CAPÍTULO OITENTA E TRÊS

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Luna.

No dia que voltei do morro, cheguei em casa chorando e Julia ficou desesperada sem saber o que fazer, contei pra ela o que tinha acontecido e Julia xingou o Igão de tudo que é nome, não me dei a vontade de dizer que não era pra xingá-lo ou algo do tipo, só pensei em mim mesmo, em como fui tratada, como fui envergonhada.

Passei o dia todo pra baixo, Julia já tinha ido embora e eu fiquei com minha filha, coloquei ela pra dormir e tomei banho, deitei na cama e voltei a chorar. Meu corpo todo estava tenso, minha cabeça doía, meu peito apertava de tanta tristeza. Dormir logo depois.

De manhã arrumei a casa, cuidei da minha filha e fui na Cafeteria conversar com Rose. Coloquei Alice na cadeirinha e dirigir até lá.

— Olha, meu bem, era ali que a mamãe trabalhava. – falo com Alice enquanto ela fica olhando para os lados.

Parei o carro, tirei Alice da cadeirinha e caminhei até dentro da cafeteria, vi as novas pessoas que trabalhavam e me aproximei do balcão.

— Oi, boa tarde, Rose está? – perguntei.

— Boa tarde, ela está na cozinha, qual o seu nome? – o rapaz que estava sentado me perguntou.

— Sou a Luna.

— Tudo bem, vou avisá-la.

O homem entra na cozinha e logo depois ele volta com Rose, ela me olha de baixo a cima e sorrir depois.

— Luna? É você mesma? – pergunta vindo para aonde estou.

— Oi, Rose, sou eu sim. – rir.

— Meu Deus, você está linda, cresceu, seu cabelo tá muito lindo. – ela me abraça de lado. – E quem é essa pequena?

— Essa é Alice, minha filha. – falei olhando para ela.

— S-sua filha?

— Sim. – sorrir.

— Eu não acredito nisso, olha para o seu corpo.

— Academia. – rir. – Eu vim me desculpar com você.

— Se desculpar por quê?

— Porque eu viajei e falei que ia passar uns dias, mas passei quase dois anos lá... bom, eu sinto muito por ter feito isso.

— Não se preocupe, eu sei muito bem que você tem uma boa desculpa por isso.

— Tenho, e se chama Alice. – dei risada.

— Por que não voltou antes?

— Eu não ia me sentir muito bem voltando, preferir ficar lá e cuidar dela por lá por um tempo, voltei faz mais ou menos quatro dias. E vim me desculpar com a senhora.

— Não precisa se desculpar, o bom foi que eu tinha achado já uma pessoa para ficar no seu lugar e no da Nicole.

— Isso é muito bom.

Ficamos batendo um papo por um tempo, ela tentou brincar um Alice, mas parece que ela não vai com a cara de ninguém, ela até riu um pouco, mas logo ficou com cara fechada e irritada, fui logo embora por causa da Alice, não queria que ela ficasse chorando lá. Passei no mercado pra comprar umas coisas e saquei um dinheiro, fui para casa e bom... não fiz muita coisa.

Logo a noite chegou e fui dar banho em Alice, vestir uma roupinha e fui colocar ela para dormir, ela já adormeceu e fiquei lhe olhando dormir. Ouço a campainha tocar e me irritei logo, eu queria ir pra cama ir deitar e chorar. Liguei a babá eletrônica e fui descendo a escada, coloquei a outra babá na mesa de centro e ouvir a campainha de novo.

A GAROTA DE DREADS E O DONO DO MORRO (GDDM 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora