CAPÍTULO QUARENTA E CINCO

10.7K 432 162
                                    

Luna.

Graças a Deus, lar-doce-lar. Nunca sentir tanta saudade desse apartamento. Ficar sozinha as vezes é bom pra pensar. Já faz dois dias que voltei pra casa, ainda estou arrumando tudo, preguiça é foda.

Estou no trabalho nesse momento, prestes a sair. Fiquei pensando no que Igão me falou. Será que posso estar sendo perseguida? Eu nem tenho tanto valor para o Touro. Entro no carro correndo e tranco tudo. Nicole saiu mais cedo, diz ela que estar de volta a faculdade e vai fazer tudo certinho agora. Estou dirigindo para casa, até que meu celular toca. O pego e coloco no ouvido sem ver quem é.

— Alô? – falo.

— Fala, parça, tá aonde? – Igã/o perguntou.

— Estou indo pra casa, sair do trabalho agora.

— Tá saindo tarde demais, tá achando não?

— Bom... – olhei para o horário no painel do carro. – São 21h.

— Tu sempre sai as 18h ou 19h. – diz ele em um tom de raiva.

— Para de pilha, é só o movimento.

— Cuidado nas ruas, se algo acontecer a tu, eu sou o culpado.

— Eu estou bem, nada vai acontecer. Tenho que desligar, tô dirigindo.

— Me liga quando chegar.

— Beijo. – falei.

— Tchau, parça.

Ele desligou. Coloquei o celular no banco do passageiro e voltei minha atenção a rua. Eu estava quase dormindo, estava muito cansada, não posso dormir agora, estou dirigindo.

Balanço a cabeça e sinto meus olhos se fechando. Abro de vez e mantenho o foco. Paro no sinal vermelho e passo as mãos no rosto. Procuro minha bolsa rápido e pego uma garrafa de água dentro. Bebo e volto a prestar atenção a rua. Ouço buzinas ao meu lado e olho. Gabriela.

Essa mina tá me perseguindo?

Ela estar dentro de um carro, acenando para mim e sorrindo. Pisco rapidamente e o sinal abre. Dou dedo para ela e volto a dirigir, sinto que ela está me perseguindo e seu carro está do meu lado, ela abre o vidro e eu abro também.

— Já, já, você perde o seu trono, sua vadia! – ela grita sorrindo.

— Você e seu recalque. Presta atenção, garota. – olho para a rua e para ela depois. – Ele não quer mais nada com você.

— Espere e verá! – diz ela.

Balanço a cabeça e fecho o vidro. Ela acelera e sai dirigindo na frente, vejo ela sumir quando entra em uma rua qualquer.

Dirigi até em casa e coloco o carro na garagem, entro dentro do elevador e entro em casa depois, tranco a porta e jogo as coisas no sofá. Pego o meu celular e ligo para Igão.

— É o chefe! – diz ele.

— Cheguei, chefe.

— Que bom, tá tudo bem?

— Perfeita ordem. – digo andando até a sacada.

— Tem certeza? – seu tom é de preocupação.

— Sim, estar tudo bem.

— Ok, vou voltar a dormir então, aparece aqui amanhã, é domingo.

— Irei sim.

— Tchau, minha loirinha.

— Beijo, meu bandido.

A GAROTA DE DREADS E O DONO DO MORRO (GDDM 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora