Guardo esse sentimento há tanto tempo, o reprimo há anos, mas agora ele se libertou, tudo por causa de um bendito beijo.
Eu e Nathan sempre tivemos um amizade legal, porém agora está tudo diferente. Eu sinto algo a mais por meu amigo, sei que isso é...
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Esse garoto já está acabando com a minha paciência!
— Me solta, agora! — ordeno, ele não me obedece e apenas revira os olhos.
— Eu não vi você e nem o Nathanael na festa, o que está rolando entre vocês dois?— Que vontade de socar a cara desse idiota, contudo, tenho medo dele ser covarde o suficiente e devolver a agressão.
—Eu não lhe devo explicação do que eu faço ou deixo de fazer da minha vida!
— Eu ia até perguntar se vocês estão se pegando, mas acho que não. Por que não me contou que o Nathan não gosta de mulher?
—Chega, Leonel! —Grito. —Por que lhe contaria algo? Nós não somos amigos, não somos namorados, não somos colegas, nós não somos nada! Larga do meu pé, me deixa em paz. Será que é tão difícil me esquecer!? — Leonel me pressiona contra parede e aperta o meu pulso com força, me fazendo gemer de dor.
Ele me encara por alguns instantes, nos seus olhos azuis é evidente a raiva que está sentindo.
— Você não sabe com quem esta mexendo garota! — Ele diz entre dente.
Esse garoto me dá medo. Leonel sempre foi muitas coisas, no entanto, nunca pensei que ele seria tão estúpido ao ponto de me ameaçar.
—Você está me machucando, Leonel. — Falo tentando segurar o choro. Leonel coloca um sorriso perverso nos lábios como se gostasse de saber que está me machucando. Ele solta o meu pulso e passa sua mão por meu queixo, e diz:
—Por que você não admite que gosta de mim logo? Seria tudo bem mais fácil.
—Você é tapado, não é? Qual foi a parte que você não entendeu que eu não gosto de você!?
Ele volta a apertar meu pulso com mais força, e nos seus olhos posso ver seu ódio por minha resposta, por medo dele fazer algo comigo, grito por socorro, contudo, ele coloca sua mão sobre minha boca abafando o meu grito.
— Solta ela, agora! — Alguém ordena.
Leonel se vira para trás, para olhar o dono daquela voz e ao vê o menino Leonel sorrir debochadamente.
— Qual foi a parte que você não entendeu que é para soltar ela? — Leonel me solta, e eu corro para o lado do menino que me olha com um semblante preocupado. — Você está bem? — Faço que sim com a cabeça, e ele mostra um meio sorriso para mim, mas o sorriso se desmancha quando ele se vira para encarar o Leonel. — Você não passa de um covarde que pensa que é fodão, porém não passa de um merda. —O menino diz. Ele se aproxima de Leonel e o segura pela gola da blusa. — Se você encostar um dedo se quer nessa menina, ou em qualquer outra eu vou acabar com você! — O menino ameaça. A voz do garoto é grave dando mais credibilidade a ameaça.
O menino solta Leonel e segue para perto de mim, ele segura levemente o meu pulso observando que está muito vermelho, ele volta a olhar na direção de Leonel, mas para nossa surpresa Leonel não está mais ali.
