No Morro

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Lua🌙

Eu sabia na merda que eu estava me metendo, por isso eu odiava sempre ir pelo coração do que pela razão. Se ele tava tentando evitar o meu sofrimento por que ainda assim preferiu ficar comigo por todo esse tempo? Se acontecesse alguma coisa com ele ao invés de eu ter me desapegado naqueles 20 dias, eu ia ter me apegado ainda mais.

Fiquei pensativa sobre o assunto mas também não perguntei mais nada, principalmente depois que ele recebeu uma ligação da mãe da Mariana falando que ela tava no hospital porque teve uma intoxicação alimentar. Eu fiquei preocupada na hora, mas achei que eu seria meio intrometida em um momento daquele, porém o Coringa não ligou para isso, não quis deixar eu sair do carro e eu tive que acompanhar ele até lá.

Coringa: Cadê minha filha? -desceu do carro olhando para a mãe da Mariana que estava em pé na recepção do hospital.

Ingrid: Tá dentro da sala tomando soro.-falou normal, mas quando eu entrei depois do coringa ela revirou os olhos.-Até aqui você traz ela? Não tá vendo que esse é um momento super particular entre pai e mãe? -me olhou com desdém.

Coringa: Cala a boca.-ela cruzou os braços.

Lua: Coringa, eu falei que não seria uma boa ideia eu vim junto.-comecei a explicar e a Ingrid me interrompeu me fazendo encarar ela com a cara feia.

Ingrid: Pois é, mas veio mesmo assim.

Coringa: Vai começar? Vou chamar os cara já já pra te levar pra teu barraco.-encarou ela com a cara feia e ela desviou o olhar do dele.-Qual sala ela tá?

Ingrid: Última.-ele deu as costas, tentei ir atrás mas a Ingrid me barrou entrando na minha frente.-Da minha filha cuido eu, amor.-sorriu debochada.

Eu fiquei calada morrendo de vontade de ir em cima dela, mas eu era educada o suficiente para me controlar, ou pelo menos tentar ficar quieta escutando as provocações desnecessárias dela.

Coringa: Esqueci da minha mulher.-segurou no meu braço me puxando na direção do corredor aonde ele tinha feito o caminho de volta e eu nem tinha percebido.

Ingrid: Essa mulher não vai entrar aonde minha filha está.-coringa olhou para trás.

Lua: Diogo, eu não quero confusão.-ele me ignorou.

Coringa: Vai entrar sim, quando é teus macho entrando dentro do teu barraco pra te comer quase na frente da minha filha eu não falo nada.-ela ficou calada e o Coringa me levou até a última sala do corredor me jogando pra dentro.

Mariana: Professora? -sorriu fraquinho se ajeitando na cama.

Lua: Oi.-sorrir.-Como tá se sentindo? -a porta do quarto abriu e eu dei uma olhada para trás vendo o Coringa sair por ela.

Mariana: Tô um pouquinho bem.-olhou para o Soro que estava no braço.-Posso fazer uma pergunta, professora?

Lua: Pode.-concordei com a cabeça.

Mariana: Você e o meu pai estão namorando? -sorrir fingindo plenitude.-É que vocês só ficam juntos.-dei de ombros.

Lua: Não, seu pai é muito feio.-ela riu e a porta abriu novamente.-A gente fica junto por causa da nossa amizade, só isso.-ela concordou com a cabeça e eu olhei para trás vendo a Ingrid entrar com a cara feia e o Coringa duas vezes pior.

Ingrid: Tá se sentindo desconfortável com alguma coisa aqui? -perguntou indo na direção da Mariana e eu logo me toquei do que ela se referiu.-Se sim, eu posso resolver isso.

Mariana: Não, eu tô bem mãe.-a mãe deu um beijo na testa dela.-Você viu minha professora? -apontou para mim.

Ingrid: Ah, ainda por cima é sua professora? -a Mariana concordou com a cabeça na maior inocência.

Lua: Minha vida pessoal e o meu trabalho não tem nada a ver.-coringa sentou em uma cadeira que tinha ali no canto.

Ingrid: É, mas no vídeo parece que você não soube separar essas duas coisas.-olhou para mim e dessa vez eu não me deixei intimidar.

Lua: Olha, eu não quero brigar nem discutir com você, muito menos em um momento como esse e pela minha enorme consideração e respeito pela sua filha. O que eu faço ou deixo de fazer é sobre a minha responsabilidade, e eu já me responsabilizei pelo vídeo, por tanto acho que esse assunto já está encerrado a muito tempo atrás.-ela revirou os olhos.

Coringa: Namoral, chega de indireta.-levantou da cadeira.-Lua já mandou o papo sobre o assunto nosso e tu não tem nada a ver com isso.

Por fim ela ficou quieta.

Eu estava me sentindo extremamente desconfortável naquele lugar, tava ficando extremamente sufocante dividir o ambiente com aquela mulher que ficava implicando sem nenhum motivo. Cheguei a ir no banheiro umas duas vezes com um mal estar enorme! Eu já estava dentro do hospital, mas optei por voltar para casa como se não estivesse sentindo nada.

A Mariana foi terminar de tomar o soro quase 3 horas da manhã, eu estava morta de cansada e o Diogo tava bem pleno em pé do meu lado enquanto eu estava sentada na cadeira. Ele provavelmente tinha costume de passar noites e noites acordado, bem diferente de mim.

Mariana: Pai..-chamou baixinho enquanto o Coringa tirava ela de cima da cama.-A gente já tá indo pra casa? -abriu os olhos devagar.

Coringa: Sim.-ela abraçou ele pelo pescoço.

Ingrid: Abre a porta ali.-olhou para mim e eu cruzei os braços esperando a educação.-Por favor.-sorriu falsa e eu fiz a mesma coisa indo até a porta.

Lua: De nada.-falei assim que ela passou primeiro que o Coringa e a Mariana.-Vaca implicante.-sussurei depois que ela sumiu no corredor.

Coringa: Passa, amor.-olhei para ele e semicerrei os olhos.-É contigo mermo.-neguei com a cabeça e passei pela porta seguida por ele.

Na hora de entrar no carro a Ingrid fez um maior show falando que ela foi pro hospital com o namorado e que ela ia voltar com ele e a Mariana, o pensamento do Coringa tava bem diferente do dela e isso fez eles começar com um ínicio de discussão assustando a Mariana que veio para perto de mim. No final ela bateu o pé falando que ia com o namorado e acabou que ela ganhou essa parte, mas a Mariana acabou indo para casa junto comigo e o pai.

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Demorou muitooo, porém chegou.

20 ou 15 e eu solto o próximo💖