mais forte

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Maratona 1/3

*Malu narrando

Já era de manhã, o sol tinha acabado de nascer e eu já estava de pé, os bebês ainda não tinha acordado, o caso era que eu não tinha dormido à noite inteira, apesar de estar cansada parecia que meu corpo não me permitia dormir.

Matthew teve que passar a noite no escritório junto com Paulo, eles estavam tentando bolar estratégias para tentar matar mais daquelas pessoas antes de chegarem muito perto, queriam fazer armadilhas no campo ou algo assim.

A cada dia que passava eles apenas ficavam mais perto, eu podia sentir isso e meu coração apertava cada vez que eu pensava nisso, ontem à noite quando chegamos Alinne e Beto não desgrudaram do bebê nem sequer por um segundo.

No final, Luan também voltou e foi dormir com Alicia, a mesma ficou mais tranquila quando viu a irmã, a mais velha estava acordada esperando Alinne chegar, ela foi dormir apenas quando soube que eles estavam bem e depois de ver o sobrinho claro.

Eu tomei um banho rápido e coloquei uma roupa confortável, nem me deu ao trabalho de pentear o cabelo ou alguma coisa assim. Desci as escadas rapidamente e fui pegar alguma coisa pra comer na cozinha, chegando no cômodo eu encontrei Angeline.

Ela estava segurando o seu bebê no colo... Vou demorar a me acostumar a ver tanto bebê nessa casa, foi incrível o fato de todas termos dado a luz no mesmo dia, em horários diferentes mais no mesmo dia.

Eu cheguei perto da mesma, que já tinha percebido minha presença e olhei para o bebê, era uma linda menininha, cabelos parecidos com o do pai, os olhos castanhos escuros, pareciam com os olhos da avó, a Lúcia, ela era tão pequenina quanto Bella.

Eu-Qual a sensação de ser mãe?

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Eu-Qual a sensação de ser mãe?

Perguntei sorrindo e ela apenas me olhou dando um sorriso de lado, era a primeira vez que eu via ela sorrindo verdadeiramente, ela parecia verdadeiramente feliz.

Angeline-É... Bom, Levi parece um bobão quando vê ela...

Eu-Matthew também, talvez porque sejam os primeiros filhos deles...

Angeline-É talvez...

Ela estava amamentando a filha, para não atrapalhar ou algo do tipo, fiz um sanduíche bem reforçado com um monte de coisas que encontrei na geladeira, voltei para o quarto preocupada por deixar os trigêmeos sozinhos.

Quando voltei percebi que o único que tinha acordado era Matheus, ele já tinha os olhos bem abertos e parecia pronto para chorar quando me viu, quando eu entrei no quarto e ele me viu, sorriu banguelo e mexeu as mãozinhas no ar.

Eu fui até o mesmo e me sentei do seu lado, quando terminei meu pão, peguei ele no colo e comecei a amamentá-lo, quero meus filhos bem fortes, enquanto estava com ele no colo, pensei em como minha vida final mudado.

Eu estava no meio de uma guerra, tudo que eu menos queria e mais queria ao mesmo tempo, sempre quis ação e esperava poder participar de algo do tipo, na realidade eu acho que até gostava de matar vampiros, isso apenas depois da morte dos meus pais.

Eu queria vê-los sofrer por causa do meus pais, esse foi meio que meu jeito de lidar com a morte deles, eu não sentia nada ao matar eles, claro, se eles fossem inocentes eu os deixava ir, depois de investigá-los.

Caso contrário, eu matava eles da forma mais dolorosa possível, muitos já vieram atrás de mim para vingar parentes seus que eu havia matado, mas nunca realmente chegaram a tocar em um fio de cabelo meu.

Vocês podem dizer que eu era um pouco sádica, mas... Aquelas pessoas tinham matado meus pais, sem falar nos inúmeros ferimentos que eles já tiveram em lutas, a mãe de Luan, minha mãe adotiva, já chegou a perder um bebê por  causa deles.

Eles invadiram nossa casa e quase a mataram, naquele momento papai tinha saído para ir na cidade... Se ele não tivesse chegado a tempo... Eu nem sei o que teria acontecido com ela.

Todas as vezes que eu matava vampiros, sentia que meus pais estavam vingados, apesar de saber que eles nunca iriam querer esse tipo de matança, eles matavam os vampiros de modo rápido e só matavam com a certeza de que eles tinham se aproveitado de humanos.

Era estritamente proibido que vampiros ou qualquer outro ser, fosse para o mundo humano, mas quando eles passavam para o outro lado, os caçadores iam atrás, ou mesmo quando os caçadores desconfiavam, já tinham que estar prontos para lutar.

Todas essas lembranças parecem tão distante agora... Com meu bebê nos braços... Pena que agora, realmente estamos prestes a entrar em uma guerra, no final nem disse o motivo para querer não entrar em uma.

Bom, apesar de tudo, eu sempre fui muito descontrolada, ainda mais depois da morte dos meus pais, só sabia que tinha que matá-los e em uma guerra, pelo menos para mim, não importava de que lado quem estava, quem viesse para cima de mim, com certeza seria morto.

Só que agora é diferente, eu não estou forte como antes e sempre que tenho usar meus poderes lembro daquela aura maligna de antes... Eu tenho medo... De perder o controle e acabar matando alguém que eu amo.

Agora eu sei a diferença entre aliados e inimigos, por isso eu tenho que me esforçar o triplo, para proteger quem amo eu preciso ser mais forte...

A Companheira do rei dos vampirosOnde histórias criam vida. Descubra agora