CAPÍTULO TRINTA

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Igão.

Beleza.

Pedi Luna em namoro e ela aceitou. Porra. Não é tão ruim assim, quer dizer...

Bom, vou ter uns probleminhas no começo, talvez o primeiro problema vai ser as outras minas. Eu gosto da Luna, mas gosto de prova outras minas.

Talvez eu esteja errado, Luna tem tudo o que eu quero e o que preciso agora. Não vou comer nenhuma mina por aí não, não posso fazer isso de novo. Ela foi firmeza demais comigo esse tempo, me ajudou quando eu levei um tiro, me fez rir, me deixou bem e bom... ela me esperou quando eu sumi, mesmo ficando estranha... mulher é um bicho estranho. Uma hora quer, outra hora não quer, uma hora tá bem e no outro momento tá estranha.

Depois que falei com ela, eu fui passar em dona Rita, entrei no restaurante dela e fui até o balcão.

— E aí, dona Rita.

— Boa tarde, Igão.

— Aí, a senhora pode fazer um favor pra mim?

— Claro, o que foi?

— A senhora pode fazer um rango pra mim e minha mina?

— Tá namorando, meu filho?

— Eu acho que sim. – sorrir.

— Que bom, Deus abençoe. Posso fazer sim, aqui ou em sua casa?

— Lá mesmo, pode pegar o que quiser lá no mercado, diz que é pra mim que ele libera.

— O que você quer que eu prepare?

— Iiih, sei não, faz algo legal aí. A mina come de tudo.

— Tudo bem. – riu.

— Beleza, quando a senhora poder, pode ir pegar a chave lá na boca.

— Ah, tudo bem.

Sair de lá e fui direto pra boca, Leon e Pedro tava jogando dominó na porta e uns vapores estavam de guarda em pé. Esses caras eu não sei não. Entrei e fiquei ajeitando umas paradas que tinha que resolver, troquei os vapores que estavam na laje pra ficar pelo morro e os que tava fazendo a ronda no morro mandei pra laje.

Não é tão fácil mandar em um lugar grande, ser responsável. O que eu queria mesmo era tá em casa deitado. Mas gosto demais daqui, gosto de mandar, de ser o dono de tudo, de ser o dono do morro.

Depois de um tempo na boca, dona Rita buscou a chave e foi pra minha casa preparar algo. Quando deu 20h20 eu fui pra casa. Deixei Pedro no comando e vazei. Cheguei em casa e tomei banho e vestir uma roupa, dona Rita tava na cozinha preparando e me sentei na mesa conversando com ela. Ouço baterem no portão e vou atender, abrir o portão e Luna tava de costas, abracei ela e beijei seu pescoço.

— Fala, parça.

Ela se virou sorrindo e me beijou.

— Oi. – falou.

— Vem, entra.

— A Carol tá horrível, o que você fez com ela?

Olhei para frente e ela está sentada com as amigas dela e Priscila eu acho. Seu corpo roxo e em tons avermelhados, sentir até orgulho de mim mesmo pela a obra de arte que eu fiz em seu corpo, mas também posso ter exagerado.

— Não vou falar contigo sobre isso, é sério.

— Tudo bem. – ela olhou para Carol que nos encarava e falou. – Porque ela me odeia tanto?

— Porque tu laçou o Igão. – falei.

— Aí que horror. – ela olhou para Carol e depois me beijou.

A GAROTA DE DREADS E O DONO DO MORRO (GDDM 1)Where stories live. Discover now