promessa

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Malu narrando

Fomos para outra sala, ela era toda branca e tinha uma mesa cheia de papéis e tinham vários líquidos de corre diferentes, também tinha um freezer no local e um armário trancado com chave.

O garoto tirou uma chave do bolso e foi até o armário, não pude ver muito bem o que tinha ali dentro, ele pegou algo e fechou a porta rapidamente, percebi que ele tinha voltado com uma seringa e uma bolsa de sangue vazia.

Ele pretendia mesmo tirar meu sangue?

Não é como se eu ligasse muito mesmo... Ele me fez sentar em uma cadeira, arrumou tudo para tirar meu sangue e colocou um "tubo" Na seringa, no momento só senti uma pequena picada, sinto que já estive aqui... Essas sensações me trazem um sentimento de medo.

O garoto se sentou em cima da bancada que estava com papéis e fórmulas, ele ficou me encarando por um longo tempo.

-Ontem foi seu aniversário, né? Já fazem 14 anos desde a última vez que nos vimos.

Eu-14 anos?

-Faz 14 anos que você fugiu e me deixou aqui, eu fiquei bem magoado quando você se foi, mas... Isso já é passado, você se quer se lembra de mim...

Eu-Devia lembrar?

-Você mudou bastante... Várias coisas aconteceram aqui desde que você foi embora.

Eu-Até perguntaria o que eu perdi enquanto estive fora, mas não tenho nenhum interesse.

-Eu percebi. Então... Como vai sua vida desde que saiu daqui? Deve ter sido boa, já que perdeu a memória e não teve que conviver com a culpa de ter deixado seu melhor amigo aqui, para morrer.

Morrer? Eu realmente não lembro disso, nunca deixaria alguém para morrer... Deixaria? Eu... Não lembro.

Eu-Talvez eu tenha mesmo feito isso, aliás, talvez eu nunca tenha me importado com você, já que te deixei para trás.

Eu estava jogando verde, precisava saber o que realmente aconteceu, mas do jeito que esse cara é, talvez ele nunca me conte. Então se eu o irritar... Pelo visto eu consegui... Ele pareceu estar bem irritado.

-Você não faz ideia do que está falando, droga! Você nem se quer se lembra do que aconteceu aqui!

Eu-Então por que você não me explica?

-Você vai ter que lembrar isso sozinha, afinal, você fez tudo sozinha desde agora, certo?

Ele saiu da sala e bateu a porta com força, eu fiquei lá olhando para o nada, tinham câmeras na sala e eu estou me sentindo fraca. Talvez seja por que estão tirando meu sangue... Não que eu me importe, pelo menos eu descobri que eles fazem experiências com as pessoas.

Quando eu sair daqui, eles vão se arrepender de ter feito isso com aquelas crianças, a maioria delas deve ter morrido enquanto passava pelo processo.

Eu não quero que Matthew venha até aqui, mas... Se ele vier pode ter certeza que eu vou explodir esse lugar com todos esses cientistas malucos dentro, mas... O que eu vou fazer com as crianças que estão aqui? Não posso levá-las todas para o Castelo, sem falar que a guerra está cada vez mais perto e... O que vai acontecer com elas?

Depois de um tempo um outro homem apareceu na sala, ele não tinha expressão nenhuma no rosto, parecia um robô... Isso é estranho, parece que todas as pessoas desse lugar são assim... Ele tirou a agulha do meu braço e eu tentei me levantar, mas senti uma tontura muito forte.

O homem me segurou antes que eu caísse no chão e me pegou no colo, por algum motivo o cordão que Matthew me deu começou a brilhar, porém o cara não percebeu... Esse cordão... Será que Matthew já sabe do que está acontecendo?

Quando saímos da sala e fomos para o corredor, eu pude notar que encostado em uma das paredes estava o garoto de antes, quando ele me viu no colo daquele cara veio até nós com uma cara nada boa.

-Eu mesmo vou levar ela.

O cara me colocou no chão e eu senti uma tontura forte novamente, o garoto não fez mínimo esforço para me segurar, eu coloquei meus braços na minha frente para não acabar caindo e batendo minha barriga, eu não quero que nada aconteça com meu bebê.

Eu me levantei devagar e encarei o garoto com ódio, eu sei que não devia esperar nada dele, mas ele poderia ter me ajudado.

Eu-Babaca! Eu podia ter me batido.

-Não pensei que você se importasse consigo...

Ele deu de ombros.

Eu-E não me importo, mas... Eu estou...

Ele me olhou.

-Você está...?

Eu-Eu estou grávida! Eu mesma vou para aquela merda de cela! Não sou prisioneira de ninguém, poderia escapar daqui facilmente se eu quisesse.

Não devia nem dar explicações a ele, mas... Me senti obrigada a isso, como se eu realmente devesse contar para ele...

-Espera... Grávida? Você já encontrou seu companheiro?

Eu-Já, mas não é como se você se importasse... Ou devesse saber da minha vida pessoal.

-É claro, já que você esqueceu de tudo, claro que esqueceria da nossa promessa... Isso por que você nunca voltaria atrás com sua palavra.

Eu-Que promessa?

-Que nós... Nos casaríamos.

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O QUE?

A Companheira do rei dos vampirosWhere stories live. Discover now