sensação

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Malu narrando

Alícia e Luan já foram embora, o mesmo convenceu ela a ir, até porque ela parecia mais desesperada do que Alinne, bom, nós podíamos ouvir o que estava acontecendo na sala por causa de nossa audição e parecia que o bebê não estava na posição certa.

Beto estava lá e não tinha voltado, eu fiquei, apesar de não ser irmã dela ou algo do tipo, ainda tinha um mal pressentimento, eu quero ficar por perto para que não haja nada de errado.

A moça que tinha nos trazido aqui, na verdade estava vindo para cá para passar a noite com um parente que estava doente, ela foi lá vê-lo e deixou o celular dela comigo para qualquer outra emergência.

Já estava de madrugada, eu fiz de tudo para ficar, enquanto os médicos insistiam que eu tinha que ir, no final eu tive que usar meus poderes, para hipnotizá-los e fazer eles me deixarem ficar, é meio que proibido usar seus poderes em humanos, mas ninguém segue mais essa regra, então...

Bom, eu senti o celular da moça vibrar e percebi que era o número de Matthew, eu atendi.

Matthew-Por que ainda não voltou?

Eu-Oi pra você também... Eu vou voltar apenas quando Alinne tiver o bebê, estou sentindo que algo está errado e não quero sair até ver que ela e o bebê estão bem.

Matthew-Hum... Ok, toma cuidado.

Eu-Tudo bem... Como os bebês estão?

Matthew-Bem, eles não deram trabalho, a Angeline já teve seu filho, é uma menina.

Eu-Que bom... Tenho que desligar.

Desliguei logo em seguida ao ouvir o choro de um bebê, eu suspirei aliviada e percebi que o bebê finalmente tinha nascido, apesar disso aquela sensação ruim ainda não tinha ido embora, talvez eu deva ficar um pouco mais...

Lúcia narrando

Ouvi uma conversa de outros dois bruxos que também estavam sendo manipulados, ambos estavam falando que John mandou os mesmos pegar o filho de Alinne para servir como uma moeda de troca, aliás, ele também estava planejando pegar os outros bebês.

Eu infelizmente não podia fazer nada, afinal não controlava minhas decisões ou até mesmo meu corpo, apenas podia esperar... Espero que ele não consiga pegar o filho de Alinne, isso seria terrível...

De qualquer forma, estamos caminhando e chegando cada vez mais perto do Castelo, queria poder ver meus netos antes de tudo acontecer, esperei tanto para vê-los, mas parece que nesse momento isso é meio que impossível, tudo bem, desde que eles consigam ficar bem... Por mim não terá problema, só quero que eles fiquem seguros.

Sinto falta de Lucas... Eu soube que ele morreu, na verdade, John me fez ver ele morrendo, apesar de querer viver para ver Malu e meu filho governando e ver meus netos crescendo... Eu não tenho mais nada a fazer por eles, apenas quero me juntar a Lucas e se possível... Queria morrer em paz.

Não queria ter que participar dessa guerra contra eles, eu sei que nunca terei paz, assim que percebi que John estava voltando, eu deveria ter dito para Lucas antes, assim que eu começasse a agir estranho, ele poderia me matar... Eu sei que seria um pedido egoísta, mas seria o melhor para todos.

Eu não quero mais ver o sangue das pessoas que amo.

Malu narrando

Depois de todos os problemas, eu paguei o hospital para que Alinne pudesse ficar em um quarto mais confortável, ela estava cansada demais para voltar para o Castelo, então decidiu que ela ficaria aqui apenas esta noite.

Na manhã seguinte nós apenas sumiríamos, enquanto ela estava sendo encaminhada para o quarto, eles disseram que fariam alguns exames no Bebê, eu desconfiei, o tinha visto e percebi que ele estava completamente saudável.

Deixei que Beto e Alinne seguissem para o quarto e segui os médicos, claro que eu estava usando um feitiço para ficar invisível, entrei na sala e percebi que era uma sala qualquer onde não tinha equipamento nenhum.

-Temos que sair daqui sem que a garota perceba, ela pareceu bastante desconfiada.

-Tem razão.

O bebê começou a chorar, ele parecia assustado e por um momento pensei que talvez ele soubesse que estava correndo perigo, ah não, não vou deixar eles levarem meu sobrinho, não mesmo!

Desfiz o feitiço e ambos os "médicos" Ficaram surpresos ao me ver, eu fui rápida ao tirar o bebê da mão da mulher que o segurava, os mesmos pareceram prontos para lutar comigo pelo bebê.

Podem até tentar, mas não vou deixar que toquem no meu sobrinho, não mesmo.

Eu-Não sei pra quem vocês iriam levar ele, só sei que se vocês não saírem da minha frente agora, vocês estarão mortos em segundos.

Falei com um olhar ameaçador, ambos se encararam e em um segundo já tinham evaporado no ar. O bebê parou de chorar e eu suspirei aliviada, ainda bem que segui minha intuição e fiquei aqui com eles.

Sai da sala e por sorte não tinha ninguém no corredor, e dai se tinham câmeras ou não? Iríamos sair desse lugar agora mesmo, não acho que ela vai nem considerar ficar aqui ao saber que seu filho quase foi sequestrado.

Eu cheguei no quarto rapidamente e abri a porta sem nem bater, até porque estava segurando o bebê, na verdade eu apenas dei um chute na porta mesmo.

Alinne-Que isso? Malu?

Eu-Vamos embora... Seu filho quase foi sequestrado por duas pessoas.

Falei logo de cara, até porque não tínhamos tempo a perder nesse lugar, eu dei o filho dela para a mesma, enquanto Beto apenas assistia a tudo calado, mesmo assim parecia furioso.

Nunca o tinha visto assim... É estranho.

Não perdi tempo em fazer um portal e os dois entraram primeiro, eu entrei depois, antes de entrar ouvi alguém falando algo como "Ele vai ficar bem irritado".

Quando passamos para o outro lado, percebi que estávamos na frente do Castelo, os guardas estavam lá, parecerão não nos reconhecer de primeira porque pareceram prontos para tirar suas espadas, porém quando me virão apenas relaxaram e nos deixaram passar.

As luzes da sala estavam desligadas, porém percebi que tinha alguém deitado no sofá, o casal e seu bebê subirão enquanto eu fui até a pessoa e percebi que era Luan, o balancei e ele acordou meio atordoado.

Eu-O que você está fazendo aqui?

Luan-Hum... Alícia me expulsou do quarto por ter feito ela deixar Alinne sozinha...

Eu-Por que você não foi para um quarto de hóspedes?

Desde que todos foram para a parte não habitada da casa, o Castelo está mais vazio, já que a maioria das criança do galpão foram, sem falar em Bruna e nas outras duas, que agora devem estar sendo cuidadas por Tina que foi pra lá também.

Luan-Ela disse para eu dormir aqui, falou que se fosse para qualquer outro quarto, ela não falaria comigo por uma semana... Você sabe, ela é meio... Com-
plicada...

Na verdade, ele que sempre fez as vontades dela e vamos concordar, de vez em quanto meu irmão é muito frouxo, quer dizer... Isso quando ele não está com ciúmes de Alicia, o que já aconteceu várias vezes, ou quando ele que está com raiva dela, esse dois parecem cão e gato, mas... Bom, eles se amam.

Mesmo que ver eles brigados não seja uma das melhores coisas, espero poder ver isso outras vezes, quer dizer... Não quero que nenhum deles morra nessa guerra, tudo tem me lembrado a maldita guerra, sem falar nessa sensação de angústia e vazio.

É como se eu estivesse prestes a fazer algo muito errado... Lúcia sempre me vem a mente nessas horas... Eu queria mesmo saber o que é essa sensação.

A Companheira do rei dos vampirosWhere stories live. Discover now