CAPÍTULO SESSENTA E QUATRO

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Igão.

Ficar o dia todo na cama não ajuda ninguém, já era 18h, eu fiquei em casa hoje o dia todo, mas preciso ir pra a boca ver as coisas. Dormir pra caralho, foi até bom pra relaxar e tirar o cansaço do corpo, andava cansado demais. Bati o banho rápido e vestir uma roupa, tava frio pra porra hoje. Coloquei um casaco e bermuda moletom, sair do quarto e fui pra a sala, acho que minha arma tá lá e minha moto também, vou pra a garagem e a moto tá lá, deve ter sido Leon que trouxe.

Cheguei na boca e vi uns caras de guarda, uns me cumprimentaram, já outros continuaram sérios e olhando para os lados como se estivessem trabalhando de verdade, bando de preguiçoso. Entrei na minha sala e tava tudo do mesmo jeito, a cerveja em cima mesa, minha cadeira virada, mesa bagunçada.

Não lembro nem um pouco dessa transa com a Gabriela, lembro do beijo com ela aqui, só isso e me arrependo muito de beijar a boca daquela mina, eu sei que posso fazer Luna me perdoar por isso, eu não fiz nada, nem se quer lembro.

Me sento na poltrona e tento lembrar de tudo o que aconteceu, depois que beijei aquela vagabunda, eu me sentir mal. Deve ter veneno aquela mina. Eu não queria beijar ela, não queria, mas beijei sei lá o porquê. Não sinto mais nada, a não ser raiva. Fico parado olhando pra frente e tento lembrar de algo.

Vamo refazer essa porra na cabeça, tô ficando paranóico já, papo reto. Entrei na porra da sala e Gabriela veio depois, batemos um papo e depois a gente se beijou, atendi o rádio e me sentei depois, eu tomei a cerveja e quando fui me levantar fiquei morgado do nada.

Fiquei sentado pensando até que batem na porta, mando entra e Leon entra, ele se senta na minha frente e faz toque comigo.

— Como tu tá se sentindo? – ele pergunta.

— Tô sussa.

— Tá tudo de boa no teu morro, teve uns problemas aí com uns drogados, mas tudo resolvido.

— Bom saber que tu cuidou de tudo. – olho pra ele acenando com a cabeça.

— Então, conseguiu falar com a loirinha?

Neguei com a cabeça e mudei de assunto.

— Eu não consigo entender como eu parei na cama com Gabriela. – olho pra Leon. – Cara, eu não tocaria naquilo nem com uma arma na minha cabeça.

— Sério mermo, eu não quero nem saber disso, só sei que tu tava na cama com ela, os dois peladão.

Continuo sério e encaro Leon, ele dar de ombros e se estica na cadeira fazendo seus pés ir para debaixo da mesa, ouço algo ser chutado e ergo uma sobrancelha, olho para o chão e vejo um potinho rolando para o lado. Me levanto e o pego, olho pra ele e vejo que tem um pouco de pó dentro.

— Isso é teu? – mostro pra Leon.

— Meu mermo não, deixa eu ver.

Entrego pro Leon o pote e me sento novamente, ele analisa como se soubesse algo, pega um papel e derrama o pó sobre ele e molha a ponta do dedo na língua, Leon encosta o dedo no pó e depois leva até a boca provando, fica um tempo olhando pro nada enquanto prova.

— Não sei o que é isso não, mas vou chamar o Flavinho pra ver, ali é doido chapado. – diz se levantando.

— Demora não, quero saber o que é isso.

Leon sai da sala e eu fico parado esperando eles, pego meu celular e vejo que a Lua em nenhum momento me ligou. A desgraçada quer que eu corra atrás dela, mano, eu vou dar uma na cara dela quando aparecer aqui com o rabo entre as pernas.

A GAROTA DE DREADS E O DONO DO MORRO (GDDM 1)Where stories live. Discover now