Capítulo 35

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Me levanto da cama num pulo, dou alguns passos me afastando, contudo, Nathan me agarra pela cintura e me faz cócegas. Começo a rir, não consigo parar de tanto rir, começo a perder as forças e de vagar meu corpo vai caindo, ao sentir minha bunda encostar no chão, tento parar de rir, mas não dá, Nathan não para de fazer cócegas, além das cócegas ele também está rindo, a risada dele me provoca mais risadas ainda.

— Para! Por favor. — Suplico, literalmente me deitando no chão.

— Vai me contar o que você sentiu no nosso primeiro beijo, ou eu vou precisar continuar? — Ele para de fazer cócegas e espera uma resposta, respiro fundo.

— Eu não vou responder! — Afirmo.

— Você escolheu isso! — Ele continua com as  cócegas.

— Para, eu não aguento mais! — Digo, entre gargalhadas.

Antes que Nathan possa pensar em algo para  responder, Cecília entra no quarto com um cesto de roupas limpas, ela nos encara, mas não dá a mínima e apenas segui na direção do  closet.

— Finjam que eu não estou aqui! — Ela diz, Nathan obedece e continua.

— Cecília, me ajuda! — Grito.

— O que você precisa? — Ela responde, saindo do closet. Olho para Nathan e encaro as mãos deles me fazendo cócegas, deixando claro que eu quero que ela peça a ele para parar. — Nathan querido, por que está fazendo cócegas nela? — Cecília pergunta com tom de voz calmo.

— Estávamos jogando...

— Cartas à mesa? — Ele afirma com a cabeça.

— Eu fiz uma pergunta, mas Rebeca não respondeu a pergunta direito, e ela não quer me dizer quem pode confirmar o que ela diz.

— Qual é a pergunta? — Cecília pergunta intrigada.

— Não respond... — Nathan se debruça sobre meu corpo e leva sua mão até minha boca abafando minha voz.

— Então, você sabia que eu e a Rebeca nos beijamos? — Ele pergunta, Cecília apenas afirma. — Sabia que ela tinha contado para você, pelo visto você é péssima em seguir as cláusulas do nosso “contrato"! — Ele diz relembrando daquela folha de papel onde anotei várias coisas, que eu nem me lembro mais. — Cecília, eu perguntei à ela como foi o nosso primeiro beijo, mas ela não responde, você pode me ajudar a achar uma resposta para essa pergunta?

— Eu acho que o beijo foi bom, essa daí ficou igual boba apaixonada, ela parecia estar no mundo da lua no dia que vocês se beijaram. — Nathan me encara sorrindo vitorioso por ter obtido sua tão esperada resposta.

Ele tira a mão da minha boca.

— Então meu beijo te levou para o mundo da lua?

— Cansei desse jogo! — Ele dá uma risada e sai de cima de mim. Me levanto do chão com a ajuda de Nathan, e ao estar de pé encaro Cecília. — Obrigada, Cecília! — Digo usando meu tom sarcástico.

— De nada. — Ela responde entrando novamente no closet.

Inspiro fundo, caminho em direção à varanda. A lua ilumina o céu com todo o seu resplendor, é possível ver algumas estrelas acompanhando a lua, não há vento, o céu está uma mistura de azul-escuro com vermelho. Olho para o jardim, percebo minha mãe sentada no balanço e meu pai a empurrando.

— Eu não consigo acreditar que seu pai possa trair sua mãe. — Nathan dialoga, enquanto se aproxima de mim.

— Talvez possa estar certo. — Dou uma pausa e me viro para olha-lo. — Agora está na minha vez de fazer a pergunta! — Anuncio.

Entre o Amor e a AmizadeWhere stories live. Discover now