Capítulo 24

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Subo para a minha sala, ao entrar noto que o professor já está dentro de sala, me sento em meu lugar, mas assim que chega todos os alunos, o professor anuncia que não teremos aula no primeiro horário, ele ordena que desçamos para o auditório, pois...

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Subo para a minha sala, ao entrar noto que o professor já está dentro de sala, me sento em meu lugar, mas assim que chega todos os alunos, o professor anuncia que não teremos aula no primeiro horário, ele ordena que desçamos para o auditório, pois, o diretor tem algo a nós comunicar.

Já andando pelos corredores percebo que a escola inteira está descendo para o auditório. Eu e Nathan nos sentamos na terceira fileira, ao meu lado há uma cadeira vazia, quer dizer, estava vazia, pois, Lupi assim que a avistou correu para vir se sentar junto a mim.

Ela sorrir para mim, seu semblante está melhor, então creio que ela tomou uma decisão.

O diretor passou cerca de 3 horas apenas falando sobre o campeonato de futebol que ocorrerá a partir da semana que vem, ele disse para os membros do time começarem a se organizar, essa ordem também serviu para as líderes de torcida que irá acompanhar os meninos nos jogos. O diretor anúncio que há vagas no grupo de líderes, Lupita ao ouvir esse anúncio de imediato me encara.

— Nem pensar! — Advirto.

— Vai ser legal. — Ela tenta me persuadir. — Se conseguirmos entrar no grupo de líderes você poderá frequentar os jogos junto ao Nathan.

Infelizmente a maior parte dos jogos do campeonato são feitos fora da escola, num campo específico para os meninos jogarem, geralmente nos dias dos jogos os professores nos levam para auditório para assistimos o jogo dos garotos pelo telão.

Encaro Nathan, e ele retribui com um olhar sugestivo.

— Seria bom estar ao lado do Nathan em todos os jogos, porém, não podemos esquecer que Charlotte Campos também faz parte do grupo. — Lupita reprime os lábios e passa as mãos pelos cabelos castanhos. Acho que ela esqueceu que a Charlotte é uma líder de torcida.

Lupi não toca mais no assunto, algo que me deixa bem aliviada. O diretor continuo a falar do tal campeonato, o quanto ele é importante para a escola, no começo eu prestei atenção, mas depois de algum tempo eu não conseguia mais ouvir a palavra campeonato, então quanto tocou o sinal me senti aliviada por não ter mais que ouvir o blá, blá, blá.

Eu e Nathan estamos sentados num das mesas do refeitório, conversamos durante algum tempo, mas nossa conversa não pôde continuar por muito tempo, Pedro e Matheus se juntam a nós e meio que quebra o clima que estávamos construindo.

— Cara, na moral, sempre pensei que vocês eram apenas amigos! — Matheus comenta.

Nathan me olha com um sorriso de canto, no fundo nos dois sabemos que isso tudo não passa de uma grande farsa, mas é engraçado ver nossos amigos, conhecidos expor suas opiniões sobre "nosso relacionamento".

— Mas pelo que vemos hoje podemos dizer que estávamos errados, e no mais puro sigilo se escondia um amor entre esses dois pombinhos. — Pedro diz, num tom brincalhão.

— Pois é, camarada, nem tudo é o que parece ser. — Nathan diz, logo em seguida ele passa sua mão por meu ombro, assim me aproximando e facilitando dele me beijar.

Que evolução! No nosso primeiro beijo tudo era estranho, mas olha nós dois aqui agora! Beijo atrás de beijo e a única coisa estranha entre nós são as mãos soadas e o coração que acelera com a aproximação dele, tirando isso, parece que tudo é normal.

O beijo acaba quando escutamos uma voz fina gritar: "Uii, que casal mais lindo!"

Nos viramos para trás e percebemos Lupita se aproximando da mesa, realmente, eu não esperava que ela se juntasse a nós, pelo simples fato do Pedro estar à mesa, mas acho que a conversa que tivemos hoje de manhã fez com que ela pensasse sobre certos aspectos.

Pedro e Matheus estão conversando sobre um jogo de videogame, na verdade, Matheus está falando, enquanto Pedro descaradamente baba por Lupita, que faz o mesmo. Espero muito que esses dois fiquem juntos, está na cara que eles se gostam, agora só falta um deles lutar esse amor.

Depois de um tempo Matheus se retira da mesa, assim sobrando somente eu, Nathan, Lupi e Pedro. Há alguns minutos, Pedro tomou a liberdade e puxou um assunto extremamente aleatório com Lupi, contudo, o assunto banal serviu para prender esses dois em uma conversa que está durante até esse momento.

Eu estou apenas observando esses dois conversarem, até que sinto a proximidade dos lábios de Nathan ao meu ouvido.

— Vem comigo. — Ele sussurra.

O encaro meio desconfiada, ele se levanta e estica sua mão para que eu a pegue e, assim faço. Nathan me puxa para fora do refeitório, enquanto estamos nos afastando olho para trás para ver se Lupita percebeu que eu sai da mesa, mas nada, Lupita está tão entretida com Pedro quem nem percebeu minha ausência.

Nathan me puxa para entramos nos corredores dos armários, o corredor não tem ninguém a não ser nós dois.

— Por que estamos aqui? — Pergunto, curiosa.

— Estamos aqui para dar liberdade ao Pedro e Lupita. — Ele explica.

Nathan para de andar, e eu também paro de caminhar. Sinto que Nathan está meio ansioso ou nervoso (não sei muito bem qual dos dois o caracteriza mais), ele puxa a camisa e a solta constantemente, assim criando um pouco de ar para refrescar seu corpo, ele também passa as mãos várias vezes pelo cabelo, geralmente ele fica assim quando vai entrar em campo para jogar, mas como hoje não tem jogo não entendo nervosismo do rapaz.

— Você está bem?

— Sim. — Ele respira fundo e pega em minha mão, ele leva minha mão até seus lábios, suavemente deposita um curto beijo. — Você é tão linda! — Ele diz. Sinto meus batimentos se tornarem irregulares, minhas pernas tremem e quando Nathan aproxima um pouco mais sinto que vou desmaiar.
Por que estou sentindo tudo isso? Será que isso é normal?

Nathan solta minha mão, e afasta dois passos de mim. Ele olha para o chão, Nathan fecha os olhos e depois de segundos os abre novamente.

— Você es... — Antes de conseguir falar Nathan em um movimento rápido me beija.

Dou alguns passos para trás e paro ao sentir minhas costas encostarem nos armários. O beijo é intenso, há desejo em ambas as partes, e acredito que nenhum de nós dois quer que o beijo acabe. De certo modo me parece ser errado, muito errado, contudo, meu corpo pede, clama por Nathan.

Nathan separa nossos lábios, estou completamente sem ar, no entanto, confesso quer poderia continuar o beijo. Ergo minha cabeça para olhar para Nathan, não consigo encarar a face do garoto, pois, ele me puxa para um abraço. Retribuo o abraço.

— Eu te amo! — Declara.

O quê? Ele me ama?

Será que ele está dizendo isso como amigo ou... não pode ser! Somos apenas amigos, esse eu te amo não deve ser tão sério, ou será que é?

Um silêncio se estabelece entre nós, a única coisa que se poder ouvir e o som das nossas respirações ofegante por causa do beijo. Não sei o que dizer, eu devo dizer algo? Será que ele espera que eu diga algo? Eu julgo que não o amo desse modo, então o que eu faço agora?

 Não sei o que dizer, eu devo dizer algo? Será que ele espera que eu diga algo? Eu julgo que não o amo desse modo, então o que eu faço agora?

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Entre o Amor e a AmizadeWhere stories live. Discover now