Capítulo 90

363 26 17
                                    

— Ora, ora, o que faz aqui, ruivinho?

¡Ay! Esta imagen no sigue nuestras pautas de contenido. Para continuar la publicación, intente quitarla o subir otra.

— Ora, ora, o que faz aqui, ruivinho?

O homem se vira com um sorriso branco nos lábios. Seus passos largos me alcançam, com as mãos nos bolsos e os olhos meio fechados, provocam que meu sorriso se abra mais.

─ Vim pegar o endereço do local onde vai ser construído a sede do banco do seu pai. ─ Explica. Seus olhos descem por meu corpo, os braços dele se abrem e a boca também. ─ Esse novo estilo ficou muito bom em você. Você simplesmente está linda.

─ Obrigada. O que vai fazer agora?

─ Ir para casa, por quê?

─ Aceita me acompanhar para comer?

─ Claro.

Ulysses e eu somos extremamente parecidos.

Não somente nos assuntos, mas nos gostos de comida, pensamentos sobre antiguidades clássicas e somos amantes da Arte. A cada palavra dita por esses lábios minha vontade de se jogar em seu colo aumenta.

─ Já foi em Paris?

─ Ainda não.

─ O Louvre não só contém as obras de artes mais lindas como também é a própria arte. É impressionante a arquitetura do museu. ─ Ulysses fala com admiração.

─ Paris é uma obra de arte. ─ Digo, extasiada com nossa conversa. ─ Deve ser incrível ser você... tem algum lugar do mundo que ainda não conheceu?

─ Meu trabalho me faz viajar muito, mas amo a sensação de conhecer novas histórias, novas artes, culturas, é tudo incrível.

─ Imagino. É contagiante o modo como fala de suas viagens, poderia ficar dias e dias ouvindo você contar sobre os lugares, as aventuras que viveu. ─ As mãos dele toca nas minhas por cima da mesa.

─ Bom, não gosto muito de falar, prefiro mostrar, viver, o que acha?

─ Está me chamando para uma viagem?

─ Egito, Paris ou Itália? ─ Deixo os lábios se abrirem automaticamente. ─ As suas férias estão chegando e porque não as aproveitar do modo correto?

─ Nunca quis beijar tanto um cara como quero te beijar agora. ─ Escapa acidentalmente por minha boca. Ulysses umedece os lábios e com sorriso mais galante que consegue, solta minhas mãos e encosta sua cadeira ao lado da minha.

─ Fique à vontade. ─ Finaliza, olhando fixadamente para meus lábios.

Não há distância entre nossas bocas porque as quebrei. Porque estou entregue num beijo do qual meu corpo gosta, mas não reage, não interage com o corpo de Ulysses, não é igual do Nathan. O beijo é bom, mas não é incrível, não faz meu corpo pedir mais, não me faz ter vontade de ficar em seus braços para sempre, não rola química.

Isso me causa mal. Me causa dor por saber que não sinto a mesma coisa por Ulysses porque caso eu sentisse, arriscaria a seguir o conselho do meu pai, mas não faz sentido enganar Ulysses e nem a mim mesma.

Nossos lábios se soltam. Meus olhos recaem sobre os dele, sua mão acaricia a lateral do meu rosto.

─ Que tal Paris? ─ Sugere.

Bom, o amor não nasce do dia para noite, quem sabe algo não desperte durante essa viagem?

─ Podemos dar uma passada na Itália depois?

─ Seu desejo é uma ordem. ─ Diz com o seu lindo sorriso, e deixo que meus lábios experimentam os dele mais uma vez, como se fosse um teste, comprovando se realmente meu corpo não reage. E, não, ele não reage.

Entre o Amor e a AmizadeDonde viven las historias. Descúbrelo ahora