CAPÍTULO SETENTA E CINCO

6.5K 363 53
                                    

Igão.

Tá ligado, né? Tô mó apaixonado no meu sobrinho, George é mó lindão, cara, cê louco. Não é meu filho o moleque, mas do a maior atenção. Leon tá todo bestão com o filho, sai pra trabalhar e só fala do menino, 24h cara. Mas dó valor ao pivete, mó firmeza ele.

— Iiih, dá meu filho aí, cara. – diz Leon.

— Toma aí o moleque. – entrego a Leon. – Tchau, meninão.– brinco com ele.

— Igor, vem colocar a tua comida. – Nicole grita da cozinha.

Ah, mulher chata viu.

— Já vai cara, tô indo.

— Terceira vez que você fala isso, o George não vai fugir, né? Vem logo, vocês precisam comer.

— Vamo logo antes que ela venha buscar a gente. – diz Leon se levantando.

— Deixa que pego as cadeiras. – falei.

Leon entrou pra dentro de casa e pego as cadeiras colocando na varanda, fecho o portão e entro. Vou para a cozinha e vejo Nicole com o George no colo, Leon sentado já colocando sua comida, me aproximo de Nicole e beijo a cabeça do George. Mó família bonita eu tenho, tirando o Leon, moleque feio. Vou colocar a minha comida e depois me sento na mesa.

— Aí, tô achando que tem coisa errada aí. – digo comendo.

— Como assim, cara?

— Tô sentindo, pô, intuição.

Nicole sai da cozinha e sobe a escada.

— Tu acha que é o que? – Leon perguntou colocando o boné pra trás.

— Ainda não sei, mas sinto que tem algo errado aí.

— Agora que tu falou, acho o mesmo.

— O morro tá muito tranquilo, tem parada errada aí irmão. – falo.

— Então vamo sair logo e ver isso aí.

Comemos o mais rápido possível, a comida de Nicole é boa pra porra, dá até pena de comer rápido. Leon se levanta e vai atrás de Nicole pra mandar ela ficar em casa.

— Falei pra ela não sair e ficar no quarto, qualquer coisa ela se proteger. – diz descendo a escada.

— Fez o certo. – digo.

Jogo a camisa no ombro, recoloco minhas armas no cos da bermuda, pego meu fuzil e coloco nas costas, saiu da casa de Nicole e Leon tranca o portão rumando a chave lá dentro. Seguimos para a boca andando, chegando na frente já vejo os caras parados.

— Aí, a parada é o seguinte, tô achando que vai acontecer algo, então cada um aí fica esperto, todo mundo se espalhando e uns fica aqui protegendo a boca. – falo me aproximando dos caras.

— Por que tá achando isso? – um vapor perguntou.

— Intuição dele. – Leon diz.

— Entendeu agora? – pergunto ao vapor. – Agora cada um vai fazer seu trabalho, vou desce o morro, se vocês ver qualquer movimento suspeito, passa o rádio logo e não dar uma de malandrão não.

— Eu vou descer com vocês, de boa? – Flavinho perguntou.

— Pode pá, vamo então, vem tu, Pedro, Formiga e mais três vapores aí. Qualquer coisinha, vocês descem também, tão ligado né?

— Beleza. – respondeu uns vapores.

— Pode pá. – outros falaram.

— É isso então. – dou as costas.

A GAROTA DE DREADS E O DONO DO MORRO (GDDM 1)Donde viven las historias. Descúbrelo ahora