Consequências

3.6K 342 39
                                    

Matthew narrando

Encaro Malu que estava me olhando confusa e ao mesmo tempo raivosa, sinto muito por isso Malu! Não queria tirar sua liberdade, mas não quero que nada aconteça com você é o único jeito é te deixar em um lugar onde só eu sei.

Eu-Você tem que entender, eu só quero te proteger.

Falo calmamente andando até ela, a mesma se levanta e fica na minha frente, olhando me implacável.

Malu-Não é assim que vive vai me proteger Matthew, você sabe que eu vou sair daqui e quando isso acontecer, não importa o quanto tente eu vou lutar nessa maldita guerra.

Eu-Então é só eu não deixar você sair.

Não queria que tudo terminasse desse jeito, ela deve entender que a única coisa que quero é protegê-la. Ela é os bebês, mesmo que eu morra tentando.

Me viro para ir embora mais ela segura meu braço e eu acabo me virando de novo, ela estava com lágrimas nos olhos, mas nenhuma gota se quer saiu.

Malu-Você não pode me deixar aqui, você é um idiota!

Ela berra e me dá um tapa, ela podia ter  perdido um pouco de sua força, mas o tapa que ela dá não é mole não. Me solto dela e saio do quarto junto com a empregada, fecho a porta de prata e digo andando pelos corredores ouvindo coisas se quebrando no quarto.

Malu narrando

Ele não pode fazer isso comigo, isso é cárcere privado, se bem que no mundo sobrenatural, as leis dos humanos não funcionam... Mas de qualquer jeito ele não pode fazer isso.

Começo a quebrar tudo que vem na minha frente, depois de tudo que nós passamos... Ele me prende aqui. Eu não acredito! Eu devia ter desconfiado, ele sempre tão preocupado, agora com a chegada da guerra e a morte da quase segunda mãe dele, claro que ele ia mudar.

Miguel veio até mim e me abraçou, na verdade me segurou para eu não por o quarto de pernas pro ar, eu o abracei forte e deixei as lágrimas rolarem por meu rosto, não eram lágrimas de tristeza, eram lágrimas de ódio.

Depois de tudo que eu fiz, ele vem e me tranca aqui! Sei que tenho que entender o lado dele, mas nesse momento não consigo pensar em mais nada a não ser sair daqui.

Eu não posso ficar enfurnada nesse quarto enquanto a guerra acontece lá fora, eu sou a mais forte daqui depois do Matthew, ele sabe que eu sou boa, nenhum dos guardas dele me supera, o que dirá esses babacas que querem lutar.

Depois de um tempo solto Miguel e vou para o banheiro, sim, tinha um banheiro lá, mas não tinha água, nem na pia, nem no chuveiro, eu apenas me olhei no espelho por algum tempo e dei um murro no mesmo.

Ele ficou em pedaços e minha mão começou a sangrar, não sentia mais minha parte loba, nem vampira, nem nenhuma outra, eu estava um caco e pra variar estava dando vários passos para virar humana.

Quando eu sair daqui todos meus poderes vão voltar com ainda mais força, eu quero ver alguém me impedir de lutar.

Depois de um tempo sai do banheiro e Miguel veio até mim com o olhar preocupado. Ele olhou para minha mão e suspirou.

Miguel-Você podia ter sido a mais forte de todas, mas agora esta sem seus poderes, virou praticamente uma humana, não tem mais poder de cura. Então não devia fazer bobagens como essa.

Ele pegou um lenço de dentro de sua bolsa e amarrou ao redor da minha mão para parar de sair sangue.

Eu-Não é minha culpa! Não consigo controlar minha raiva.

Derrepente a porta é aberta brutalmente, quando eu olho para a mesma vejo que é Matthew, ele está com os olhos vermelhos e olha fixamente para o machucado na minha mão.

Miguel-Temia por isso.

Sussurrou.

Eu-Temia o que?

Sussurrou de volta olhando para ele.

Miguel-Como você está basicamente na forma humana, isso faz com que ele sinta uma forte atração por seu sangue.

Eu olhei para ele e no segundo seguinte já não estava no chão, estava sendo carregada por Matthew para longe de Miguel, Miguel levantou e tentou alcançar Matthew, mas quando dei por mim já estávamos fora do quarto.

Miguel começou a bater na porta e a chamar por Matthew dizendo para ele retomar o controle, mas Matthew não ouviu, ele me deixou no chão e me prensou na parede.

Ele pegou minha mão machucada e desamarrou o lenço, ele cheirou o mesmo e seus olhos ficaram em um tom de vermelho sangue, suas presas apareceram e pela primeira vez senti medo de o ver assim.

Já vi que ficar na forma humana tem mais desvantagens do que pensei.

Matthew narrando

Senti minhas presas saindo, não eu não queria fazer isso... Mas o cheiro de seu sangue era tão bom e seu pescoço a mostra... Não tinha como me controlar.

Quando eu estava na metade do caminho de volta paraa  parte habitada do Castelo, senti o forte cheiro de seu sangue, devia ter ao menos tentando resistir. Já sabia que isso ia acontecer, mas não tão cedo. Isso vai ser um problema!

Me aproximei do seu pescoço, a mesma não tentou me impedir, não sei porque, mas isso só me deixou com mais vontade de sentir o gosto de seu sangue.

Vou me arrepender disso depois, mas agora não estou pensando muito mas consequências.

A Companheira do rei dos vampirosOnde histórias criam vida. Descubra agora