Guardo esse sentimento há tanto tempo, o reprimo há anos, mas agora ele se libertou, tudo por causa de um bendito beijo.
Eu e Nathan sempre tivemos um amizade legal, porém agora está tudo diferente. Eu sinto algo a mais por meu amigo, sei que isso é...
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Observo ela se distanciar, por fim ela some do meu campo de visão. Me sento num banco de concreto e observo o lugar onde estou. Ainda não acredito que ela disse "sim" para mim! Observo algumas pessoas passarem correndo, tentando fugir da chuva, outros como eu, apenas deixam a chuva cair e andam devagar, parecem contemplar o prazer de ser molhado pela água gélida. Observo uma árvore, não é uma simples árvore, é a árvore onde Rebeca estava quando a vi pela primeira vez.
Ela estava lendo, estava tão concentrada, até parecia que as crianças e os gritos a sua volta nem existiam. Desde o primeiro instante ela me hipnotizou, a beleza dela me pegou de jeito, contudo, o bom coração, a risada envolvente foi o que me fez ama-la!
Grito por Diego, o pequeno garoto corre em passos longos até mim, ele me olha curioso e, ao mesmo tempo cansado.
Eu: Diego, me escuta bem! Você vai jogar essa bola naquela menina que está sentada debaixo daquela árvore, não jogue forte. - Instruo meu primo. Entrego a bola a ele.
Ele me encara, larga a bola no chão e cruza os braços.
Diego: Por que eu faria isso? - Questiona, curioso.
Eu: Porque eu estou mandando!
Diego: Você não manda em mim! - Respiro fundo. Para que serve os primos já que na hora que a gente mais precisa eles não servem para nada?
Eu: Diego, amigão, faz esse favor pro primo! - Me ajoelho no chão implorando para o garoto obedecer minha ordem, mas ele não se comove.
Diego: Por que você quer que eu faça isso?
Eu: Porque eu quero ter um pretexto para conversar com aquela menina. - Explico.
Diego: Não é mais fácil falar "oi" para ela? - Diz de maneira ingênua.
Eu: Apenas faça o que eu mando!
Diego: Você ganha a garota, e eu ganho o quê? - Esse mundo está perdido. Um garoto de sete anos está me chantageando!
Me sento na grama e penso por algum tempo o que posso dar a esse pirralho.
Eu: Que tal, eu te levar para ver aquele filme de terror que você tanto quer? - Ofereço.
O menino de apenas sete anos nem pensa direito, ele prepara é dá um chute na bola a arremessando até garota, que imediatamente nós encara. Sinto meu coração parar, nossos olhos se encontram e eu congelo.
Rebeca: É sua? - Ela aponta a bola para nós. Afirmo.
Me levanto e sigo até ela. Pego a bola de suas delicadas mãos e me vejo perdido na beleza de seus lindos olhos, porém ao ver ela sorrir, meu coração saltar do meu peito e por um determinado tempo acho que vou cair diante dela. Ela com certeza merece qualquer tipo de admiração, pois a beleza dela não pode ser desse mundo!