papéis

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Malu narrando

Eu fiquei em choque por algum tempo, despertei somente quando percebi Matthew chegando, eu suspirei aliviada ao perceber que as três pessoas não estavam mais ali... Matthew... Ele não pode saber disso.

Eu não sei como ele vai reagir e nem tenho certeza se ela está realmente traindo a gente, quer dizer... Não pode ser, tudo bem, não tem como ter certeza mais eu confio nela... Matthew também, mas aquela pessoa disse que era alguém que nunca desconfiaria...

Matthew não vai simplesmente aceitar o fato de... A mãe dele estar contra nós, mesmo se estiver ela é mãe dele, pensando bem ela... A única pessoa que pode dizer se o comportamento dela é estranho é Lucas... Eu tenho que falar com ele assim que voltar.

Matthew-Viu o rosto de alguém? Está pálida... Parece assustada.

Eu-N-Não ninguém... Estou bem.

Me levantei e ele fez a mesma coisa, eu fiquei olhando para o local por um tempo, estavam somente os vestígios do galpão e algumas paredes meio queimadas. Eu olhei para Matthew e lembrei do porquê de eu ter vindo para cá.

Eu tinha brigado com ele e estava com raiva pelo fato de ele não confiar em mim, quer dizer... Tudo isso parece um pouco longe agora, tenho uma suspeita e não desistir até descobrir se ela é culpada ou não por algo.

Matthew-Acho melhor voltarmos.

Eu-Pode ir se quiser, eu preciso ficar aqui para pensar um pouco.

Matthew-Olha se for por causa de hoje de manhã-

Eu-Não quero falar sobre isso... Por favor, eu preciso de um tempo.

Falei olhando no fundo dos olhos dele, justo agora que eu tinha prometido a mim mesma que nunca mentiria ou esconderia algo dele novamente... Justo agora... Essa informação apareceu e eu não posso simplesmente jogar essa bomba pra cima dele, ele não vai acreditar e se acreditar vai por tudo a perder... Me desculpa.

Matthew-Tudo bem, só não... Eu já vou.

Ele estava com a cabeça baixa.

Eu-Eu... Não estou com raiva de você, de fato nosso relacionamento precisa de mais confiança, mas... Eu realmente preciso pensar, ok? Preciso pensar no que fazer com as crianças e... No que vai acontecer daqui para frente.

Matthew-Eu sei e entendo isso, mas é que... Eu quero mesmo acreditar em você mais cada vez que eu tento, parece que você se afasta e ainda se mete em mais problemas.

Eu-Eu também quero poder confiar em você, mas tem algumas coisas que é melhor você não saber, olha você é meu companheiro e tirando algumas coisas você é ótimo e tenho certeza que será um bom pai. Mas... Apesar disso, você não é um herói, não precisa me salvar todas as vezes e... Não precisa tomar decisões difíceis.

Matthew-Que tipo de decisões?

"Entre matar sua mãe ou talvez ser morto por ela".

Eu-É melhor você ir, preciso mesmo por minha cabeça no lugar e você também.

Ele concordou meio cabisbaixo e começou a se afastar, eu suspirei e me virei em direção ao que restou do galpão, eu andei até o lugar e fiquei observando.

Eu tenho certeza que era Lúcia, aparência igual, altura, fisionomia, tudo... Eu não costumo me enganar, mas... Eu queria que dessa vez eu estivesse errado, só dessa vez. Não quero que Matthew tenha que escolher entre matar a mãe ou não se ela for realmente uma traidora.

Mas se ele não escolher, quem terá que fazer a escolha... Sou eu.

Enquanto eu estava andando pelo lugar e tentando achar uma solução, um papel voou e parou bem na minha frente, tinham mesmo alguns papéis espalhados pelo local, eu até achei estranho o fato de eles não estarem queimados.

Peguei o papel na minha frente e fiquei surpresa ao ver que nele estava meu nome, tinha uma foto minha e... Eu era criança nela, tinha uns 4 anos, estava escrito várias coisas sobre mim, idade, nome, persolidade, até o nome dos meus pais estavam ali e por acaso, eles pareciam saber que minha mãe - Que me criou - não era minha mãe verdadeira.

Eu peguei alguns dos outros papéis e parece que minha mente fez um " Clik", todos os papéis que estavam ali não pareciam estar nem se quer um pouco queimados, na verdade... Eu acho que tinha algum feitiço protegendo esses papéis, eu procurei pelo lugar e achei uma caixa com vários deles dentro.

Eu coloquei todos os papéis que tinha pegado dentro de caixa, inclusive o meu, por algum motivo senti como se alguma coisa ruim fosse acontecer, eu teria muito tempo para estudar todas essas fixas quando chegasse no Castelo.

Eu aproveitei e fiz logo um portal coloquei a caixa dentro e a mandei diretamente para o Castelo, quer dizer para o meu quarto e de Matthew, seria um perigo se alguma outra pessoa as visse, quer dizer... Podiam confundir com uma caixa qualquer e jogar fora.

Eu sai correndo do lugar assim que meus sentidos me avisaram mais uma vez que algo ruim ia acontecer, não era bem isso, mas... Desde que eu toquei naquela caixa, parece que alguma coisa ruim apareceu ao redor, sei lá uma aura estranha.

Antes eu até diria que poderia estar louca, mas agora não duvido mais de nada, nem mesmo de espíritos.

Eu meio que tentava me livrar daquela sensação, mas só piorou quando eu me afastei do lugar, parece que tinham vária pessoas me observando, eu até podia sentir alguém perto de mim, mas quando olhava não tinha ninguém e sim... Eu estava correndo em alta velocidade.

Eu acabei me distraindo e tropecei em uma pedra, eu iria de encontro ao chão se não fosse por alguém me segurar, eu respirei fundo antes de olhar para a pessoa que me segurava.

Pera... Pai?

O que meu pai está fazendo aqui?

-Você tem que tomar cuidado, pequena, parece que você anda se metendo em várias coisas perigosas... Você é forte, mas não é invencível.

Eu-Pai...

Pai-Tome cuidado, pequena, eu e sua mãe te amamos.

Ele desapareceu como fumaça e tudo voltou... A sensação de estar sendo observada, pessoas se aproximando, respirações

A Companheira do rei dos vampirosWhere stories live. Discover now