CAPÍTULO OITO

14.6K 732 265
                                    

Igão.

Depois de uns 30 minutos chegamos no hospital, ela desceu da moto e entramos. Luna se sentou e eu fui falar com a mina que fica no computador fingindo que trabalha.

— Boa noite! – falei. – Preciso de ajuda.

Ela me olhou e mostrou um largo sorriso.

— Boa noite. O que aconteceu com você, docinho?

— Minha mina ali cortou o pulso e precisa de ajuda. Tinha parado de sangrar só que ela caiu por cima e começou a sangrar de novo.

Ela olhou pra Lua e depois pra mim.

— Precisa preencher essa ficha e esperar ser chamado. – disse me entregando.

Olhei pra fixa, olhei pra ela e rumei a ficha no chão dentro de onde ela tava.

— Tu não ta entendendo não ou vou ter que matar todo mundo aqui pra ajudar ela? – falei batendo no balcão.

— Calma, é o proce...

— Calma um caralho! – gritei. – É melhor chamar um doutor aqui ou eu acabo com tua vida e a de todo mundo aqui. Ela tá precisando de ajuda.

— Igão... – ouvi a voz de Luna me chamar e fui andando rápido até seu lado.

— O que foi?

— Ta sangrando muito. – falou chorosa.

Ela tirou a atadura e revelando os cortes fundos. Apertei os olhos, a vontade era de bater nela e perguntar porquê ela fez essa merda.

— Espera ai! – falei me virando e indo em direção a mulher. – Então fia, agiliza!

— C-calma. O doutor já, já chega.

— Espero mesmo! – falei apontando pra ela.

Fui de novo para o lado de Luna e caia lagrimas dos seus olhos. Não sei o que fazer quando vejo alguém chorando, não sei se falo "fica assim não" ou abraço, sei lá cara! A mina mereceu, ela fez merda e agora tá aqui.

— Fica calma, a baranga ta chamando o doutor.

— Tudo bem.

Me sentei ao seu lado e ela encostou sua cabeça no meu ombro. Esperamos uns dez minutos, logo apareceu o doutor, nos levou pra uma sala e começou a olhar o pulso dela.

— Cortes muito feio, hein... – comentou o doutor.

— Pois é! – falei de braços cruzados na porta.

— Porque fez isso, minha filha?

— Eu não sei. –respondeu chorosa.

O doutor limpou o pulso dela e começou a dar os pontos, ela ficou deitada e olhando pra cima, como se não tivesse sentindo dor nem nada.

Essa mina é estranha, faz umas merdas, chora e depois finge que nada aconteceu.

Ele fez uma receita e me entregou, o mesmo ficou terminando de dar os pontos nela e fui na farmácia do hospital, tinha uma mina bem bonitinha, loirinha, olhos escuros e um corpo que dava até vontade de foder.

— Quero esses remédios aqui. – entreguei a receita a ela.

— Boa noite... – disse botando a caneta na boca.

— Boa. – sorrir me encostando no balcão.

Ela foi pegar e me entregou, me explicou os horários e depois anotou. Peguei o papel e depois ela me entregou outro.

A GAROTA DE DREADS E O DONO DO MORRO (GDDM 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora