Capítulo 30

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— Amiga? — Atendo a ligação

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— Amiga? — Atendo a ligação. Ouço soluços do outro nada da linha. — Lupita, aconteceu algo? — Indago, preocupada.

— Sim. Amiga, a Blenda me mandou mensagem... — Ela respira fundo para tentar continuar a falar. Lupita soluça várias vezes, o que dificulta entender o que ela está falando. Ela tenta parar de chorar e continua. — Ela disse que ficou com o Pedro. Eles ficaram! Ficaram! — Lupita diz, literalmente se afogando nas próprias lágrimas.

Meu coração aperta por ver Lupi assim. Sério, se eu pudesse tirar essa dor dela e transferir para mim, eu faria sem pensar.

— Ele dizia que me amava! Amava coisa nenhuma. Ele é um falso. Hipócrita! — A garota esbraveja. Ouço barulhos semelhantes a socos e coisas sendo quebradas. Não posso acreditar que a Lupi está descontando a raiva nos objetos, ela não é de fazer isso.

— Lupita! — A chamo. Mais barulhos de objetos sendo quebrados ecoam. — Lupita! — Dessa vez grito.

— O quê? — Ela responde chorando.

— Pare com isso! Eu sei que está doendo, mas estragar tudo o que tem no seu quarto não vai adiantar em nada.

— Amiga, eu preciso de você! Por favor, vem para cá. — Ela praticamente implora.

Eu não quero ver o Leonel, na verdade, tenho medo de ficar no mesmo espaço que ele, contudo, Lupi precisa de mim, e por ela eu sou capaz de enfrentar qualquer coisa.

— Estou indo. — Aviso. — Daqui a alguns minutos estarei chegando aí. 

— Vem rápido!

Desligo a ligação. Desço para o primeiro andar, vou na direção da garagem, encontro o motorista tomando café e jogando conversa fora com o jardineiro.

— Senhorita. — Ele arruma a postura ao me ver.

— Me leve à casa da Lupita. O mais rápido possível. — Ele concorda com um movimento com a cabeça.

Eu entro no carro e logo em seguida ele também entra.

Minhas mãos estão tremendo, está um pouco difícil de respirar, sei lá, é um sentimento horrível. Estou com medo, ao mesmo tempo, também tenho preocupação por causa de Lupita. O medo é fruto do que aconteceu ontem com Leonel, eu não sei o que vai acontecer quando eu o ver, no entanto, eu não vou parar de ser alegre e muito menos vou deixar minha amiga sozinha por causa do pervertido do irmão dela.

— Senhorita, chegamos! — O motorista, anuncia ao desligar o carro.

Respiro fundo, abro a porta e antes de sair olho para o motorista, e digo:

— Não saia daqui. Eu não sei que horas eu vou embora, e nem me importa, no entanto, eu quero ver você aqui. — Se algo acontecer ao menos sei que conseguirei sair logo daqui.

— Sim, senhorita.

— Se sentir fome ou sede fale com os funcionários da casa, eles lhe darão.

— Ok.

Entre o Amor e a AmizadeWhere stories live. Discover now