A GAROTA DE DREADS E O DONO DO MORRO (GDDM 1)

CAPÍTULO QUARENTA E DOIS

Igão.

Esses dias estão passando rápido, Luna tá se recuperando, o médico falou que que ela foi muito forte por sobrevivido ao tiro na barriga. Já retirou os pontos e consegue fazer as coisas sozinha. Arranjei a mina mais top pra mim.

Minhas encomendas ainda não chegou, tô ficando meio pistola com isso. Leon falou que demora mesmo, pois pra ser exportadas tem uns problemas e precisa de muito cuidado já que é tudo ilegal.

Tô sentado na minha poltrona conversando com Leon e Pedro, eles estão vendo a lista das armas e eu revendo os problemas do morro que Leon escreveu.

— Aí, Igão. – Pedro me chamou. – Tu pediu uma pistola Glock 17 Gen4?

— Pedi.

— Essa arma é top demais. Capacidade de mais de 15 tiros de munição de 9x19 mm. – ele me olhou. – Mas pra quê tu pegou? Tu nem usa esse tipo de arma.

— É pra Luna.

Leon e Pedro me olham.

— Tu é maluco, tá doido? Dando uma arma pra mulher. – Leon pergunta.

— E tem o que?

— Toda vez que ela brigar contigo ou com qualquer mulher na rua, vai querer matar de tiro. – Pedro falou.

Rir.

Seria engraçado.

— Se ela tentar me matar, eu mato ela primeiro, simples. – falei.

— Deus é mais eu fazer isso. – Pedro fala. – Se eu desse uma arma pra Vitoria, eu já estaria enterrado.

— É só pra a defesa dela. – falei. – Nesse momento ela precisa da arma.

— Ela precisa é ficar dentro de casa, aí nada acontece com ela. – Pedro falou.

— Vai dizer isso pra ela. – falei.

— Osh, tu que tem rolo com ela, fala tu. Vai que ela usa em tu, vem cá, ela sabe usar uma arma? Sabe o que é um gatilho?

— Claro que sabe, eu tenho uma mulher foda, cara.

Os dois se entreolharam e me encarou.

— Tá apaixonadinho, dono do morro? – Leon perguntou se levantando e vindo para o meu lado batendo no meu ombro.

— Iiih, ele tá mesmo. Todo caidinho pela a Rasta. – Pedro falou rindo.

— Ficou até tímido, olha aí. – Leon riu e bateu no meu braço.

— Tímido nada, só não tenho o que falar. – falei.

— Fala que gosta dela, tá na tua cara. – Pedro bateu na minha testa. – Escrito bem aqui.

— Para de viadagem, eu não sei não, eu gosto dela, mas não sei se tô apaixonado aí como vocês fala.

— Vamo descobrir então, com perguntas. – Leon falou se sentando.

— É isso aí. – Pedro confirmou se sentando na mesa.

— Tu gosta da companhia dela? – Leon pergunta.

— Gosto, né.

— Tu confia uma arma com ela? – Pedro pergunta.

— Mais ou menos, ela é doida.

— Um mais ou menos vale.

Leon afirmou olhando pra Pedro.

— Tu sente falta dela quando ela some?