Guardo esse sentimento há tanto tempo, o reprimo há anos, mas agora ele se libertou, tudo por causa de um bendito beijo.
Eu e Nathan sempre tivemos um amizade legal, porém agora está tudo diferente. Eu sinto algo a mais por meu amigo, sei que isso é...
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Às cinco horas da tarde Agnes se juntou a nós e assistimos um filme juntas, foi muito bom passar um tempo com minha mãe.
Nesse exato momento estou na varanda do meu quarto, minha mãe e minha irmã foram se arrumar para o jantar, por já estar pronta vim aqui para fora para analisar o que aconteceu no meu dia, foi tantas emoções, foram tantas coisas que eu até havia me esquecido do "eu te amo".
Eu não sei o que fazer a respeito disso, Nathan é meu amigo, eu não vejo como homem, ou vejo?
Sinceramente, estou muito confusa, eu não sei o que pensar. Ótimo, eu confesso que os beijos dele é de tirar o fôlego, e meu corpo reage de um jeito especial quando estou com ele, será que isso significa algo?
— Toc, toc! — Minha mãe imita o som de uma batida na porta. — Tudo bem, filha? — Ela se aproxima de mim.
— Melhor impossível. — Respondo, contente.
— Que bom. Você está linda! — Ela me faz dar uma voltinha assim exibindo direito o vestido azul que estou vestida.
Minha mãe pediu que nos vestíssemos bem, pois, ela disse que essa é a noite do recomeço. Um recomeço para realmente sermos uma família feliz.
Ela entrelaça nossas mãos e assim seguimos até o quarto de Agnes, minha mãe termina de ajudar Agnes a se vestir e logo descemos para jantar.
Adentramos na sala de estar e podemos ver meu pai jogado no sofá, parece estar exausto.
— Levante, André! — Minha mãe ordena. Meu pai a olha com uma expressão meio sonolento.— Anda, vamos jantar! — Ela o apressa.
— Amor, estou cansado, eu quero dormir. Deixe esse jantar para outro dia.
— Nem pensar! Anda logo, essa noite vamos jantar em família, nos vamos conversar com nossas filhas e vamos nos interessar pela vida delas. — Meu pai ergue uma das sobrancelhas, estranhando as palavras da esposa. — Meu amor, você passa muito tempo trabalhando, quase não passa tempo com nossas filhas é isso precisa mudar! Nós como pais precisamos mudar!
— Ariele, você está bem? — Meu pai se levanta e caminha até minha mãe, ele coloca a palma da mão na testa dela checando sua temperatura, confirmando que ela não está delirando.
— Estou ótima! Agora vamos jantar. — Meu pai sorrir e se dando por vencido passa sua mão pela cintura de minha mãe e seu braço por meu ombro, assim caminhando para a sala de jantar.
Meu pai se senta na ponta da enorme mesa, minha mãe se senta ao lado esquerdo dele e eu e Agnes nos sentamos ao lado direito. Me sirvo com um pedaço de lasanha, coloco mais algumas coisas que estão sobre a mesa com salada e arroz, ajudo minha irmã se servir e depois começo a comer.
— Como foi o dia, Rebeca? — Meu pai pergunta, enquanto tenta abrir o vinho.
O meu dia teve altos e baixos, mas acho que ele não precisa saber baixos.
