CAPÍTULO NOVENTA E DOIS

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Luna.

Sair da casa do Igor e fui andando até Nicole, bato no seu portão e ela abre. 

— Oi, nova moradora do Vidigal. – diz ela.

— Toda vez que me ver vai ser assim? – perguntei rindo.

— Vai ser sim. – ela sorriu. – E você, minha linda. – Ela beijou o rosto de Alice.

Entramos e nos sentamos no sofá, George tava sentadinho na sua cadeirinha e ele tava muito entretido na tv, nem ligo quando falei com ele. Eu e Nicole ficamos conversando várias besteiras, nem parecia que a gente era mãe, cara, só falamos merda, só damos risada de merdas. A gente colocou um filme e assistiu só a metade, paramos de assistir e ficamos em sua varanda conversando.

— Mas como tá a convivência com ele? – perguntou.

— Tá de boa, a gente discute algumas vezes, porém nada do que não o esperado.

— E então tá rolando algo entre vocês já?

— Não... não, rolou um beijo uns dias atrás, mais nada demais.

— Ah, qual é cara, vocês têm que se resolver logo, não pode ficar nesse chove não molhar.

— Eu sei, mas é meio difícil pra mim, sabe... ele chega e sai o tempo todo e eu sei que ele tá transando com todas as mulheres desse morro. Isso é chato demais, ele chega com perfume feminino, com cheiro de sexo. – faço uma cara de novo. – Argh!

— Aí, cara... que situação complicada de vocês dois. Por que tu não da uma nele?

— O que? Como assim?

— Faz ele ficar com ciúmes de tu, pô, faz ele querer correr atrás.

— Tá louca. – rir. – Faço isso nada, ele pede pra transar, mas eu nego sempre.

— Por que tu nega, mulher?

— Eu só não me sinto bem com isso, tenho raiva só de saber que ele estava com outras e vem pra dentro de casa querendo transar comigo, não mesmo. Não sou marmita dele, cara.

— Complicado, mas tu tá certa mesmo, ele transa com uma e depois vai atrás de você. Tá errado isso. – ela dá uma pausa. – Então provoca ele e dar uns gelos.

— Provocar como?

— Anda de shortinho em casa, de roupas finas pra dormir, aparece de toalha pela casa e quando ele querer, tu mete o pé ou dar um gelo nele. Isso seria ótimo.

— É uma ótima ideia, aí eu não dou pra ele e ele vai comer outra?

— Iiih, só bota dificuldade. – diz me dando um tapa. – Ele vai te ver desses jeitos, vai ficar com desejo de tu, vai querer tu e não outra. Quem são as outras perto de tu, mulher? Quem é Luiza perto de você? Acorda, tu é um mulherão da porra.

— Isso é uma ótima ideia, não sei porque, mas é. – sorrir.

Ficamos de papo um tempão, até que Alice fica com sono e começa a ficar chatinha.

— É melhor eu ir pra colocar ela pra dormir. – falei me levantando.

— Tudo bem, tenho que dar banho nessa criança aqui.

— Até mais, depois eu apareço aqui ou você aparece lá.

— Claro.

Nos despedimos e eu fui subindo o morro devagar enquanto conversava com Alice, eu pedia pra ela não chorar, falava que já estava chegando pra ela dormir. De longe vejo Luiza andando em minha direção e peço aos Deuses para eles me derem paciência com essa garota, tô me estressando já.

A GAROTA DE DREADS E O DONO DO MORRO (GDDM 1)Where stories live. Discover now