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Coringa🎭

O bagulho não tinha saído da minha cabeça, sinceramente eu tinha ficado preocupadão, eu tinha total certeza que era o Thiago, tava maluquinho pra tomar o que era meu e não ia conseguir de forma nenhuma.

Deitei na cama sem sono nenhum, a Lua deitou do lado mexendo no celular e em segundos começou a roncar, fiquei quieto do lado pensando na parada que eu ia fazer e o celular vibrou, quando peguei era de um número desconhecido. De cara já fui logo levantando, já sabia que era papo errado.

Quando atendi reconheci a voz do filho da puta, me chamou no maior deboche, nem foi pelo vulgo, foi pelo nome mermo.

Ligação on.📲

Número desconhecido: Teu morro tá sem segurança né pô, começou a vacilar por causa de mulher? Logo você que dizia que não ia se prender a ninguém. Acho que o jogo virou, até a responsabilidade começou a deixar de lado, saiu e deixou os filhos sozinhos, tô bem ciente que tu não tá lá e deixou outro no comando, oportunidade perfeita pra tomar o morro.

Eu: Se fosse tão corajoso como diz que é invadia quando eu tava lá, por que esperou eu sair pra ficar pegando a visão? Fazia isso quando eu tava lá pô, eu tirava tu do carro e fuzilava tua cara todinha no meio da rua.

Número desconhecido: Cê tá vivendo seus últimos dias de reinado, tô te passando a visão.

Eu: Pisa o pé lá, cê sabe que a ordem é matar você e quem tentar, se for não vai conseguir ver o crescimento do filho que tu vai ter com a Carol. Quer crescer sem ver o muleque? Quer ver outro criando no teu lugar? -ele respirou fundo resmungando alguma parada.

Número desconhecido: Ameaçar a família é covardia, meu papo é contigo pô, a Carol tem nada a ver com esse nosso b.o não.

Eu: Ficou com medo? Quando é na hora de falar dos filhos dos outros tu sabe, só tenta pisar o pé no caralho do meu morro que mermo sem eu lá tu vai acordar no inferno.

Número desconhecido: Quem vai acordar no inferno é você depois que eu tomar o morro, vacilão do caralho.

Desliguei a ligação no puro ódio, tava na cabeça que eu tinha que eliminar o Th o mais rápido possível, porém não tinha como fazer aquela porra de longe, até porque eu mermo queria apagar, não queria aquele papinho de mandar.

Fiz outra ligação logo em seguida para o aliado que eu tinha deixado pra ficar passando o papo e mandei ele enviar um carro com alguns dos meus pra fazer a segurança. Depois entrei pra dentro e fui tentar acordar a Lua que tava em um sono pesado pra caralho, chamei mais de cinco vezes pra arrumar as coisas e ela sem querer acordar, quando liguei a luz ela abriu os olhos com a maior cara feia, expliquei o que era e ela respirou fundo levantando.

Não tinha muita coisa pra arrumar, só era pegar as roupas do guarda-roupa e algumas outras paradas que tava pela casa. Lua foi pegando e guardando as coisas dela enquanto eu fui fazendo o mesmo, logo em seguida colocamos as coisas dentro do carro e sentamos no sofá esperando os cara chegar de carro.

Ela toda hora levantava pra ir no banheiro enquanto eu tava totalmente inquieto olhando para o celular e perguntando se eles já estavam no caminho. Quando voltou sentou do meu lado deitando a cabeça no meu ombro e a atenção toda no meu celular.

Coringa: Bagulho é o seguinte, tenho nada pra esconder de tu.

Lua: Fala direito comigo que eu não sou seus amigos, caralho de bagulho é o seguinte.-se desencostou.

Coringa: É esse papo aí mermo.-ela cruzou os braços.-Tô zoando pô, eu sei que gosta quando te chamo de amor.

Lua: Me respeite, por favor.

Coringa: Bagulho de respeito, mostra o peito.-ela revirou os olhos.-Negócio de revirar, vamo namorar.

Lua: Vai se foder, bobão.-eu ri colocando a mão na coxa dela que empurrou fechando a cara.

Coringa: Te amo morena, cê é dona do meu coração.-ela desviou o olhar soltando um sorrisinho.

Ficou com a cara fechada por um tempo depois deitou colocando o pé no meu colo, queria dormir na maior cara limpa, fiquei perturbando e ela levantou me chamando de empata sono. Perguntei da onde tava saindo aquele cansaço todo e ela começou a chorar falando que eu tava infernizando a vida dela.

Neguei com a cabeça sem entender porra nenhuma e ela foi para o banheiro, só saiu quando eu fui chamar porque os cara tinha chegado. Daí ela saiu com o rosto todo vermelho de choro negando o abraço que eu tentei dar.

Foi saindo toda boladinha, cumprimentou o pessoal quando eu abri o portão e entrou no carro pegando logo o celular do bolso. Também fui dirigindo calado, ela não queria papo e eu não ia ficar no pé incomodando, fui seguindo o carro numa boa e como de costume ela dormiu.

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No MorroOnde as histórias ganham vida. Descobre agora