A GAROTA DE DREADS E O DONO DO MORRO (GDDM 1)

CAPITULO TRÊS

Luna.

Depois do baile fui para a casa da Nicole. Deixei a chave do meu carro em cima da mesinha de centro e deitei no sofá, ela me chamou pra dormir no quarto de hóspedes ou no dela mas preferir no sofá. Foi uma noite bastante tranquila.

Acordei com algo mexendo no meu braço, abrir os olhos devagar, a sala estava meio clara e meio escuro, as janelas fechadas, porta fechada. Olhei para o lado e vi o cara da noite passada segurando meu braço, ele me olhou.

- O que você está fazendo? - perguntei puxando meu braço.

- Tava botando teu braço pro sofá. - disse ainda abaixado na minha frente.

- Ah, o-obrigada. - disse me sentando no sofá.

Ele logo se sentou do meu lado e virou para a minha frente. Continuei estátua de frente, meu coração tava disparado.

- O que você está fazendo aqui? Como entrou?

- Nicki abriu pra mim.

- Onde ela está agora? - perguntei coçando o olho.

- Lá em cima mais o brother. - apontou pra escada.

- Leon?

- Como tu conhece ele?

- Nicki me apresentou quando subi o morro.

- Hum. - ele olhou para o meu braço.

Droga!

- O que é isso no teu braço? - perguntou apontando.

- Nada. - disse me levantando.

Ele logo me puxou, me fazendo se sentar novamente no sofá, só que dessa vez mais perto dele.

- Não tô afim de me meter na tua vida não, fia. Só querendo saber. Esses cortes aí é estranho, quem fez isso contigo? Foi teu namorado?

Rir.

- Eu não namoro!

- Tu mesmo que fez? É aquela parada lá... Qual o nome mesmo!? - ele parou um pouco pensando. - Automutilação?

Arregalei os olhos assustada. Não posso contar nada a ele, não conheço nem devo dizer! Nunca.

- Não é da tua conta.

Me levantei e fui pra cozinha, peguei o copo, abrir a geladeira e coloquei água, fechei a geladeira e me virei bebendo a água, olhei para a porta da cozinha e lá estava ele parado me olhando. Me assustei e dei um mini pulo.

- Porque tu faz isso? - perguntou se aproximando.

- Olha, não posso contar da minha vida pra você, beleza?

- Tu não tem cara de quem sofre não.

- E quem sofre tem cara? - coloquei o copo na pia.

Ele se aproximou de mim ficando cara a cara comigo. Estendeu a mão em seguida.

- Sou o Igão!

Passei a língua nos lábios e peguei em sua mão.

- Luna.

Me apresentando novamente para ele. Ele estava tão perto que deu para sentir o seu perfume, com certeza combina com ele. Um sorriso apareceu em seus lábios e voltei a encarar seus olhos.

Com certeza ele percebeu meu olhar para a sua boca.

- Beleza, Luna?

Balancei a cabeça positivamente.