CAPITULO UM

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Luna.

Acordei novamente de madrugada, olhei para o relógio em cima do criado mudo e nele marcava 03h32. Levante, fui no banheiro do meu quarto e usei o sanitário. Fui na sacada do quarto, me apoiei olhando o local e o céu escuro. Voltei no quarto e peguei um beck na gaveta e fui fumar na sacada encarando os prédio.

— Cada dia mais difícil, mãe.

Minha mãe morreu quando eu tinha 13 anos de idade, sempre converso com ela, bom... fumei e depois voltei a deitar.

"Eu estava em um local muito claro, não entendia muito bem o que estava acontecendo. Andei pelo cômodo branco e iluminado. Apenas enxergava a luz com muita dificuldade, que droga é esse? Ouvi uma voz, bem de longe: "Lua, volta... não me deixa, minha pequena." Eu tentei achar de onde estava vindo essa voz, tentei. Comecei a chorar desesperadamente, lágrimas caíam pelas minhas bochechas. Olhei para o chão e o nervoso tomou conta do meu corpo, gritei desesperadamente. O chão estava coberto de sangue, cheio de sangue. Olhei minha blusa branca e a mesma estava com sangue também. Gritei por socorro, gritei desesperada."

Levantei assustada da cama e permaneço sentada. Isso foi muito estranho, pensei. Levantei da cama e tomei um banho, coloco uma blusa branca largada, calça jeans escura, coturno, pego minha bolsa, enrolo meus queridos dreads fazendo um coque alto. Saiu de casa e vou direto para o trabalho.

Trabalho aqui desde os 16 anos, e a Rose, dona do local, é uma pessoa maravilhosa, sempre me ajudando quando preciso, é um anjo.

Fico fazendo o de sempre: servindo café, sirvo pães de todos os tipos, bolos, chá, suco, enfim, eu adoro esse lugar.

Depois de 30 minutos, Nicki chega.

—Oi, amiga.

—Oi, linda.–fizemos toque e antes dela entrar atrás do balcão eu digo.–Atende aquelas mesas.

Ela revira os olhos e vai atender.

Tudo ocorre normal e pra falar a verdade, é relaxante ficar assim. Estou perdida em meus pensamentos, o sonho foi estranho, talvez seja algo aleatório.

—Ei? Luna?

Olhei para cima e vi Nícolas. Namoro com ele a um tempinho, não sei porquê, mas ainda contínuo, talvez seja porque eu me sinta sozinha.

—E aí? O que quer aqui?

—Tá tudo bem? Você tá estranha.

—Desde quando sou normal?–perguntei dando um leve tapa no balcão.

—Uau, enfim, hoje vai ter uma social na casa do Lucas, vai ir?

—Não, valeu. Divirta-se.

Conversamos ainda por uns dois minutos e ele saiu, quero de todo o jeito terminar com ele, não foi uma ótima ideia namorar agora. Nicki se aproxima de mim e pede, dois cafés e dois croissants. Pego e a entrego, ela vai nas mesas e depois vem se sentando do meu lado.

—A gente vai na social do Lucas.

—O que? Eu acabei de falar com o Nícolas que não vou.

—Foda-se o Nícolas, eu estou falando que a gente vai então vamos.

—Qual é...

—As 20h vai pro pé do morro, a gente se encontra lá.

—A casa do Lucas é no morro? Como eu nunca soube disso? – perguntei sem entender.

—Você nunca perguntou, Rasta.

Depois do trabalho fui direto pra casa, estacionei a minha Evoque preta e entrei.

A GAROTA DE DREADS E O DONO DO MORRO (GDDM 1)Where stories live. Discover now