Capítulo 82

395 31 103
                                    

— O que você quer que eu faça? — Sua voz sai com desespero

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

— O que você quer que eu faça? — Sua voz sai com desespero.

— Não responde ela, se ela ligar, desligue a ligação na cara dela — Eu sei como Charlotte é, também sei que ela vai usar todas as suas armas para convencer Ulysses, mas se eu for tão importante quanto ele diz, ele vai fazer o que ordeno.

— Ótimo, ignorar a Charlotte é o primeiro pedido, qual é o segundo?

— Trabalhe na construção da sede do Banco do meu pai. — Ele faz uma cara meio estranha. Como se tal expressão revelasse que não pode cumprir meu pedido.

— Tenho um trabalho e…

— Não se preocupe, tudo bem. — Me levanto, pego minha bolsa e meu celular, seu olhar confuso me fita em busca de uma explicação. — Vou embora, não fico confortável ao lado de uma pessoa que não respeita minha privacidade.

Caminho alguns passos. Paro ao sentir as mãos dele tocar minhas, me viro para trás e encaro a face do homem. Ulysses desvia o olhar do meu e encara um dos lados opostos aos nossos, mas depois de alguns segundos volta a me olhar. Um olhar decidido. 

Um olhar que possui a resposta que quero.

— Eu não entendo como ou em que momento eu criei um tipo de afeto por você, eu apenas compreendo que eu não quero que você se afaste de mim. Eu enxergo que você não gosta de mim e namora outro, contudo, isso não muda o que sinto por você. Por isso aceito seu último pedido. — Solta um suspiro penoso. — Quando posso conversar a respeito da construção com seu pai?

Solto um sorriso de conquista. Percebo que ele ainda segura minha e por esse motivo dou um passo a traz, obrigando ele soltar minha mão.

— Você vai à Award party no sábado?

— Provavelmente, combinei de me encontrar com um amigo na festa. — Não entendo uma coisa. Por que Ulysses sempre me dá explicações? Eu não peço e para ser sincera não me importo, fico feliz com um “sim” como resposta.

— Ótimo. Nesse dia me procure e resolvemos esse lance com meu pai.

— Pensei que você não se importava com banco e nem queria fazer parte dele! — Comenta, tentando interpretar minhas ações.

— Isso não tem nada a ver com o banco. — Respondo de maneira vaga, maneira que vai atiçar ainda mais a curiosidade dele. — Podemos andar pelo shopping? Cansei de ficar sentada. — Como prometido, minha implicância acabou. Esqueci sobre as mensagens apagadas, além do mais, as atitudes dele não causou nenhum colapso na minha vida, portanto, não vale a pena perder tempo com bobagem.

Seguimos pelos corredores do shopping, não conversamos, apenas comunicamos através de suspiros, incapazes de dizer algo relativo.

Paro algumas vezes para admirar algumas ‘vitrines’ de lojas, Ulysses também para, porém, não olha para ‘vitrines’, sua atenção recaia mais em mim, como se ele analisasse cada expressão minha, empenhando-se para conseguir ler minha fisionomia.

Entre o Amor e a AmizadeWhere stories live. Discover now