CAPÍTULO QUARENTA

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Igão.

Quando Leon me falou que Luna chegou, sair correndo de casa pra ir ver ela. Cara, ela continua linda mesmo com cara de cansada. A culpa do tiro foi minha e eu vou me vingar do Touro. Sei que o que tô fazendo por Luna é muito. Eu gosto dela, tipo pra caralho e não vou me vingar só por ela, vou me vingar por mim também.

Ajudei Luna a comer e depois a levei pra escovar os dentes, ela se deitou novamente e me deitei do seu lado.

— Tu disse que nós ia conversa pessoalmente, era o que? – perguntei.

— Acho que o que aconteceu, é um sinal.

— Como assim?

— Igor, eu não quero te dar um fora, nem nada, mas... – a interrompi.

— Que papo é esse, Luna?

— Igão, eu sonhei com isso, você acha que eu não posso levar outro tiro ou ser perseguida por esse psicopata?

— Aqui dentro do meu morro tu tá segura, Luna.

— Foi dentro do seu morro que levei o tiro.

Me sentei na cama e a olhei.

— Foi uma invasão. Eu tinha dito que eles sabiam do meu ponto, eu não queria que isso acontecesse, eu queria você segura.

— Eu... eu acho que eu devia sair do seu morro por uns dias.

— O que? Não. Você não vai, você tem que ficar aqui, Luna. Aqui é seguro, eles não vão fazer nada, não mais.

— Por que está falando isso? Você fez alguma coisa?

— Ainda não, mas vou fazer.

— O que você vai fazer?

— Não posso te contar, mas na hora certa você vai saber.

— E-eu não posso ficar no meio disso tudo. – disse tentando se sentar. – Ai. – gemeu de dor.

— Fica deitada. – vou para perto dela a ajudar.

Ela se deitou e passou a mão no rosto.

— Por favor... – peguei em seu rosto. – ... fica aqui. Eu te prometo que nada e nem ninguém vai tocar em você.

— Você não pode prometer esse tipo de coisa, você não sabe das coisas, não pode prever.

— Eu sei que não posso prever, porra. – fiquei em pé. – Mas cara, não vai. Eu não posso te obrigar a ficar, eu sei que não, mas eu vou tentar.

— Tentar o que?

— Eu te prendo, eu te levo pra minha casa, não deixo você sair do meu morro, boto vapor no teu pé pra não deixar tu ter uma vida com ninguém. – passo a mão na cabeça.

Eu não consigo ver ela longe de mim. Eu não quero ela longe.

— Você não pode fazer isso. – ela falou calmamente.

— Eu posso. – respirei fundo. – Eu quero você, quero você perto de mim, não longe. Eu preciso de você do meu lado, sendo a minha mulher, sendo minha fraqueza, minha alegria e minha felicidade.

Caralho, essa mina tá me fazendo ser um viadinho.

Ela deu um sorriso e levantou os braços.

— Vem aqui. – me chamou.

Me sentei na cama e ela me puxou pra um abraço.

— Eu só não quero morrer agora, essa minha fase já passou, lembra? – disse dando uma risada baixa.

A GAROTA DE DREADS E O DONO DO MORRO (GDDM 1)Where stories live. Discover now