A Companheira do rei dos vampiros

Só os primeiros

Malu narrando

Ele sou pode estar brincando comigo, eu pensei que quando me visse ele ficaria louco e começaria a gritar comigo, bom, se isso acontecesse eu não ficaria atrás, mas... Ele não fez nada disso...

Eu empurrei ele e me afastei, precisava de um pouco de espaço e também de tempo pra pensar, mas acho que isso não vai acontecer... Ele não vai me deixar sair.

Eu-Onde nós estamos?

Matthew-Na casa que eu arranjei aqui no mundo humano.

Eu-Elizabeth me disse que você era um empresário importante de uma empresa famosa aqui, no mundo humano.

Matthew-Bom, sim.

Eu-Então é por isso que você está tão bem acomodado.

Matthew-Mas então... Não acha que está na hora de termos uma conversa?

Eu-Não, na verdade eu acho que está na hora de eu ir embora, Ana e os outros devem estar preocupados e Miguel, Nayla e Afrodite devem estar quase enlouquecendo.

Tento passar por ele, mas o mesmo entra no meu caminho, como eu disse não vai ser tão fácil sair daqui, de qualquer jeito acabei presa novamente... É assim que me sinto em relação à ele, toda essa proteção e preocupação que ele tem comigo estão me deixando sufocada.

Matthew-Sinto em lhe informar, mas você não vai sair daqui, não até voltarmos para nossa casa.

Eu-Aquela não é minha casa, nunca foi, não do jeito que eu esperava, sem falar que... Não sei se você percebeu mais... Eu só vou ser uma ameaça no outro mundo, todos vão acabar como dona Maria.

Matthew-Sei que está abalada, mas a morte dele não foi sua culpa, a guerra está chegando e todos vão acabar saindo machucados.

Eu-Não é isso Matthew, me sinto... Sufocada, sei que está preocupado comigo e que quer me proteger, mas isso... Está se tornando perigoso demais para mim e até mesmo para você e os outros.

Eu me afasto dele... Ele tem medo que eu acabe machucada, mas eu sei... Não consigo esquecer das visões que tive sobre o que vai acontecer, e particularmente elas tem ficado casa vez mais forte.

Matthew-Nós podemos resolver isso, mas por favor, não vá embora de novo, não fuja outra vez! Eu... Não sei se posso suportar ver você partir de novo.

Não posso culpá-lo, apesar de tudo, desde o começo eu só estava pensando em mim, eu nunca pensei direito nos pensamentos e sentimentos de Matthew, nem em como isso o afetaria... As olheiras estão bem visíveis agora, sua pele mais pálida que o normal e ele parere... Fraco.

Eu-Quando vamos voltar?

Perguntei suspirando... Eu sei que me deixei vencer muito fácil, mas... Também já estou com saudade do Castelo e da minha "família", aposto que eles devem estar loucos agora, principalmente Luan e David. Quando olhei para Matthew pude jurar que vi um brilho em seus olhos... Ele parecia uma criança ou algo assim.

Matthew-Hoje!

Eu-Hoje? Mas... Tão cedo?

Matthew-Então amanhã, sei que você tem que resolver suas coisas, mas... Não fuja!

Dessa vez ele... Tinha outro brilho nos olhos, ele não parecia ser o mesmo de segundos atrás, já vi esse brilho antes, era o mesmo que ele tinha nos olhos quando conseguiu me pegar na minha segunda tentativa de fugir, ele parecia... Fora de controle.

Era... Ameaçador.

Eu-Não vou fugir.

Lhe dou um aceno e estalo os dedos, um portal aparece atrás de mim e eu entro nele sem olhar pra trás, eu... Ainda tenho o que resolver, amanhã... Eu volto.

Quando me dei conta já estava em frente a 'minha' casa, entrei na mesma e vi Miguel sentado no sofá, ele parecia preocupado, Afrodite andava de um lado para o outro e percebi Nayla no telefone, ela estava falando com Ana.

Rapidamente entrei na sala e fui até Nayla puxando o celular de sua mão.

Eu-Ana?

Ana-Luna? Você está bem? Você sumiu, eu estava preocupado.

Eu-Ana, não tenho tempo para explicar muito bem, mas... Eu não vou poder mais trabalhar no restaurante.

Todos me olhavam confusos e na outra linha não pude ouvir nada, só Ana suspirando.

Ana-É por causa do seu ex-namorado? Você está fugindo dele?

Eu-É mais ou menos isso.

Ana-Você devia denunciá-lo e não continuar a fugir, você é muito importante aqui no restaurante.

Eu-Eu sei, mas não estou mais fugindo dele... Você não entenderia...

Ana-Hunf... Pelo menos venha se despedir da gente, estamos aqui na loja agora, pode vir?

Eu-Claro, eu... Já estou indo.

Desliguei a chamada e dei o celular para Nayla, eu olhei para todos e logo vi que se eu ficasse teríamos uma longa e cansativa conversa, por isso saí correndo antes que eles pudessem falar algo, quando já estava na porta gritei "Nos vemos mais tarde! ".

Passei pelo portão da casa e fui andando pela rua, era final de tarde então ainda tinha algumas pessoas caminhando pela rua.

Quebra de tempo

Estranhei as luzes do restaurante estarem apagadas, mas andei até a porta dos fundos e entrei na mesma, a mesma estava entreaberta o que eu achei bem estranho.

Assim que entrei um cheiro forte invadiu minhas narinas... Tudo estava escuro e eu comecei a me desesperar, não podia ser o que eu estava pensando... Fui até o interruptor e acendi as luzes.

Andei devagar até a parte do balcão e quase gritei ao confirmar o que tinha acontecido... Todos estavam... Mortos... Tinha sangue para todos os lados e os corpos deles estavam no chão, Jake, Liliana, Ana, Joyce, Eduardo, Yuri... Todos estávamos mortos.

Na parede estava escrito com sangue "Esses são só os primeiros".