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Coringa🎭

Papo reto, aquele bagulho da Lua enjoando de tudo toda hora tava me deixando preocupadão! Nós chegou na praia e ela demorou um tempão pra descer do carro, falando que tava tonta e com dor de cabeça, perguntei se ela tomava o remédio pra evitar a gravidez e ela respondeu que sim, mas o que ela sentindo tava batendo certinho. Fora que assim que ela desceu do carro uma senhora encostou falando que via um bebê nela, foi aí que a neurose bateu ainda mais.

Eu chamando ela pra comprar o teste e ela teimando comigo falando que não tinha como ser gravidez, porém esquecendo ela que nós transou várias vezes sem camisinha, sendo assim rolou vacilo das duas partes.

Fiquei conversando, distraindo ela até mandar ela ir comprar novamente, eu pedindo com a maior paciência do mundo e ela chorando falando que não tava grávida.

Coringa: Tá chorando por que, pô? -segurei a mão dela.-Vai comprar o bagulho e nós ver se é ou não.

Lua: E se eu tiver grávida? Eu não posso ter um filho agora.-negou com a cabeça.

Coringa: Se tiver grávida nós vai assumir.-ela olhou para mim.-Foi irresponsabilidade das duas partes, não vai ter sido planejado e não era pra ter acontecido nesse momento, mas se aconteceu era porque era pra acontecer.

Lua: Mas tem tantas outras coisas, se eu estiver grávida a minha vida toda vai complicar, vou ter que mudar tudo que eu planejei para mim.

Coringa: De uma coisa eu tenho certeza, tirar cê não vai.-neguei com a cabeça.-Nem pense nessa possibilidade se tu tiver, já que fez tem que assumir a responsabilidade.-dei de ombros.

Lua: Eu sei, e também sei que essa possibilidade é grande, mas tenho certeza que eu não tô, porém se tiver eu faço questão de mudar a minha vida pra incluir um bebê no meio.-sorriu fraco.

Coringa: Então nós vai comprar um teste pra saber, beleza? -ela concordou com a cabeça.

Eu nem sabia qual seria a minha reação, mas eu também não ia meter o pé falando que não queria o filho e altas paradas, até porque se eu não quisesse não tinha vacilado, teria evitado bem antes de acontecer.

Quando parei o carro de frente a uma farmácia, Lua tava toda nervosa balançando as pernas e com os braços cruzados, dei o dinheiro para ela ir comprar e ela saiu do carro me deixando ali esperando. Encostei minha cabeça na janela e só fiquei pensando naquele teste dando positivo, era um momento errado pra caralho, bem perto do dia do assalto, fora que eu não tava esperando, nem eu e nem ela.

Mas apesar do resultado eu ia tá ali com ela sempre, mermo sendo a pior pessoa do mundo, eu nunca faria o papel de pior pai. Meu pai nunca foi um pai ruim, então não tinha o por quê de eu pegar o exemplo, mas de qualquer forma se ele tivesse sido ruim eu não ia pegar o exemplo, cada um oferece o que tem de melhor, e acho que o meu melhor é sendo pai.

Lua: Foi 60 reais.-colocou o troco no meu colo e eu neguei com a cabeça devolvendo pra ela.-Quero não.

Coringa: De boa.-coloquei no meu bolso.-Mas esse é bom, né? Porque 60 reais é caro pra cacete pra esse negócio ser ruim e mentiroso.

Lua: Esse não tem muita chance de falhar, o outro sim.

Coringa: Pelo menos isso.-dei a partida no carro e ela ficou quieta.

Enquanto eu dirigia ela mantia os olhos focados no teste, depois olhou para o lado de fora com a maior cara nervosa, começou a balançar as pernas, abriu e fechou a janela, provavelmente pensando o que ia fazer se ali marcasse o positivo, e eu com os olhos focados na estrada pensando a merma parada.

Quando chegamos no apartamento dela, ela deu uma respirada funda olhando para mim antes de descer, ficamos se encarando por um tempo até eu tomar a iniciativa de ir beijar ela, depois disso descemos do carro e ela segurou a minha mão, e só pela mão gelada dela deu pra perceber o nervosismo maior ainda.

Lua: Olha o Caio.-olhei para a direção do elevador e vi ele acompanhado por uma mulher.-Ele me trocou por aquela mulher.

Coringa: Cê é mais bonita, ela é muito loira, oxigenada demais.-ela riu olhando para mim.-Cê é toda naquele pique gostosinho e pá.

Lua: Você gosta de me iludir.-neguei com a cabeça.-Então vou acreditar em você.

Coringa: Confia pô.

Lua: Não confio em quem fala isso.-semicerrou os olhos.-Acho que é uma forma de falar pra não confiar.-neguei com a cabeça.

Coringa: Seu papo é mentiroso.

Lua: Tá certo então.

Nós até tentou andar devagar para evitar o otário do Caio, mas foi impossível, o filho da puta ainda fez questão de segurar o elevador, a Lua nem queria entrar, mas como não abaixo a cabeça pra ninguém eu segurei firme na mão dela e puxei ela pra dentro do elevador comigo. Ficamos frente a frente um com o outro, do mermo jeito que a mina ficou a Lua, ela nem olhou na cara da Lua, já o Caio fez toda questão de ficar olhando para mim, e como eu não sou bobo eu encarei de volta porque o bagulho comigo é diferente.

Caio: Amor, eu já sei qual nome dar para a nossa filha.-olhou para a loira.

-Qual? -olhou para ele e a Lua olhou para mim revirando os olhos.

Caio: Laura, porque eu sempre quis ter uma filha com esse nome.-olhou para a minha mulher e eu puxei ela para perto de mim.

-É lindo.-sorriu se virando para ele e deu pra perceber a barriga dela grande.-Eu tava pensando em um com a letra C pra combinar com o seu, mas eu amei esse.

Caio: Eu te amo, e amo ainda mais a família que a gente tá construindo.-segurou a barriga dela.

Eles ficaram naquele papo furado até chegar o andar deles, antes deles descerem a mulher ainda fez questão de dar tchau para a Lua, já o Caio tava mancando e tentou manter o postura que ainda não tinha por conta do que eu tinha feito na perna dele.

Lua: Que escroto! -olhou para mim.-Eu sempre falei pra ele que quando a gente tivesse um filho e fosse menina o nome ia ser Laura porque era em consideração as nossas avós que tem o mesmo nome, aí ele vai e faz uma dessa? É um filho da puta mesmo.-revirou os olhos.

Coringa: Cê nem deveria ligar, não tá mais com ele e se tiver um filho, agora vai ser comigo. Ele é passado, foi escroto contigo e não merece tua atenção, deixa ele lá com a mulher e a filha dele.-dei de ombros.-Tua história tá sendo outra agora, e se tu tiver grávida eu que vou escolher o nome.

Lua: Nada disso, essa parte vai ser minha.-negou com a cabeça.

Coringa: Não mermo, eu que escolho essa parada, pelo menos uma vez.-ela me olhou sem entender.-Não foi eu que escolhi o da Mariana, eu queria outro e a mãe dela quis esse.

Lua: Mas Mariana é bonito.-concordei com a cabeça.

Coringa: Mas eu queria Ísis.

Lua: É perfeito, mas a gente não pode tá falando sobre o nome de um filho que a gente nem sabe se tá aqui na minha barriga.-eu rir colocando a mão na barriga dela.-Já pensou se encher de expectativas pra nada?

Coringa: Mas cê tá, eu tô sentindo mexer.-ela começou a rir.

Lua: Essa foi boa.-sorrir.

Apesar de que nós tava levando o caso na brincadeira, a parada era séria, um filho é coisa séria.

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25/20

Aumentei a meta porque o próximo capítulo é o decisivo!

No MorroOnde as histórias ganham vida. Descobre agora