A GAROTA DE DREADS E O DONO DO MORRO (GDDM 1)

CAPÍTULO VINTE E CINCO

Igão.

Eu tô resolvendo umas coisas na boca daí Leon chega.

— Aí cara, que mulherão em.

— O que? – olhei pra ele sem entender. – Tá falando de quê?

— Da loirinha.

— Tô entendendo nada, fio, qual é a tua?

Ele me entregou o celular. Caralho mano. Essa mina vai me matar. Porra. Cacete.

A Luna tá me testando.

Ela postou uma foto na praia. Mostrando o que é meu. Saiu sem me dizer. Porra. Que raiva caralho.

Olhei para Leon que tava rindo e puxou o celular.

— Uma sereia. – comentou Leon olhando a foto dela. – Olha que zoom. – disse ampliando a foto e me mostrando os peitos dela.

— Cê tá louco, tio? Quer morrer? – falei me levantando. Apontei pra ele. – Nicole vai ficar sabendo, seu talarico.

— Iiih, relaxa. – ele riu. – Amo minha morena, tô te zoando. Mas ela é linda mesmo.

— Caralho, essa mina quer me foder.

Mandei mensagem pra ela e nada. Liguei e nada. Mandei mais mensagens e ela respondeu com um "viu".

— Tu sabe muito bem porque ela tá fazendo isso.

— Porque é uma vadia!

— Todas as mulheres são, mas quando querem ser. Tô ligado que tu tem raiva das coisas que ela faz, mas abre teu olho. Tu tá sendo cuzão.

— Porque ela tá fazendo isso, Leon? Só me jugou aí.

— Compromisso, algo sério.

— Tô preparado pra isso não.

— Então aguenta. Tu não pode obrigar a ela a fazer as coisas não. Por mais que nós queira fazer isso nós é errado.

— Eu mando em quem eu quiser.

— Tô ligado, cara. Mas se ela quiser sumir do morro, ir viver a vida dela sem tu, ela faz isso, oh... – ele estralou os dedos. – Tu sabe, eu sei, o morro todo sabe que ela é mais valente que qualquer mina aqui, é abusa pra caralho.

— Eu mando nela, ela vai me respeitar e vai se colocar no lugar dela.

— Beleza e qual é o lugar dela?

— Iiih, qual foi? Tu tá muito viadinho esses dias. – debochei.

— Tô só na realidade. Antes eu era solto, pegava mesmo, nem ligava. Fazia o que queria com as minas, tá ligado? Hoje eu tô com a Nicole e me sinto bem.

— E o que tu acha que tenho que fazer?

— Osh, a vida é tua, resolve tu. – se levantou e bateu no meu ombro.

— Raspa canela!

— Amo a minha mina. – disse saindo.

Me sentei na cadeira e peguei meu celular, olhei a foto da Lua e tinha uns caras comentando. Joguei o celular na mesa e passei o rádio pra o pavor que tava no pé do morro.

— Aê, quando a Luna chegar, me avisa!

— Beleza, chefe.

Me sentei e fiquei mó pistola. Já era 14h e nada dela.

15h20, nada dela chegar.

"Luna, cadê tu?"

Ela não responde. Caralho.