Capítulo 16

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— É a primeira e última vez que eu minto por você, Rebeca! — Cecília avisa, ela entra no meu quarto e percebo que está um pouco nervosa

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— É a primeira e última vez que eu minto por você, Rebeca! — Cecília avisa, ela entra no meu quarto e percebo que está um pouco nervosa.

Pela primeira vez vejo essa senhora sem um sorriso, nós lábios.
Desconsidero o semblante dela e, pergunto:

— Ele já foi embora? — A senhora me fuzila com os olhos por alguns instantes, ela revira os olhos e segue até a varanda do meu quarto e se debruça um pouco para ver se Nathan saiu da resistência.

— Sim. — Ela confirma.

Solto um longo suspiro de alívio. Eu odeio mentiras, mas eu sei que não conseguiria olhar para Nathan, ainda não sei bem o que falar com ele, ou o que fazer na presença dele.

Eu ainda não entendo da onde surgiu tanta coragem para eu enfrentar a Charlotte e beijar meu melhor amigo. Acho que estou ficando maluca com esse lance do beijo, por motivos loucos, malucos, eu não consigo esquecer esse merda.

Por que eu não consigo esquecer esse beijo!?

Me sento na cama e pego um travesseiro, o coloco sobre a boca e grito, grito até não ter mais fôlego para continuar a gritar.

— Você está bem? — Cecília pergunta, ela se senta ao meu lado e me encara. Mostro o meu dedo indicador para ela, indicando que eu preciso de mais alguns minutos antes de falar. Levo o travesseiro a boca novamente e grito novamente.

— Pronto, estou bem para falar agora. — Digo, Largo o travesseiro de lado e me deito na cama. — Não, eu não estou bem.

A senhora me analisa por alguns segundos antes de dizer:

— Sério!? Você acredita que eu nem percebi. — Ela ironiza o momento.

Ignoro suas palavras, contemplo o teto por alguns minutos. Levo minha mão esquerda até meus lábios, fecho os olhos e por um determinado momento consigo sentir meu coração palpitar e de leve sinto a mesma sensação de quando juntei meus lábios ao de Nathan.

— O que está acontecendo comigo? — Murmuro.

Abro os olhos e tiro minha mão da boca.

— Sou eu que tenho que fazer essa pergunta. O que está havendo com você hoje? — Cecília indalga.

— Nem eu mesma sei.

— Isso tem algo a ver com você não querer falar com Nathan hoje?

— Sim, não.Talvez. — Falo confusa. Passo as mãos pelo rosto tentando esconder a minha vergonha. — Eu beijei o Nathan. — Confesso.

Sinceramente eu iria mentir, mas Cecília é como uma mãe para mim, confio nela e nesse momento desejo que alguém me dê um concelho para saber como eu faço para sair dessa situação. Cecília sorrir, na verdade, ela dá, uma gargalhada zombadora da minha cara.

Me sento e a encaro.

— Qual é a graça?

— Você! Então você não quis ver seu amigo porque estava com vergonha? — Na realidade ainda estou com muita vergonha.

Balanço a cabeça confirmando, Cecília apenas me puxa e.me abraça, um forte abraço para dizer a verdade.

— Não sei o que fazer. — Admito. Ela beija o alto da minha cabeça, nos separamos e ela me observa por um tempo.

— Eu sei que você vai dar um jeito em tudo. — Seu tom de voz é otimista e por um certo momento penso mesmo que conseguirei ajeitar toda essa situação. — Então, como foi o beijo? — Ela indaga entusiasmada para saber sobre os detalhes.

Esboço um sorriso com o jeito da senhora a minha frente. Me deito em seu colo e conto a ela como tudo aconteceu, quando termino de falar ela me encara com seus enormes olhos arregalados e um grande sorriso.

— O beijo foi bom? — Um sorriso involuntário brota em meus lábios, eu apenas confirmo balançando a cabeça, coloco as mãos sobre o rosto tentando esconder a vergonha que estou sentindo.

— Ah, safadinha! — Ela diz me fazendo cócegas.

Me levanto da cama impedindo que ela me faça mais cócegas, me afasto um pouco dela e falo:

— Eu admito, eu amei o beijo! — Sinto minhas bochechas ficarem vermelhas, mas não me importo. — O beijo foi maravilhoso, no entanto, ele não pode voltar a acontecer. Foi apenas um erro.

Um erro incrivelmente bom.

— Será que existe a possibilidade desse erro acontecer de novo? — A senhora pergunta, enquanto levanta uma das sobrancelhas.

— Não. Não mesmo. Eu não vou colocar a minha amizade com Nathan em risco por causa de um beijo, esse será o primeiro e o último. Por favor, não vamos mais falar sobre esse beijo.

— Eu duvido.

— Duvida do quê? — Pergunto confusa.

— Que esse será o último beijo. — Reviro os olhos desconsiderando suas palavras.

— Não acontecerá novamente e você verá.

— Sei... — A senhora se levanta da cama e caminha para fora do quarto. Ela para no vão da porta e, olha para trás. — Boa sorte para tentar esquecer do beijo. — Ela diz com um sorriso divertido.

— Eu já esqueci o beijo!— Retruco.

"Para uma pessoa que odeia mentira você está mentindo até de mais hoje." O meu subconsciente me censura.

"Ok, eu não esqueci o beijo, mas eu vou esquecer. Ao menos eu vou tentar."

"Você vai conseguir olhar na cara do Nathan amanhã?"

"Provavelmente, não, eu não tenho ideia do que fazer amanhã quando estiver cara a cara com ele."

"Pode fazer tudo, menos beija-lo novamente." meu subconsciente zomba da minha cara.

"Ah! Que engraçado!"

Me levanto e sigo para a varanda, me sento num sofá que tem no canto esquerdo do lugar, observo o céu por alguns minutos.

Por que eu não consigo esquecer aquela beijo? Já beijei outros garotos antes, mas nenhum beijo conseguiu invadir meus pensamentos com tanta intensidade como esse. Por qual motivo esse beijo está me afetando tanto?

Obrigada por estarem acompanhando a história até aqui🌻♥️

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Obrigada por estarem acompanhando a história até aqui🌻♥️.

Entre o Amor e a AmizadeWhere stories live. Discover now