CAPÍTULO VINTE

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Luna.

Chegando em casa fui logo pegando minha roupa do trabalho e indo pra lá. Hoje tava muito movimentado e pra estragar meu dia, Nicolas chegou.

— Podemos conversar? – perguntou.

— Você não está vendo que estou trabalhando? – perguntei servindo um café.

— Será rápido, eu prometo.

Revirei os olhos.

— Olha, senta ali se quiser esperar.

Servir umas mesas e recebi umas reclamações, tenho que manter a calma mesmo querendo explodir. Nicolas estava sentado no balcão me esperando, arrodeei o balcão ficando dentro e me sentei.

— Você tem dois minutos, Nicolas. Começando agora. – falei olhando para meu relógio.

— Eu sei que não quer mais nada comigo, mas eu gostaria de me explicar.

— Explicar? Sobre o que?

— Lua, naquela noite o que aconteceu foi um erro, eu gosto de você e sei que meu lugar é do seu lado, por favor, vamos tentar mais uma vez?

— Nicolas, você é um cara muito gente boa, mas não podemos. – falei me levantando. – Eu estou com outra pessoa agora e... – ele me interrompe.

— O traficantezinho? Você acha que ele é homem para você? Eu vou homem para você, Luna.

— Qual é dessa tua insistência em mim? Se tu fosse homem de verdade não trairia, não seria um babaca, não seria mal caráter. É olha, como eu já disse antes, eu já queria terminar, não tínhamos uma ligação, uma conexão.

— Você vai vim atrás de mim ainda. – ele se levantou e apontou. – Tua vida não vai ser tão fácil quanto tu pensa não.

— Tchau, Nicolas. – falei acenando e sorrindo.

Ele saiu da cafeteria e bufei de raiva.

Sair do trabalho e troquei mensagens com o Igão, fiquei super preocupada com o tiro que ele tomou, felizmente não foi grave. Arrumei umas roupas na mochila e fui pra casa dele, depois de uns minutos ele aparece e abre o portão. Pego minha mochila e saiu do carro, ele veio em minha direção e me beijou.

— Vem. – falou me puxando pra dentro da casa.

Ele trancou a porta e me sentei no sofá, vi ele caminhando até mim e me deu um beijo se sentando do meu lado. Não sei porque ele anda sem camisa por aí, se fosse meu namorado isso não iria acontecer.

Que audácia.

— Deixa eu ver seu ombro. – falei me virando de frente.

Ele virou um pouco e vi seu ombro enfaixado, eu ia tocar até que ele falou:

— Faz isso não, os caras na boca começaram a bater aí e tá doendo pra caralho.

— Pensei que você que era o bandido malvado.

— Vai ficar zoando? – perguntou.

— Não, claro que não.

Ficamos conversando no sofá por um tempo.

— Ta com fome? – perguntou.

Sempre.

— Tô sim.

— Vamo ver se tem algo pra comer. – disse levantando.

Ele foi pra cozinha e fiquei na sala, peguei o controle e liguei a tv. Tirei meu tênis e deitei no sofá. Ele logo voltou e falou:

A GAROTA DE DREADS E O DONO DO MORRO (GDDM 1)Where stories live. Discover now