emprego

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Malu narrando

Pela manhã;

Acordei com alguém me balançando, abri os olhos devagar e vi a figura de Nayla, ela sorriu gentilmente e eu me sentei na cama, ainda com um pouco de sono.

Nayla-Eu preciso ir trabalhar, o café da manhã já está na mesa.

Ela sorri e se vira, não dando tempo para eu agradecer por sua gentileza. Eu me levanto e vejo Afrodite se remexer, ela é eu dormimos na mesma cama, Miguel dormiu na cama de solteiro no mesmo quarto e Nayla dormiu no quarto dela. Esse na verdade era o quarto de hóspedes.

Me levantei e fui para a cozinha, em cima da mesa tinha um bolo de chocolate, eu cortei um pedaço e comi o mesmo. Estava bom, mas eu não estava com muito apetite.

Como será que Matthew está? Deve estar com muita raiva, ele vai me procurar até no inferno se for preciso e eu sei bem disso. Mas foi ele quem escolheu isso, se não tivesse feito isso, eu poderia estar lá agora.

Queria poder falar com Luan ou Alicia, mas não só com eles, todos estão preocupados comigo, menos Elizabeth claro, aposto que ela vai aproveitar isso para ficar mais próxima dele, só de pensar nisso me dá vontade de voltar lá, só pra bater na cara dela.

Passado algum tempo ouvi passos e olhei para o corredor, Miguel estava vindo até mim com a cara toda amassada, ele se sentou ao meu lado e me deu um bom dia, cortou um pedaço de bolo e comeu o mesmo.

Miguel-Para onde aquela garota foi?

Eu-Ela foi trabalhar.

Dou de ombros e ele se levanta indo até a pia para lavar a mão e a boca que estavam sujas de chocolate, ele começou a olhar para a janela com um olhar triste e distante.

Do mundo dos humanos para o mundo sobrenatural várias coisas mudam, ele deve estar sentindo saudade de casa é a avó também. Fui eu quem coloquei ele nessa coisa toda, ele podia simplesmente viver sua vida em paz e sofrer com a morte da avó, mas por minha culpa agora ele tem que fugir do Rei dos vampiros.

Me levantei e fui para banheiro, peguei uma muda de roupa que Nayla me emprestou e fui tomar banho. Foi rápido, menos de 10 minutos, quando me troquei, sai do banheiro e fui para o quarto acordar Afrodite.

Para nós estabelecermos aqui, precisamos conseguir dinheiro e para conseguir dinheiro precisávamos arranjar um emprego. Eu não pretendia voltar para o Castelo, não ia ficar presa naquele lugar de novo, mas não mesmo.

Chacoalhei Afrodite e a mesma se remexeu, ela abriu os olhos e se levantou devagar, a mesma coçou os olhos e olhou para o quarto.

Afrodite-Onde estamos?

Eu-No mundo humano, não lembra?

Afrodite pensa um pouco e assente depois de um tempo, eu falei pra ela se levantar e ir tomar banho, dei uma outra muda de roupa que Nayla emprestou. A mesma pegou e foi para o banheiro.

Eu voltei para a cozinha e vi Miguel sentado na mesa, ele estava com a cabeça encostada na mesa, o mesmo não tinha dormido muito bem a noite, eu  ouvi ele se remexendo na cama, eu também não consegui dormir direito, mas por outros motivos.

Eu-Miguel, vou procurar um emprego.

Miguel-Tá... Espera, o que?

Eu-Vou arranjar um emprego.

Falei e o mesmo fez que não com a cabeça.

Miguel-Pode ser perigoso.

Eu-Não vou ficar sem fazer nada nessa casa sendo sustentada pela Nayla, se Matthew vier me procurar que venha, eu não tenho medo dele.

Tá, eu sei que eu podia apenas conseguir um emprego hipnotizando alguém, mas... Seria injusto, não é? Por isso resolvi apenas usar meus poderes para fazer um currículo.

Estalei os dedos e o mesmo já estava em minhas mãos, sai da casa me sentindo estranha por ir procurar um emprego... Quer dizer nunca precisei de um... Eu só matava os seres sobrenaturais perigosos e pegava o dinheiro deles.

Não a melhor forma de arranjar dinheiro, mas o que eu podia fazer? De qualquer jeito eu nunca fui uma inútil, eu sei fazer muitas coisas e pode não parecer mais eu sou muito inteligente, quando eu era criança -embora meus pais fossem contra- eu sempre estudei, Lia vários livros humanos para aprender o que eles aprendiam.

Passou-se pouco tempo até eu chegar na parte mais movimentada da cidade, o comércio, onde as lojas ficavam. Inclusive a de Nayla também.

Andei por várias partes do comércio, porém não achei nenhuma loja que esteja procurando alguém para trabalhar, nesse vai e vem nem percebi que a hora do almoço tinha chegado.

Resolvi parar em um restaurante, ele era bem movimentado e eu gostei do ambiente, quando entrei no mesmo percebi que no balcão tinha um cartaz dizendo que precisavam de uma moça para servir os clientes, talvez seja o destino finalmente suspirando ao meu favor.

Não tenho experiência em ser garçonete nem nada do tipo, mas eu posso aprender... O restaurante parece bem movimentado, os empregados parecem estar tendo problemas com os pedidos das pessoas, talvez eu consiga o emprego, né?

Fui até o balcão e a moça parecia estar estressada, estava gritando com as garotas e garotos para eles irem mais rápido, os clientes já estavam reclamando.

Eu-Com licença... -

-Se for para reclamar que está demorando, se sente e espere mais um pouco por favor.

Ela me olha de cima a baixo e eu apenas sorrio.

Eu-Não, eu vim por causa do cartaz.

Aponto para o cartaz que está grudado ao balcão, pude ver um brilho em seus olhos, a mesma abriu um sorriso de orelha a orelha e eu não entendi.

-Prazer eu sou Ana e... O emprego é seu.

Não estou entendendo, nós não passamos por uma entrevista e somos avaliadas primeiro...?

Eu-Mas... Você ainda nem me entrevistou.

-Nessa bagunça não tenho tempo nem pra respirar... Se quiser pode começar agora mesmo, só não arranje briga com os clientes.

Ela suspirou exasperada e me jogou um uniforme sem esperar minha resposta, hoje talvez seja meu dia de sorte ou algo assim... Conseguir um emprego sem mais nem menos não é normal... Mas pelo menos eu consegui.

A garota indicou para eu ir me trocar e eu apenas passei pelo balcão e fui seguindo por um corredor que ela tinha indicado. No corredor tinham algumas garotas conversando sobre alguns "clientes babacas".

Não liguei e fui para o final do corredor onde tinha uma placa escrito vestiário feminino, cheguei lá e vi mais algumas meninas se trocando, quando eu entro elas me olham e depois olham para o uniforme que a garota de antes me deu.

-Ela também te contratou agora? Ela deve estar desesperada mesmo, com tantos clientes vai contratando qualquer uma.

Não sei por que senti que ela estava me menosprezando, ela me olhou de cima a baixo assim como sua amiga e depois sorriu debochada. Elas passaram por mim murmurando coisas que nem me dei ao trabalho de escutar. Elas Também Sao empregada daqui então por que menosprezar os outros?

Nem todos os trabalhos são fáceis, pelo visto não é completamente meu dia da sorte, mas a primeira conquista foi feita... Consegui um emprego e é o que importa, pois é como vou me virar daqui pra frente.

A Companheira do rei dos vampirosKde žijí příběhy. Začni objevovat