A GAROTA DE DREADS E O DONO DO MORRO (GDDM 1)

CAPÍTULO OITENTA E OITO

Luna.

Duas semanas depois...

Continuo na minha casa, mas Igor está mandando eu ir para a sua casa por causa de Alice. Eu continuo dizendo que não, não tem necessidade disso, eu a levo pra ele ver e sempre ficamos na sua casa. Depois do dia em que ele me colocou no chão e deitou por cima de mim, nunca mais ocorreu algo do tipo, a não ser troca de olhares e mais nada além. Posso dizer que ele ainda mexe comigo, literalmente. Eu ainda o amo, ainda sinto muita saudade de tudo que tivemos.

Levei Alice ao médico essa semana, ela tinha ficado bem quente, não tinha avisado ao Igor porque eu estava muito preocupada, não leve celular nem bolsa, sair correndo só com os documentos dela. Discutimos por causa disso. Ele disse que não tenho consideração por ele, não vejo ele como o pai da nossa filha e que não confio. Não é verdade, eu o vejo sim como pai da Alice, vejo responsabilidade nele, eu sei que ele se sente mais ligado a ela, mas apenas não avisei por deslize, por preocupação em cuidar dela logo. Falando em Igor, ele registrou nossa filha e agora ela se chama Alice Serena Souza Dantas. Todo mundo do morro já sabe que ele tem uma filha e ele tem orgulho de falar isso pra todos, fico muito feliz ao saber disso.

Nesse momento estou em casa, Julia disse que ia vim para cá e ainda espero ela, vamos ao morro hoje, parece ela quer conhecer tudo, mas sei que ela quer conhecer é os homens de lá, Julia não deixa passar uma.

A campainha toca.

Vou até o portão com Alice no colo e o abro.

— Já estava na hora, né? – digo.

— Foi mal, foi mal, eu estava em casa porque o Rafael vai vim hoje passar uns dias, mas vai voltar depois. – diz entrando.

— Ele vai chegar que horas?

— Não sei, ele embarcou faz mais ou menos trinta minutos.

— Ah, entendi.

Entramos e entreguei Alice a Julia enquanto eu pegava a minha bolsa e a de Alice, coloquei no carro e mandei uma mensagem para Igor.

"Tô saindo de casa agora, ok?"

Ele já estava online, com certeza falando com as putas dele, isso me deixa muito irritada. Só de imaginar ele com outra me deixa com raiva, mas sei que tenho que seguir em frente, ao menos tentar.

"Já é, cuidado." Igor.

Ódio se resume. "Já é, cuidado", af.

— Vamos, Julia. – a chamo.

Ela aparece e coloco Alice na cadeirinha, fecho a casa e entro no carro indo para o morro, Julia fica perguntando dos meus amigos e tento falar quem são. Pergunta quem tá solteiro e quem tá na "coleira".

Depois de uns minutos, chegamos no morro, subo e vou para a casa de Nicole, paro em frente, desço, pego minha filha e tranco o carro. Bati no portão da sua casa.

— Mulher, esse lugar é muito calmo. – diz Julia.

— As vezes sim.

—Olha só quem chegou. – ouço Nicole falar.

Ela abre o portão e abraça Julia.

— E aí. – diz Julia.

— Fala tu. – elas fazem toque.

Nicole me abraça e acaricia o braço de Alice.

— Oi. – falei.

— Oi, gata, entra aí.