, você iria perder o respeito do seu pai, dos sócios do seu pai, e eu duvido que alguém irá querer se envolver com um cara psicopata que ajudou o amigo na tentativa de estupro. Eu nunca contei nada para ninguém sobre você e o Matias, não foi por pena de vocês, mas sim por Lupita. Mas eu estou cansada disso tudo, eu cansei de você e já estou te avisando, encostar as mãos em mim novamente e eu acabo com sua vida! — Dou as costas para ele e caminho até o carro.
Entro no carro e seguimos para casa. Tomo um banho, escolho um pijama bem confortável e me deito. Eu não durmo de imediato, fico pensando como eu enfrentei Leonel. Me sinto orgulhosa por meu ato, querendo ou não, Leonel não pararia até eu enfrenta-lo . Realmente, se queremos acabar com um problema devemos enfrenta-lo de frente, ficar sentada ou chorando num canto não vai fazer com que o problema suma ou vá embora, muito pelo contrário, talvez ele possa crescer bem mais. Fiz o certo em colocar o Leonel no lugar dele, finalmente retomei as rédeas da situação.
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Entre o Amor e a Amizade
Teen FictionGuardo esse sentimento há tanto tempo, o reprimo há anos, mas agora ele se libertou, tudo por causa de um bendito beijo. Eu e Nathan sempre tivemos um amizade legal, porém agora está tudo diferente. Eu sinto algo a mais por meu amigo, sei que isso é...