A Companheira do rei dos vampiros

não vou voltar

Malu narrando

A noite passou devagar e eu não consegui dormir, quer dizer somente Miguel conseguiu dormir, além de estarmos no escuro e presos, ainda estava caindo uma tempestade lá fora...

Afrodite também tinha medo de tempestades, então estava tremendo debaixo das cobertas como uma garotinha, eu também não consegui dormir por saber que amanhã iríamos sair daqui.

No meio da noite quando Afrodite conseguiu dormir um pouco fui até a varanda e me sentei no chão mesmo, sentindo algumas gotas da chuva caírem sobre mim, Matthew tudo seria diferente se você não tivesse feito isso.

Sinto muito por você também, mas não sou uma covarde que foge da luta e nunca vou ser. Se você me conhecesse o suficiente, saberia que nunca vou descansar até sair daqui.

Me deitei no chão frio e olhei para o céu que estava escuro, o vento frio bateu forte contra meu corpo, talvez eu ficasse doente, já que agora sou humana. Mas, quer saber? Pouco me interessa, eu gosto dessa Sensação.

Mesmo que agora eu esteja tremendo de frio, ouvi a porta ser aberta e estranhei, eles nunca vinham aqui pela madrugada. Porém não me mexi, até escutar uma voz.

-Malu! Sou eu Paulo.

Eu me levanto em um pulo e olho para a porta vendo o moreno me encarando, ele faz sinal para que eu acorde os dois e eu faço o que ele pedi.

Acordei Miguel e depois comecei a chacoalhar Afrodite que acordou assustada, quando ela viu Paulo ficou meio confusa, mas logo lembrou do papel que tinha lido.

Miguel-Quem é ele?

Eu-Ele veio ajudar, agora vamos!

Miguel assente e se levanta da cama, saímos do quarto e Paulo começou a nos guiar pelos corredores, tudo estava escuro, eu quase tropecei umas três vezes em Miguel.

Paulo-Ali, ali é a escada que dá para a biblioteca, vão rápido!

Eu-Mas e você?

Paulo-Matthew vai chegar aqui assim que vocês atravessarem a porta da Biblioteca, eu só vou garantir que ele não vai desconfiar que fui eu quem ajudei vocês. Afinal, eu traí ele e se ele descobrir que fui eu, estou morto, literalmente.

Eu olho para ele culpada e ao mesmo tempo preocupada, mas mesmo assim me viro e corro para as escadas, vou na frente e Miguel e Afrodite vem atrás, quando vimos uma porta abrimos a mesma e então um alarme começou a apitar.

Eu comecei a correr e os mais novos vieram atrás de mim, sem pensar muito pulamos pela janela da Biblioteca, quando senti meus pés no chão, já podia perceber que meus poderes tinham voltado. Se não tivessem provavelmente eu teria torcido o pé.

Eu-Vamos correr.

Miguel-Mas para onde vamos?

Eu-Por Enquanto *Estalo os dedos* para o mundo dos humanos.

Um portal aparece diante de nós, eu empurro os dois para dentro do mesmo e antes de entrar dou uma última olhada no Castelo, quando olho para a janela vejo a garota loira, ela sorri para mim e dá um pequeno aceno com a mão. Era um tchau!

Eu entrei no portal e quando pisquei já estava em outro lugar, em um beco escuro que tinha cheiro de bebida, alguém no final do mesmo estava se embriagando.

Afrodite-Precisamos achar um lugar para dormir.

Eu-Vamos para uma loja.

Miguel-Uma loja? O que pretende fazer em uma loja?

Eu-Pedir ajuda a Nayla.

Afrodite-Em primeiro lugar quem é Nayla?

Eu-Uma híbrida, meio humana e meio vampira. Agora vamos logo.

Pego na mão dos dois e os puxo para andar no mesmo ritmo que eu, Matthew não deve nem lembrar dessa garota, sem falar que eu não tenho mais ninguém com quem contar, Miguel e minha irmã também estão em perigo.

Andamos por alguns quarteirões e chegamos em frente a loja, a mesma e tava sendo fechada por Nayla, quando ela me viu pareceu surpresa, parou de fazer o que estava fazendo e veio correndo até nós, do lado de fora da loja.

Nayla-Oh meu Deus! Você está bem? Soube que tinha sumido, o rei mandou procurar a senhora por todos os lados.

Eu-Desde quando?

Nayla-Dois dias atrás.

Eu-Ufa! Ele ainda não deve ter mandado ninguém me pegar.

Nayla-Do que está falando, senhora?

Eu-Em Primeiro lugar senhora não que eu não sou tão velha, em segundo é uma longa história para contar e em terceiro precisamos de um lugar seguro para dormir.

Nayla-Não seria melhor a senhora... Você voltar para o Reino?

Eu-Eu estou fugindo dele no momento, não faça perguntas, por favor, apenas diga onde podemos encontrar um lugar pra dormir.

Nayla-Se você quiser, minha casa está disponível.

Ela oferece gentilmente, eu olho para Miguel e para Afrodite, os dois apenas dão de ombros e eu volto a olhar para Nayla, concordando com a cabeça.

Eu-Melhor fechar a loja primeiro.

Ela assente e termina de fechar a loja, pega suas coisas e começa a andar caminho a sua casa, nós apenas a seguimos atentos a qualquer ameaça.

Essa pode não ser a melhor escolha... Fugir de Matthew desse jeito e ainda por cima grávida, mas se eu voltar ele vai me prender de novo naquele lugar e ainda vai reforçar a segurança e eu não vou passar mais se quer um dia lá.

Em pensar que com essa, já fugi dele três vezes, mas não tenho culpa, só estou tentando achar o melhor jeito de proteger a mim e aos meus bebês, sem falar em Miguel e Afrodite. Há essas horas, ele deve está pirando.

Quando finalmente chegamos na casa de Nayla, a mesma abriu a porta da mesma e deu espaço para nós entrarmos, a casa dela tinha dois andares e era bem simples e aconchegante. Exatamente o lugar que precisamos agora.

Bom, provavelmente vamos passar um tempo aqui. Ninguém pensará nesse lugar, no momento Matthew deve pensar que estou na floresta, vai demorar até perceber que fugi para o mundo dos humanos, quando isso acontecer já será tarde.

Mesmo ele sendo ciumento, possessivo, eu aceitei ele com todos os defeitos, mas dessa  vez ele foi longe demais, ele mesmo deu um jeito para eu fugir dele de novo. Só que dessa vez, eu não vou voltar pra ele tão facilmente e independente dele querer ou não eu vou lutar nessa guerra.

Oie! Tudo bom com vocês?

Só vim para perguntar o que estão achando da história e comunicar que eu vou viajar amanhã, então não vou poder postar esses dias, provavelmente só vou voltar segunda á noite e vou estar muito cansada para postar, então o provável é que eu poste na terça, era só isso mesmo. Tchau, tchau!