CAPÍTULO VINTE E DOIS

10.6K 493 158
                                    

Luna.

Não gosto de toca nesse assunto, não me sinto confortável. Meu pai não fala comigo direito desde quando eu tinha 13 anos, minha mãe morreu nessa época então ele se fechou comigo. Sair de casa cedo atrás de emprego e conseguir. Aos 16 comecei a trabalhar com a Rose e até hoje estou lá.

— Seu pai? E porque você falou daquele jeito com teu coroa?

— Olha, depois conversamos, tenho que ir.

Sair da casa de Nicole e entrei no carro esperando ela.

Não que eu não goste do meu pai, mas ele me deixou sozinha quando eu mais precisei dele. Minha mãe se foi e me deixou sozinha, eu tinha apenas ela para conversar e quando ela partiu, meu pai me afastou dele.

Nicole entrou no carro e dei partida. Contei para Nicole que meu pai me ligou.

— Mas isso é bom, não? – perguntou.

— Não sei, talvez seja.

— Fica nessa paranoia não, é teu pai, ele gosta de tu.

— Se ele realmente gosta, porque me afastou dele? Não entendo isso.

— Tristeza por perder a mulher que ele amava, tu é muito parecida com ela.

Sorrir.

É uma felicidade para mim saber que sou parecida com a melhor mulher do mundo.

Seguimos para a cafeteria e fui para o banheiro trocar a roupa, coloquei uma calça jeans e prendi o cabelo. Coloquei minha mochila no carro e fui para o balcão. Nicole foi atendendo umas mesas e eu umas pessoas que vinham para o balcão. Vi Rose sair da cozinha e veio para o meu lado.

— Como está Luna?

— Dona Rose, estou bem e a senhora?

— Sem formalidades, por favor. – sorriu. – E eu estou bem, graças a Deus e como está aqui?

— Ah, tudo bem, o movimento tá bem intenso aqui esses dias.

— Com certeza, não tô entendendo nada esses dias. – riu.

Trocamos mais algumas palavras e ela saiu, continuei o meu trabalho e atendendo umas pessoas.

— Próximo. – falei.

— Um macchiato. – pediu um homem que estava em uma chamada no celular.

— Para levar ou tomar aqui?

— Levar!

Revirei os olhos e fui pôr o café dele no copo plástico, coloquei a tampa e o entreguei.

— Quinze reais. – falei sorrindo.

— Isso é um roubo. – disse pegando o dinheiro na carteira e apoiando o braço segurando o celular.

— É a vida é assim que vivemos. – sorrir forçado.

Ele entregou o dinheiro e se afastou.

— Próximo!

Se aproximou uma garota de cabelos castanhos e falou:

— E aí, firmeza?

— E aí, o que deseja? – perguntei.

— Sou nova nisso aqui. O que tu me recomenda?

Sorrir.

— Bom eu não sou muito de tomar esses daí cheio de coisa não, sou mais um café puro.

— Café preto eu tomei quase a minha vida toda.

Rimos juntas.

— Bom, vamos ver... – falei olhando para o menu na parede atrás de mim. – Tem o macchiato que é uma delícia e o café latte.

A GAROTA DE DREADS E O DONO DO MORRO (GDDM 1)Where stories live. Discover now