A GAROTA DE DREADS E O DONO DO MORRO (GDDM 1)

CAPÍTULO QUINZE

Nicki. (Bônus +)

Igão e Luna nunca se resolvem, não sei o que o Igão aprontou pra Luna fazer o que fez, mas Leon vai me dizer, aah se vai!

Estávamos sentados na área VIP esperando Igão e Luna voltar. Leon bebia e conversava com Pedro e outros caras.

— Leon, vem aqui! – o chamei.

Os caras empurraram ele dizendo "Tua dona tá chamando", "Vai logo antes que apanhe".

— Oi, morena. – disse se sentando do meu lado.

— Pode me dizer. – falei cruzando os braços.

— Contar o que?

— O que o Igor aprontou?

— Não posso dizer nada não, beleza? Sou x9 não.

— Se não dizer é pior para você.

Ele ergueu uma sobrancelha e bebeu sua cerveja toda.

— Não sei de nada, só que a Carol foi lá mais cedo na boca.

— Tudo o que preciso saber! – falei.

Ficamos sentados bebendo, Leon me beijava e dizia que eu era linda... sempre me tratando bem. Olho para escada e vejo Igão subir com a cara mais emburrada do mundo, se senta em sua cadeira e pega uma garrafa de vodka. Me levantou e vou até ele me sentando do seu lado.

— Não quero sermão, beleza? – falou.

— Sermão? Nem isso você merece, Igor. Pensei que vocês estavam juntos.

— Estamos, mas eu não fiz nada demais.

— O que você fez?

— Eu nada, a Carol sim. – ele me olhou e levantou uma sobrancelha.

— Eca! – fiz uma cara de nojo. – Você fez também, não seja burro. Eca de novo.

Ele riu e me encarou. Seus olhos estavam vermelhos.

— Você usou droga de novo? – perguntei.

— Um pouco.

— O que você usou, Igor?

Sempre que Igão usa, se transforma em algo ruim. Ele sempre guarda as coisas para si mesmo e nunca conta para ninguém, sua raiva, ódio ou rancor fica presa e ele se transforma totalmente em algo que ele não é.

— Fumei uns, ejetei outros, cheirei alguns. – disse com uma voz fraca e de olhos fechados.

— O que aconteceu com Luna?

— Foi embora depois que bati nela.

Arregalei os olhos e não pude acreditar.

— Você bateu nela, Igor? Como tu pode ter feito isso?

— Ela mereceu, fica se agarrando com macho por ai parecendo uma vadia!

— Quem merece é você seu... – me levantei para bater nele só que Leon me segurou.

— Quem você pensa que é pra fazer alguma coisa? – Igão se levantou e ficou parado na minha frente.

— Sou sua irmã, mas nem isso é importante para você, quem você é? Bateu na Luna por coisa que você fez.

— Tu bateu na Luna, cara? – Leon perguntou.

— Fica na tua também. – Igão apontou para Leon. – Foi só um tapa.

— Ah, claro. Muda muito. – falei me virando. – Estou indo para casa, Leon.

— Eu vou contigo. – ele olhou para Igão e estendeu a mão. – Até mais, irmão.