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Lua🌙

A praia tem aquele dom de dar um cansaço totalmente extremo, né? Passei a tarde e o ínicio da noite dormindo com o Diogo, quando acordei era quase oito da noite, tava morrendo de fome, mas pelo menos tinha comida pronta, era só esquentar e comer.

O Diogo acordou no mesmo momento que eu, ficou de chameguinho comigo mexendo no meu cabelo e depois começou a provocar, passando a mão na minha bunda e suspendendo o meu vestido falando que era a maior sacanagem eu ficar de calcinha de renda do lado dele.

Eu tava quase cedendo, mas o celular dele tocou e ele levantou me deixando ali sozinha. Levantei pegando o meu e fui mexer no instagram, não tinha muita mensagem interessante para responder a não ser a da minha mãe perguntando aonde eu tava e se eu já tinha me decidido, e passando por aquelas milhares de fotos no feed eu me deparei com um teste de gravidez, quando fui olhar de quem era até fiquei sem acreditar que era da Carol.

Deu maior vontade de desejar parabéns, coisa que ela literalmente fez diferente na minha vez, porém a minha cara de pau não era naquele nível. A nossa relação tava ruim e muito complicada para eu desejar parabéns, nem era pelo motivo de ela ter reagido mal quando eu contei sobre a minha, porém não tinha como, nossa vibe tava diferente.

Larguei o celular ali na cama e fui indo pra sala aonde o Coringa tava encostado no balcão com a maior cara preocupada, perguntei o que era e ele ficou quieto, quando cruzei os braços fechando a cara ele respirou fundo começando a falar.

Coringa: Tem um carro estranho passando na entrada do morro desde de manhã.

Lua: E qual é o problema? -ele fez cara de óbvio.-Se quiser voltar, tudo bem, eu sei que isso é um problema sério pra você e eu entendo totalmente.

Coringa: Fica de boa, vou ficar recebendo as informações sobre essa parada e mandar o pessoal seguir o carro, qualquer movimento errado nós volta.

Lua: Acha que é o Th?

Coringa: Sim, mas falta pouco pra eu mandar ele para o caminho do inferno.-se desencostou.-Mas não quero falar mais disso contigo, tudo vai se resolver.

Lua: A gente nunca tem paz, quando não é briga entre eu e você, é alguma coisa pra ter que se preocupar, mas faz parte né..

Coringa: Relaxa.-se aproximou me abraçando.-Vou resolver meu problema e nós vai ter um pouquinho de paz.

Lua: Vamos voltar antes?

Coringa: Depende do que rolar daqui pra amanhã, qualquer coisa nós volta amanhã, ou depois. Tenho que ficar sabendo um pouco mais sobre essa parada e chamar alguém pra ir de segurança com nós.-olhei pra ele.-Não quero colocar a sua vida e a vida do nosso filho em risco.

Lua: Nem a sua, se preocupa com você também. Você é totalmente importante pra mim, sua mãe, o Lucas e mais ainda pra Mariana.

Coringa: Tô com fome.

Lua: Não muda de assunto.-ele me soltou.-Mas já que não quer falar mais sobre isso eu não vou ficar batendo na tecla.

Ele foi sentar no sofá e eu fui esquentar a comida, foi bem rapidinho, coloquei no prato e sentei na mesa chamando ele que queria comer na sala, eu dei o livre espaço pra ele ir porém torcendo pra ele ficar, e ele ficou. Sentou na minha frente comendo calado por alguns minutos e depois olhou para mim, continuou quieto e por fim respirou fundo.

Lua: Ainda lembra quando me pediu em casamento? -ele negou.-Sério? Então esquece, eu queria falar sobre isso.

Coringa: Claro que eu lembro, tô esperando a resposta ainda.

Lua: Sim, só não queria responder naquele momento pelo motivo que você tinha bebido. Poderia ter falado brincando ou simplesmente da boca pra fora.-coloquei o prato de lado.-Eu tenho certeza que quero ficar com você, não tem muito o que pensar.

Coringa: E a noite de casal já vem adiantada, né? -neguei e ele revirou os olhos.

Lua: Hoje a gente vai assistir algum filme legal.

Coringa: Tu só assiste filme chato, nem vem com aquele bagulho de romance, o cara iludiu a mulher lá pra no final inventar de morrer.-eu ri.

Lua: Não vou negar que ele foi meio injusto, mas não se deve mudar as escolhas por causa de outra pessoa. Quando ele pensou no suícidio ele ainda não conhecia ela.-dei de ombros.

Coringa: Mermo assim, é chato e assunto encerrado.-revirei os olhos.-Gosto de ver filme de morte, armas, tiro e aquelas parada toda.

Lua: Você já vive isso na real, por que não experimenta coisas novas? -ele levantou.

Coringa: Porque cê não vai querer liberar atrás, quero mas sei que não vai rolar.-cruzei os braços.

Lua: Me dá o seu e depois eu te dou o meu.-ele riu.

Coringa: Cê nem tem pau.

Lua: Compro um de borracha, sem essa de que eu não tenho.-dei de ombros.-Se for gostoso e não doer, eu tento numa boa.

Coringa: Assim não rola pô, comigo não tem essa.-pegou o prato.-Deixa esse papo pra lá, cê é muito esperta, namoral.

Lua: Sempre, comigo não rola.-neguei.-Atrás não entra nada, só sai.-pisquei e ele riu.

Levantei colocando meu prato na pia e enchi a mente do Diogo pra ele lavar, lavou todo mal lavado mas pelo menos lavou. Fui sentar na sala e ele apareceu com dois copos cheio de sorvete, peguei o meu e continuei procurando o filme, eu querendo um filme que envolve romance no meio e ele negando, só se sossegou quando a escolha acabou sendo dele.

Fiquei quietinha toda concentrada e ele também no comecinho, depois deitou a cabeça no meu colo e ficou mexendo na minha barriga como se o bebê fosse mexer com dois meses. Logo em seguida deitou no sofá chamando pra eu deitar em cima dele e eu fui, daquela vez ele ficou quieto concentrado no finalzinho do filme, quando acabou a gente tomou banho e deitou na cama, quase onze da noite.

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No MorroOnde as histórias ganham vida. Descobre agora