Capítulo 84

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Luiza chega após o almoço

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Luiza chega após o almoço. Para evitar que as meninas fiquem trancadas no quarto assistindo filmes ou mexendo em algum eletrônico, Nathan nos chama para uma aula sobre manobras radicais com ele, Agnes aceita na hora, ao contrário dela, Luiza não curte muito a ideia. Mas as coisas mudam quando ela diz que sabe andar de patins.

Agnes empresta os patins dela para Luiza, enquanto Nathan tenta ensinar Agnes a fazer uma manobra de levantar o skate sem usar as mãos (ele me garantiu que não é perigosa), eu e Luiza patinamos pelo parque e ate aventuramos a fazer manobras com os patins, não deram muito certo, mas foi divertido.

— Você é namorada do Nathan? — Luiza pergunta, diminuindo a pvelocidade. Diminuo a velocidade também, para patinamos lado a lado.

— Sim, ele é meu namorado.

— Como se faz para ter uma namorada? — Olho surpresa para Luiza. Não sei bem o que responder. Por que as crianças têm que fazer tantas perguntas? — Quero achar uma para o meu irmão. — Solto um meio sorriso de alívio, por um segundo pensei que Lupita estava pensando em um relacionamento para ela.

— Sua atitude é muito bonita. Lulu, porém, não tem como você arranjar uma namorada para o seu irmão. — É nítido aquele grande “por que" nós olhos da pequenina. E antes que ela pergunte, adianto e respondo. — Nós namoramos alguém que amamos, somente o seu irmão pode identificar esse sentimento e escolher a mulher quem desperta tal sentimento nele.

— Que pena! Minha tia vive reclamando que ele precisa de uma namorada, queria achar uma para ele, quem sabe assim minha tia pare de pedir. — É tanta ingenuidade que chega ser fofa.

Durante o tempo em que passei com Luiza conheci um pouco mais sobre ela, tem uma garota na escola que ela não gosta e pelo visto Agnes também não gosta da tal garota, pelo que Luiza também me contou ela só tem contato com uma tia. A pequena também me contou que no período em que morou na Itália com o irmão, ela fez muitas amizades e até conseguiu descobrir e ver a foto do pai. Ela suplicou que o não conte nada ao Ulysses, ela pensa que ele vai ficar muito triste caso descubra que ela andou procurando por notícias do pai. Quando senti que o clima estava se tornando depressivo, tentei alegrar as coisas. Coloquei Luiza nas minhas costas e patinei com ela assim até me encontrar com Nathan e Agnes sentados na grama.

Peço que Luiza desça das minhas cotas e a pequenina desce. Ela me dá a mão e aproximamos do Nathan, que abanas as mãos na frente de Agnes, tentando acalma-la.

— Nathan! — Chamo a atenção dele. Ele passa as mãos pelos cabelos e me olha sem graça.

Me ajoelho na grama e analiso as canelas cheias de arranhões de Agnes. Ela solta algumas lágrimas, provavelmente tentando controlar a ardência que o remédio que Nathan passou.

— Limpei e passei merthiolate, acha que precisa levar ela para o hospital? — O encaro, tentando decifrar se por baixo da expressão de culpa tem um sorriso debochado. Não, não tem.

Nego com a cabeça.

— São apenas arranhões, não é grave. — Tento diminuir a preocupação dele.

— Desculpa. Uma hora ela estava sorrindo e andando de skate, na outra ela estava no chão e chorando. Eu não consegui entender.

— Ele quase chorou quando viu minhas canelas.

— Não chorei não!

— Ele ficou desesperado! — Agnes comenta, rindo.

— Talvez. — Concorda Nathan. — Eu não sou bom com criança, principalmente quando elas estão chorando. É desesperador!

Pego na mão dele e engatinho até ele. Passo minhas mãos limpando o suor da testa dele, encosto nossas testas.

— Você mandou bem, ela está bem e é isso o que importa. — O Beijo.

Ouço Luiza gritar eca por isso me separo dele.

Ajudo Luiza tirar os patins e em seguida tiro os meus. Agnes mesmo com o machucado insiste que Nathan continue ensinando ela a tal manobra, Nathan por estar meio receoso nega. Suponho que não quer mais passar pela situação que passou.

— Que tal um sorvete? — Pergunto, tentando fazer Agnes esquecer da ideia de pedir Nathan para voltar com a aula.

Minha ideia da certo e as meninas se esquecem de tudo e só focam na palavra sorvete. Levamos às duas para escolherem seus sorvetes, nos sentamos numa mesa enquanto as meninas falam para o sorveteiro o sabor que querem, depois de alguns segundos ambas voltam.

— Está muito bom! — Agnes fala, mostrando a boca toda suja de chocolate.

Luiza concorda.

— O que você gosta de fazer, Luiza? — Nathan indaga. Ele pega um papel-toalha e entrega a Agnes, que mais suja impossível de ficar. — Limpa a boca, porquinha! —

— Gosto de andar de patins, gosto de ler e amo tocar piano, assim como meu maninho! — Observo Nathan e ele esboça o sorriso mais falso que eu já vi, e como que todos os músculos da face dele lutasse para não deixar refletir sua cara de nojo ao ouvir uma referência tão carinhosa ao Ulysses.

— O que você gosta de ler? — Me entroso na conversa.

— Ulysses compra para mim muito livro de contos de fadas, mas já avisei para ele que eu só quero ler livro de gente grande. E vocês, gostam de ler?

Nathan nega com um movimento com a cabeça, e eu concordo.

— Você já leu aquele livro que meu irmão lhe deu?

— Ele lhe deu um livro? — O garoto questiona com aquele olhar “Por que você não me contou?” e eu devolvo o olhar de “Porque você não perguntou!”

— Estou quase acabando. — Respondo a pequenina.

Depois do sorvete levamos as meninas para casa, ao adentramos ouvimos a voz de Ulysses ecoar pela casa. Ele e minha mãe mantinham uma harmoniosa conversa, ao ver a irmã, Ulysses a pega no colo e espalha alguns beijos pela bochecha dela. O homem me cumprimenta com um abraço e quando vai cumprimentar Nathan com um aperto de mão, meu namorado o ignora, como se Ulysses nem existisse.

Mais maduro impossível.

Me empenho em não ligar, evitando a qualquer custo um desentendimento entre nós.

Ulysses por perceber o clima chato que Nathan exala aderir a ir embora.
Nathan solta um respirar pesado, provavelmente agradecendo mentalmente pela saída do homem, mesmo assim, forço para não questionar, implicar, ou qualquer outra coisa que possa nos deixar mal.

Só queria que ele fosse mais maduro, soubesse lidar, mas acho que é pedir de mais. Mas caso eu peça de menos esse relacionamento não vai durar tanto quanto queremos. Queria que ele mudasse certas atitudes, o que custa controlar a expressão, ou cumprimentar educadamente?

Entre o Amor e a AmizadeDove le storie prendono vita. Scoprilo ora