Guardo esse sentimento há tanto tempo, o reprimo há anos, mas agora ele se libertou, tudo por causa de um bendito beijo.
Eu e Nathan sempre tivemos um amizade legal, porém agora está tudo diferente. Eu sinto algo a mais por meu amigo, sei que isso é...
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As aulas começaram faz apenas uma semana e está sendo tudo tranquilo principalmente por eu ter ficado na mesma sala que o meu melhor amigo, Nathan Duarte.
Nathan está bastante feliz por causa que a crush dele também ficou na nossa sala. Charlotte Campos, esse é o nome da garota que Nathan vive se humilhando para conseguir algo com ela, Charlotte é linda e ninguém pode negar, entretanto, ela não se dar valor algum. Usa roupas curtas e provocantes, e nem se fale que todo o dia está com um garoto diferente. Ela é chamada de piranha pelas meninas e gostosa pelos meninos e o que mais me impressiona, é que ela não se importa de ser chamada por esses nomes.
Eu estudo no turno da manhã e a aula acaba por volta das 11:30, porém sou forçada a ficar na escola até 13:00 esperando Nathan terminar o seu treino de futebol. Durante este tempo que Nathan treina, eu deito-me na arquibancada leio algum livro ou simplesmente ouço repetidamente alguma música.
— Acorda, preguiçosa! — Nathan fala, jogando a sua blusa cheia de suor na minha barriga.
— Que nojo! — Exclamo, pego a blusa soada com um pouco de nojo e a jogo no colo de Nathan. — Esse ano provavelmente vai conseguir a vaga de capitão do time. — Digo, quebrando o silêncio entre nós.
Observo Nathan limpar o rosto com a blusa que havia jogado em mim há segundos atrás, o rosto dele está bem vermelho, o que me faz querer chama-lo de pimentinha.
Por alguns instantes eu fito o corpo de Nathan, encaro o peitoral soado, e desço uma pouco mais até o abdómen bem definido, contudo o abdómen bem definido não é o que mais me chama a atenção, mas sim um hematoma nessa região.
O hematoma parece ser bem recente, pois Nathan está tomando todo cuidado ao secar o suor nessa região. De qual modo ele conseguiu esse hematoma?
— Pare de admirar o meu corpo, se não vou pensar que você está me querendo! — Ele brinca. Não acredito que ele acha mesmo que eu estou admirada por seu corpo, ok eu até concordo que o corpo dele é bonito, porém não é tudo isso.
— Onde conseguiu esse hematoma? — Nathan não me responde de imediato, ele apenas olha para a região do hematoma e em seguida pega uma blusa para vestir.
—Estou fazendo aula de karaté. Vamos embora, o motorista já deve estar nós esperando. — Ele responde.
Nathan se levanta e estica a sua mão esquerda para me ajudar a levantar também, coloco minha mão sobre a dele, e com um pouco de força ele me puxa, me ajudando a levantar da arquibancada. Caminhamos pelos corredores da escola, em todo momento permanecemos calados, estranho, muito estranho para dizer a verdade.
