A GAROTA DE DREADS E O DONO DO MORRO (GDDM 1)

CAPÍTULO SETENTA E QUATRO

Luna.

Dei as últimas ajeitada na bolsa da minha filha para a maternidade, eu estou tão nervosa. Vi vários vídeos de parto normal e cesariano, fiquei mais nervosa ainda, deve doer pra caramba.

Graças a Deus, Nicole conseguiu um tempinho para me ligar. Atendi o celular.

— Oi, amiga. – digo atendendo.

— Oi, meu amor, me desculpa não te ligar esses dias eu estava tão nervosa e sem mexer em celular.

— Tá tudo bem, eu te entendo muito bem.

— Como você está?

— Ah, eu tô muito bem e você? – alisei minha barriga de 9 meses.

— Estou bem, muito cansada também, né, mas tô sempre bem.

— Como está o George?

— Ele está muito melhor que eu. – ela riu. – Dorme o tempo todo, mas acorda todas as noite, eu ou Leon acorda pra ficar com ele até dormir, nos revezamos sempre... a gente sabe fazer dar certo.

— Eu fico feliz por vocês, sempre achei que vocês combinavam e que iam dar certo.

— Eu era muito bestinha, não queria me envolver com ele por inteiro, mas me envolvi e foi a melhor coisa que fiz, nosso relacionamento está tão bem que nem preciso de mais nada.

— Vocês são alma gêmea, quero ir ao casamento de vocês. – dei risada.

— Casar? Pra quê? – começa a rir. – Casamento só serve pra prender, nós dois como estamos, está perfeito até demais.

— Realmente, mas de qualquer forma, me sinto muito feliz por vocês.

— Mas me diz, e você? Está bem mesmo, está com alguém?

— Ah... – respiro fundo. – Eu estou bem, me refiz aqui, sei que fui burra em ir embora, mas foi preciso. E não, não estou com ninguém, sozinha eu cheguei, sozinha vou ficar.

— Não acredito nisso, você está sozinha mesmo? Nesses meses todos sem ninguém? – perguntou.

— Não estou em relacionamento sério, tem uma pessoa que eu e ele ficamos as vezes, mas nada além de beijo.

— E ele é bonito?

— Acho que sim. – sorrir.

— Acha? Qual é, é ou não é?

— Tudo bem, ele é.

— Desculpa perguntar, mas... você ainda sente algo por Igor ainda?

— A real? – perguntei.

— A real.

— Eu sinto sim, em todos esses meses eu não esqueci ele.

— Você realmente o ama, não é?

— Amo sim.

— Eu sei que ele ainda pensa em você, por mais que não pareça, ele pensa.

— Bom, eu não vou ficar pensando muito nisso senão eu fico para baixo.

— Você que escolheu ir, né?

— Sim, eu sei disso e sei que fui boba de sair dessa forma.

— Você estava com raiva, viu ele na cama com outra, não é fácil.

— Enfim... É bom saber que todos estão bem.

— Sim, muito bem... – ouço ela respirar fundo. – E quando você vai voltar?